sábado, 31 de dezembro de 2022

MENSAGEM DE FIM DE ANO 2022-23

 


Quem sabe você não seja uma daquelas pessoas marcadas por dores, sofrimentos e perdas durante o ano que ora se encerra e esteja triste, transformando a grande virada num momento de lamúrias, frustrações e desesperança?

Não quero, em hipótese alguma, menosprezar a dor que porventura tenha lhe solapado, mas, encorajá-lo a superar tudo isto, a começar por doutrinar sua mente a enxergar a realidade por um ângulo diferente. Possuímos uma inclinação fenomenal para enfatizar as circunstâncias negativas em detrimento das agradáveis e edificantes. O grande desafio de muitos é conseguir retirar sua mente desse labirinto do medo, do pânico e de um certo tipo de premonição, os quais teimam em ocupar a maioria do seu tempo.

Para começar bem, a primeira coisa a ser feita é focar nas vitórias que obteve; fixar seus pensamentos naquilo que construiu; reconhecer que o sofrimento, antes desagradável, lhe proporcionou algum aprendizado e te deixou mais forte. Por pior que tenha sido o ano de 2022 para cada um de nós, sempre haverá motivos para agradecermos. O simples fato de você estar lendo este texto, neste exato momento, comprova esta afirmativa. Ainda que tenha sido difícil e você pode, inclusive, argumentar que ninguém conseguiria mensurar o grau de sofrimento a que foi submetido. É verdade, entretanto, conseguiu chegar até aqui e vai concluir sua missão, pelos olhos da fé. A gratidão é a morfina da alma, com poder para aliviar a nossa dor. Ao invés de murmurar e ficar preso aos porquês, você deve procurar motivos para expressar sua gratidão a Deus. Experimente fazer isso e verás que terapia imensurável!

Aliada a gratidão deve estar a esperança. O profeta Jeremias fala para sua própria alma trazer a memória tudo aquilo que lhe pudesse dar esperança. Essa frase curta revela muitas coisas e uma delas é o momento crítico pelo qual aquele homem deveria estar passando. O significado desse sentimento deve ir muito além do que simplesmente esperar coisas boas acontecerem do nada ou pensar positivo. Muitos já fracassaram ao definir esse sentimento de maneira tão fútil. Jeremias está se referindo a uma confiança inabalável no caráter de Deus. Um Deus fiel que cumpre todas as suas promessas (Js 21.45). Com poder para fazer tudo aquilo que se torna inalcançável aos homens (Lc 1.37). Um ser que jamais perderá o controle de tudo o que acontece no mundo (Sl 24.1; Mt 28.18). Ainda que suas perspectivas para o ano vindouro não sejam tão promissoras pela ótica humana e até mesmo realista diante dos últimos acontecimentos, devemos imitar a atitude do profeta. Algumas vezes será preciso executar uma voz de comando firme a nossa mente para buscar todas as informações concernentes a tudo o que Deus já fez no passado e que pode fazer a qualquer momento, transformando deserto em oásis; derrota em vitória; tempestade em calmaria; fracasso em sucesso; morte em vida.

O último ingrediente a ser acrescentado a essa fórmula chamada “Feliz 2023” é o amor. Um sentimento indescritível que dá cores a um mundo cinzento, contaminado por sentimentos e emoções tóxicas. O amor jamais acaba. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (ICo 13). Ele é um bálsamo para curar nossas feridas. Deve ser cultivado tanto na horizontal, entre os seres humanos, como na vertical, entre Deus e os homens. Não há dúvida alguma de que Deus não faz acepção de pessoas e que nos ama profundamente, provando esse amor ao oferecer seu único Filho para morrer por nós na cruz (Rm 5.8). E nós, será que o amamos? Se você não desenvolve ainda um relacionamento com ele, que tal começar agora em 2023. Se você já experimentou essa comunhão e o ama, lembre-se do que a Bíblia diz sobre todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que o amam (Rm 5.28).

Assim sendo, esperemos o novo ano com corações gratos, certos de que Deus estará no controle de todas as coisas, inclusive das nossas vidas e o que acontecer, ainda que aos nossos olhos pareçam ruins, contribuirão, de algum modo, para o nosso bem futuro. Para tanto, não abramos mão de andar em sua presença e de lhe obedecermos sempre.

 

Um Feliz e próspero 2023 para todos os nossos amigos.

Juvenal Netto e família

sábado, 24 de dezembro de 2022

NATAL: UM DEUS MENINO OU UM MENINO DEUS

 


Para os cristãos, todos os dias é Natal, tendo em vista que eles costumam desenvolver um relacionamento diário com Jesus, conscientes de que devem adorá-lo em todo o tempo e não apenas num dia específico do ano. No entanto, tal argumentação não invalida e nem banaliza as comemorações realizadas todos os anos no dia 25 de dezembro, desde que o façam pelas motivações corretas.

Celebrar o Natal é uma oportunidade ímpar para alertarmos as pessoas quanto ao perigo de uma vida sem Deus. Tirá-lo de nossos planos é a certeza de um fracasso eminente, principalmente no que tange a eternidade. O mundo está em trevas desde a entrada do pecado por Adão e Eva e é transmitido obrigatoriamente a todos os viventes ainda no ventre de suas genitoras (1Jo 5.19; Sl 51.5). O Senhor prometeu que resolveria esse problema e que possibilitaria a reaproximação dos homens até ele (Is 9.6). O que torna a mensagem do Natal ainda mais notável é o fato de haver apenas um modo dessa promessa se cumprir. Deus não criou atalhos, como afirmam muitos ao proferirem a frase de que todos os caminhos levam a Deus (Jo 14.6). Ele usou vários profetas com uma única mensagem: Eu enviarei um Salvador, único apto a receber sobre si todos os pecados cometidos pela humanidade.

Ao celebrarmos o Natal, somos levados a identificar alguns aspectos da natureza divina, cruciais para dar sentido a nossa existência. Deus, diferente dos homens, cumpre fielmente todas as suas promessas, ainda que a consideremos tardia. A nação de Israel já se encontrava com os ânimos desfalecidos, afinal de contas, setecentos anos já haviam se passado desde as profecias do respeitável Isaías sobre a vinda do messias. O nascimento de Jesus é a certeza de que Deus não havia se esquecido de nós. Muito mais ainda, sua ressurreição é a garantia de que é possível vencermos a morte, assim como ele.

Por fim, não podemos cometer o equívoco de focar a sua existência apenas no seu nascimento. É muito ilustrativo e comovente vermos a cena de pais humildes em volta de um “aparente” bebê indefeso num estábulo dentro de uma manjedoura, um Deus Menino. Entretanto, essa não é a sua mensagem principal, afinal de contas, o que adiantaria ele ter nascido se não conseguisse completar sua missão. Ele viveu como humano, sentindo dores e sendo provado em suas emoções e sentidos, mas, ao mesmo tempo, deu provas contundentes de que era Deus, perdoando pecados, fazendo sinais e maravilhas e se entregando voluntariamente para ser sacrificado como o Cordeiro perfeito que tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29). O apóstolo João, ainda que tivesse a oportunidade de voltar no tempo e vê-lo ainda criança, continuaria a enxergá-lo como “Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19.16). Ele não era qualquer menino. Era um Menino Deus e como tal, com poder para salvar, curar e libertar. Como aniversariante do dia, o único presente que almeja receber é nossa adoração em espírito e em verdade.

Um Feliz Natal para todos os meus amigos!

Juvenal e família

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

O QUE EU TENHO A VER COM ISTO?

 


Não é nada recente a maneira irresponsável como o homem lida com o fato de ter que assumir responsabilidades. Lá no Jardim do Éden, Eva lançou a culpa na serpente e Adão, no que lhe concerne, na sua esposa pela decisão errada que tomaram de forma consciente e inconsequente, a qual trouxe danos e sofrimentos irreparáveis para toda a humanidade.

Hoje, nada mudou, estamos sempre terceirizando as responsabilidades. O acerto é devido a nossa inteligência e esforços empregados, enquanto os dissabores e derrotas sempre serão atribuídos aos outros. Culpamos a Deus, o diabo, o governo, a família, mas, nunca reconhecemos que muitas coisas que nos sobrevém são oriundos de nossas escolhas inadequadas. Importante ressaltar que não decidir também é uma escolha, ou seja, ficar em cima do muro não nos isenta das responsabilidades e de suas possíveis consequências.

Não tenho dúvidas em afirmar que estamos há nove dias da eleição presidencial mais importante dos últimos cinquenta anos. Se engana quem foca apenas nos aspectos pessoais de cada candidato ou lhe confere uma importância exacerbada. Por mais que nos esforcemos, quem conseguirá agradar todos a sua volta? O exemplo clássico dessa realidade é o que fizeram com Jesus Cristo, único homem sem pecado e foi sentenciado a morte no lugar de um ladrão chamado Barrabás. A grande questão é o que esses dois candidatos representam e quais as resultâncias advindas de suas gestões futuras.

Do lado esquerdo está um que foi responsável pelo maior esquema de corrupção da história da humanidade. Um dos líderes do chamado Foro de São Paulo cujo propósito era implementar o comunismo em toda a América Latina. Comunismo esse que nunca deu certo em lugar nenhum do planeta. Por onde ele passa deixa um rastro de morte, miséria e caos. O comunismo somente no século passado matou mais de cem milhões de pessoas, mais do que a soma entre as duas grandes guerras mundiais e o holocausto sofrido pelos judeus. Temos exemplos atuais do que essa ideologia é capaz, basta olharmos para os nossos vizinhos argentinos. A Venezuela, um dos maiores produtores de petróleo que possuía uma economia estável, está com a maioria da sua população vivendo abaixo da linha da pobreza depois que esse regime dominou o país. Diariamente centenas deles entram em nosso território em busca de sobrevivência. Apelo aqui para todos os cidadãos de bem que acredito ser a maioria de nossa população. Que moral teremos para ensinar as futuras gerações que roubar é errado se decidirmos apoiar um candidato condenado. Isso mesmo, ele não é investigado ou está com processo em curso. Ele foi condenado em três instâncias por mais de sete juízes e chegou a cumprir mais de um ano de prisão em regime fechado. Só está solto e concorrendo as eleições graças aos seus amigos indicados por ele e seu partido para ocupar uma cadeira na Suprema Corte, os quais cancelaram todo o processo alegando que o CEP estaria errado.  Uma manobra que faz do nosso país ser motivo de chacota em todo o mundo. Além de torná-lo elegível, todos os seus crimes pelos quais fora condenado prescreverão, isto é, não ficará nem mais um dia preso apesar de tudo que fez. Esse candidato se tornou mestre na arte de mentir. A ideologia de seu Partido defende temas polêmicos, como, por exemplo: o aborto; a liberação das drogas; a ideologia de gênero; a erotização de crianças; a doutrinação nas escolas; o controle dos meios de comunicação; a perseguição aos cristãos, como acontece hoje na Nicarágua; o crime organizado, que destrói milhares de famílias, seja pela dependência química gerada pelo consumo das drogas ou pela violência, fruto da luta por territórios e confrontos diários com a polícia; a invasão da propriedade alheia e o cerceamento das liberdades individuais. Esqueçam a figura de 2002 do “Lulinha paz e amor” que o tornou Presidente. Nessa época eles estavam iniciando seu projeto de poder, atrapalhado alguns anos depois pela operação Lava a Jato. Agora é outra realidade e ele está com sangue na boca, basta acompanhar suas falas. Por que será que ele tem o apoio dos banqueiros se afirma ser o candidato dos pobres? Outra mentira, pois é comprovado que esses banqueiros enriqueceram muito mais durante o período em que o seu Partido governava (2003-2016).

Do lado direito temos um candidato que defende princípios antagônicos ao anterior. Nosso país viveu mais de vinte anos sendo enganado por um mesmo grupo que tinha como alvo se revezarem no poder. Entretanto, sentavam todos a mesma mesa, como muito bem abordado pela Brasil Paralelo no episódio “Teatro das Tesouras” que tem sido alvo de censura pelo STF. Simplesmente não existia oposição. A única diferença é que alguns eram mais radicais que outros, entretanto, todos com pensamentos marxistas.  Este candidato defende princípios pelos quais considero fundamentais para que uma sociedade possa viver de forma saudável e próspera que são: a defesa da família, célula “mater” da sociedade; o patriotismo, nos trazendo belas memórias do nosso fabuloso piloto de fórmula 1, Airton Sena; o respeito a fé cristã; a desburocratização e redução de impostos; o estímulo a competitividade entre as empresas privadas gerando mais empregos e riquezas; a defesa de nossa soberania territorial e riquezas minerais, principalmente na Amazônia. Nesses quase quatro anos de administração fez muita coisa pelo país através de Ministros técnicos e competentes, sem indicações partidárias como era antes. Só não fez muito mais devido à forte oposição enfrentada principalmente por parte da grande mídia que o perseguia diariamente e só enxergava pontos negativos. O STF, agindo não como guardiões da Constituição, mas como um braço de pequenos Partidos vencidos no Parlamento, agravado pela omissão do Senado em não por freios nas inúmeras decisões arbitrárias e anticonstitucionais. Outra resistência partiu de algumas Instituições Públicas de grande influência, como, por exemplo, o Ministério da Educação, resultado da doutrinação e aparelhamento que receberam da esquerda nas últimas décadas.

Isso posto, qual será a nossa decisão diante de caminhos tão opostos a serem trilhados? Faço um apelo aqueles que votaram no “descondenado” no primeiro turno. Reavaliem se vale a pena mesmo deixá-lo retornar a cena do crime, como disse seu próprio vice, Geraldo Alckmin, num passado recente. Aqueles que não votaram ou anularam seu voto, reflitam. Ao tomarem essa postura, estarão consequentemente favorecendo o sistema corrupto que vem jogando sujo para retornar as velhas práticas. O Brasil só não quebrou durante o mensalão/petrolão, devido as suas inúmeras fontes de riquezas. Depois, não adianta colocarmos a culpa pelo fracasso em Deus ou em quem quer que seja por uma decisão errada. Lembre-se que estamos dentro desse gigantesco navio, chamado Brasil, se afundar, todos morreremos. A responsabilidade pelo futuro de nossa nação é minha e sua. Pense nisso!

Juvenal Netto

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

TEMPESTADES IMAGINÁRIAS COM PODERES AINDA MAIS AVASSALADORES

 


A mente humana certamente é a parte mais complexa do corpo. Por mais que reconheçamos o avanço alcançado pela ciência nas últimas décadas, constatamos que ainda existem muitos mistérios a serem desvendados. O cérebro possui algumas especificidades e uma delas que nos chama a atenção é a capacidade tanto em produzir cura, bem como criar e produzir enfermidades na mesma proporção. Convido vocês a analisarem comportamentos de homens cujas mentes exerceram grande protagonismo diante de situações atípicas.

O primeiro deles chama-se Estevão e foi um discípulo cheio de fé e do Espírito Santo, escolhido para formar a primeira equipe diaconal da igreja primitiva (At 6.1-7). Ao propagar o evangelho acabou desagradando judeus religiosos, os quais inflamaram a multidão com o propósito de apedrejá-lo até a morte por ter supostamente cometido blasfêmia. Imaginem vocês a cena! Um indivíduo encurralado por uma turba enfurecida, munida de pedras de variados tamanhos, preste a começar o massacre. Ele sabia estar sentenciado. No entanto, uma coisa é morrer por um único golpe, com pouca dor, ou, ainda que ela seja intensa, perdure por um curto período; outra completamente diferente é morrer gradualmente a cada pedra lançada. Estevão estava diante de uma grande “tempestade” e tinha tudo para entrar em pânico, antes mesmo de receber o primeiro impacto. Entretanto, se mantém calmo até o seu último suspiro de vida e ainda intercede a Deus por aquelas pessoas. Sua mente conseguiu de alguma forma  blindar-se daquele estresse, amenizando o seu sofrimento. A tempestade contemplada por ele, apesar de ter sido cruel, não conseguiu adentrar a sua mente.

O segundo episódio trata-se de uma experiência coletiva vivida pelos apóstolos (Mc 4.35-41). Quem ousaria desobedecer a uma ordem do Filho de Deus? Jesus disse para os seus discípulos entrarem no barco, pois, iriam atravessar o mar da Galileia. O Mestre, muito cansado, entra na embarcação e logo pega no sono. Depois de alguns instantes surge uma tempestade horripilante. Grande parte da sua equipe era formada por exímios pescadores, ou seja, homens experientes e acostumados a mares revoltos. Ainda, assim, todos ficaram apavorados. Foram desestabilizados emocionalmente por mentes que se renderam a realidade sombria do momento. Eles suplicam pela ajuda de Jesus temendo a morte. Pela reação desses homens, chegamos à conclusão de que essa tormenta se tornou ainda mais intensa pelo fato de ter dominado suas mentes.

O terceiro comportamento a ser citado aqui é o do profeta Elias (I Rs 17-19). Um homem ousado que desafiou 450 profetas de um falso deus chamado Baal. Eles teriam que construir um altar. Sacrificar um animal e invocar o seu Deus a fim de fazer descer fogo e consumir a oferta. Elias sai vitorioso, pois Yahweh responde sua oração e todos viram o fogo lamber o cordeiro. Ele lança mão da espada e corta a cabeça de todos aqueles impostores. Jezabel, esposa de Acabe, rei de Israel, quando toma conhecimento da morte de seus profetas, envia um mensageiro até Elias para ameaçá-lo de morte. Ele agora foge, e, deprimido, pede a Deus para si a morte. Aquele servo destemido havia acabado de transpor uma “tempestade real”, no entanto, a simples ameaça de uma mulher produz na sua mente agora uma imaginária. Ele foi traído por sua mente que o deixou totalmente debilitado.

Por isso, podemos concluir que as piores tempestades não são as externas e sim as internas. Aquelas que conseguem atingir as nossas almas, dominando nossas mentes. Ainda que essas sejam muitas vezes apenas imaginárias, possuem efeitos tão devastadores quanto as reais, incapacitando e gerando dor e sofrimento. A boa notícia é que o Senhor estará sempre pronto a atender ao nosso clamor (Sl 6.9, 28.6, 42.5-11, 46.1, 116.1-8; 2Tm 2.13). Acompanhou o profeta nos momentos em que ele estava cheio de vigor físico e espiritual e não o desamparou quando adoeceu emocionalmente. Deus enviou todo o suporte necessário para que o seu servo pudesse ter sua saúde reestabelecida e poder concluir sua missão. Só ele pode acalmar as tempestades mais avassaladoras da nossa alma.

Juvenal Netto

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

CANSEI DE ORAR

 


Se existe algo que produz esgotamento espiritual até mesmo em pessoas que procuram manter um íntimo relacionamento com Deus, é quando pedem por longos períodos uma coisa que consideram imprescindível e não conseguem uma resposta satisfatória. Por que o Senhor não me ouve, ó Deus? Quem nunca pronunciou uma frase como esta na hora da angústia?

Em primeiro lugar é preciso compreendermos que a petição é apenas um aspecto do relacionamento que procuramos desenvolver com o Eterno. Como você se sentiria se alguém lhe procurasse apenas para lhe pedir um favor? Para determinadas pessoas as palavras “orar” e “pedir” são sinônimas. Deus é um ser pessoal. Ele não pode ser rebaixado a uma condição de um mero detentor de energia ou força, ainda que extraordinária. Como ser imanente, deseja estar conosco e participar de nossos variados momentos e experiências, sejam bons ou ruins. O primeiro milagre de Jesus não foi em um lugar místico, litúrgico ou visitando um moribundo à beira da morte, mas numa festa de casamento, transformando água em vinho. Ele só estava lá porque possuía uma afinidade com os noivos e seus familiares. Fazia parte do rol de amizades daquela família. Orar significa desenvolver um diálogo, uma conexão com o Senhor através da qual vamos compartilhar acontecimentos, sonhos e idealizações. O fator preponderante nessa conversa não deve ser apoiado naquilo que se pode obter dele, mas, tão somente no privilégio de gozar de sua doce e inigualável companhia.

Outro aspecto é compreendermos que o Criador não está sujeito ao tempo humano. Alguns servos serão atendidos imediatamente em suas petições, enquanto outros, após anos e até décadas de insistência. Isaque pediu a Deus que operasse um milagre na vida de sua esposa Rebeca que era estéril. Ele só foi atendido vinte anos mais tarde, entretanto, a bênção veio dobrada, pois ela engravidou de gêmeos (Gn 25.20,21 e 26). Por que tanta demora? Não sabemos, mas, cremos que Deus não se atrasa. Ele faz as coisas no tempo exato. Ainda haverá aqueles que infelizmente jamais obterão um sim como resposta a sua súplica, no entanto, mais uma vez, devemos confiar no gerenciamento do Pai sobre nossas vidas. A resposta para o grande apóstolo Paulo diante de um incômodo que ele chamou de “o seu espinho na carne” foi: a minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza, ou seja, confie em mim, ainda que eu negue definitivamente sua petição (II Co 12.7-10).

O fator tempo de espera elevado não pode servir de parâmetro ou sinal da parte de Deus de que a sua resposta a determinado apelo será negativo, exceto se deixar isto muito bem claro para nós através de outros sinais. Muitos desistem, se frustram ou simplesmente cansam e se esgotam por avaliar tardio o tempo de resposta. No sermão do monte, Jesus disse o seguinte sobre a importância quanto a perseverança na oração:

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.7-11)

 

Outro motivo bastante comum que pode nos levar a desistir de nossas petições é percebermos a pequenez de nossa fé, principalmente, quando percebemos que na maioria dos milagres operados por Jesus, ele sempre dava ênfase à fé de seus agraciados. No entanto, esse também não deve ser motivo para desistências, pois, apesar de nossa fé muitas vezes se demonstrar vacilante, podemos apelar para as misericórdias do Pai que se renovam a cada manhã e podem ser uma forte aliada nas horas difíceis (Lm 3.22; Sl 77.9, 147.11).

Poderia citar várias experiências de homens e mulheres que, após perseverarem na oração, obtiveram a vitória, mas, citarei apenas a de Ana, mãe de Samuel (I Sm 1). A Bíblia não revela quanto tempo essa mulher levou orando. A cada ano que ela ia a Siló com seu marido para adorar a Deus e oferecer sacrifícios, mantinha o fervor em sua petição até que o Senhor atendeu a sua oração e abriu sua madre.  

Portanto, se não estamos pedindo mal, como alertou Tiago em sua carta, devemos continuar insistindo, a exemplo de Ana, e não esmorecermos em nossas forças, pois a nossa bênção chegará em momento oportuno, pois Ele é galardoador daqueles que o buscam (Tg 4.3; Hb 11.6).

Juvenal Netto

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

O SOFRIMENTO É CAPAZ DE PRODUZIR SALVAÇÃO?

 


Como é fascinante a estrutura dos seres humanos e proporcionalmente complexa. Todos os esforços já realizados unindo ciência, religião e demais conhecimentos adquiridos até hoje pelos homens mais inteligentes da história não foram suficientes para trazer respostas conclusivas acerca dos inúmeros questionamentos que nos rodeiam e um deles envolve os porquês do sofrimento humano.

Pela introdução utilizada aqui querido leitor você pode concluir antecipadamente que a ideia não é tratar o assunto de maneira simplista e prepotente, mas, tentarmos dirimir dúvidas quanto a algumas interpretações equivocadas e sem qualquer fundamentação substancial, tendo como base para isto as Sagradas Escrituras.

O livro de Gênesis relata como tudo começou na terra e como era a vida do primeiro casal, Adão e Eva. O criador deu-lhes plena liberdade para usufruírem de todas as maravilhas existentes no Jardim do Éden, exceto comerem do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (Gn 1 e 2). Eles desobedeceram e o pecado entrou em suas vidas, trazendo consigo uma série de consequências danosas, dentre elas, a realidade quanto ao sofrimento, o qual passou a fazer parte da natureza humana (Gn 3; Rm 5.12). Pode-se, então, deduzir a partir da narrativa Bíblica que ele teve uma origem e uma causa.

Muitos seguimentos religiosos acreditam que o propósito para o sofrimento seria uma espécie de purificação para a alma, no sentido de a pessoa estar se redimindo e, assim, conseguir alguma recompensa no futuro. Outros veem o sofrimento como resultado da quitação de uma dívida sua ou de seus ancestrais. Foi essa a interpretação dos discípulos quando se depararam com um homem cego de nascença e perguntaram para Jesus sobre quem teria pecado o próprio ou seus pais? Jesus lhes responde que nem um, nem outro, mas, para que se manifestassem nele as obras de Deus (Jo 9.1-11).

Mesmo reconhecendo que o sofrimento teve uma origem e uma causa que contaminou toda humanidade, é muito difícil e arriscado tentarmos obter respostas sobre os níveis de sofrimento que atingem as multidões de forma peculiar. Quem assim o fizer arriscará cometer sérias injustiças. Os três amigos de Jó agiram dessa forma ao tentarem justificar tamanho sofrimento que o assolava, pois, em dado momento de sua vida, veio a perder todos os seus bens; logo em seguida os seus dez filhos de uma só vez e foi finalmente acometido por uma doença que transformou seu corpo em uma enorme chaga purulenta. Eles deduziram de imediato: tanto sofrimento só pode ser fruto de pecado e Deus o está punindo severamente por isso. Se vocês lerem o livro de Jó, verão que a causa não era essa e nem passava perto, ou seja, aqueles homens estavam totalmente equivocados. Se precipitaram e agiram não como amigos e sim como verdadeiros algozes.

O consenso que se pode chegar quanto a esse assunto é que o sofrimento atinge pessoas indistintamente e independe de classe social, raça, idade, sexo, nacionalidade, credo religioso, etc. (Ec 9.2). Em alguns casos específicos pode ser fruto de escolhas ou decisões erradas (Pv 14.12, 16.17). A luz da Bíblia podemos concluir que de uma forma generalizada ele sempre exercerá um papel pedagógico na vida das pessoas (Hb 12.6). Entretanto, só Deus sabe as razões pelas quais está permitindo que passemos por ele e quais as doses a serem aplicadas individualmente.

Infelizmente existe um grupo formado por algumas ramificações religiosas o qual ensina de forma irresponsável que as pessoas ao se tornarem cristãs estariam imunizadas ao sofrimento e a dor. Uma propaganda enganosa (“pare de sofrer”) que tem levado muita gente a abandonar a fé. Muito pelo contrário, Jesus advertiu inúmeras vezes que segui-lo não seria nada fácil e prova de seus ensinamentos é a quantidade de cristãos perseguidos, torturados e mortos já no primeiro século da era cristã (Jo 16.33; Hb 11). Entretanto, em nenhum momento ele condiciona a salvação ao sofrimento como se ele fosse uma via obrigatória para alguém adentrar ao céu. Essa linha de raciocínio não é bíblica e extremamente perigosa, pois, leva as pessoas a acreditar que quanto mais sofrerem aqui na terra, maior a certeza de estarem um dia no céu. A via obrigatória para alguém possuir seu passaporte para lá não é o sofrimento, ainda que ele faça parte da trajetória do cristão, mas, um verdadeiro arrependimento com relação ao pecado e a confissão com seus próprios lábios a Jesus como seu senhor e salvador (Rm 10.9; At 2.38, 3.19).

Isto posto, concluímos que apesar de não possuirmos respostas para todos os dilemas que envolvem o sofrimento, em alguns aspectos é possível, sim, chegarmos a respostas conclusivas e possuidoras de um alicerce sólido pautado na Bíblia e um deles é de que o sofrimento não é o meio principal e fundamental para garantir a salvação de uma pessoa. Só Jesus Cristo Salva!

Juvenal Netto

sexta-feira, 15 de julho de 2022

O ESTABLISHMENT E O SI$TEMA ELEITOR@L BRASILEIRO

 


Sociedades muito mais antigas que a nossa já compreendiam o poder que exerce a informação num contexto geopolítico, seja ele global ou regional. Com o advento do avanço tecnológico, principalmente, a internet, um sistema que evolui a velocidades que superam a da luz, a informação passou a exercer um papel ainda mais expressivo e preeminente.

Desde a sua invenção no início do século passado, a televisão sempre foi um poderoso instrumento de informação. Lógico que suas finalidades eram muito amplas e atingiam inúmeros objetivos. Entretanto, o establishment percebeu rapidamente que ela poderia ajudá-lo a conquistar com mais rapidez as suas metas sempre muito ambiciosas. Ela começou a ser utilizada como um grande poder não apenas para o entretenimento ou a informação, mas, principalmente para a manipulação das grandes massas. Filmes, telenovelas, comerciais e demais atividades começaram a influenciar no modo de pensar e agir das comunidades. Como um boiadeiro que conduz sua manada na direção desejada e o coloca preso num enorme curral pelo tempo que julgar necessário; com um detalhe, sem machucar nenhum deles, ou seja, transmite confiança a ponto de não esboçarem nenhuma reação contrária.

No final do século passado a internet começou a evoluir rapidamente e mudou o cenário global. A televisão perdeu o seu reinado e as informações começaram a circular mais independentes. Essa realidade se torna muito nítida quando comparamos pessoas que recebem informações exclusiva ou predominantemente dos canais televisivos, daquelas que, além destes meios, acessam as redes sociais e acompanham jornalistas independentes, como, por exemplo, Alexandre Garcia, um dos profissionais da área mais inteligentes que conheço.

A grande mídia hoje é patrocinada não apenas pelos seus anunciantes, mas, por bilionários, isto é, perdeu sua personalidade, autenticidade e passou a ser um instrumento extremamente manipulador e sem limites. Transformam fatos em fake, distorcem, enfim, mentem descaradamente sem constrangimento algum. Em relação à confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, ela está em sintonia com o que é dito pela nossa Suprema Corte. Ministros que tem agido como políticos, profissionais da área de saúde, etc., menos como guardiões da nossa Constituição. Comportamentos que nos levam a acreditar que também foram recrutados pelo establishment, talvez, a peso de toneladas de ouro.  Por que não querem aperfeiçoar o Sistema Eleitoral e torná-lo mais eficiente, transparente e confiável? Todo equipamento eletrônico precisa ser atualizado e aperfeiçoado constantemente. Os Bancos gastam bilhões em segurança por ano para mitigar os riscos de invasões e diminuir perdas. Se a versão de nossas urnas é tão evoluída, por que apenas mais dois países, Bangladesh e Butão, além do Brasil a utilizam no mundo inteiro? Por que fogem dos debates e ainda mentem, tentando manipular a população ao fazerem crer que a ideia seria abandonar as urnas eletrônicas e voltarmos as cédulas em papel? A proposta não é esta e sim aperfeiçoar as existentes de modo a torná-las auditáveis, algo que é impossível nas atuais. Por que querem esconder o fato de um ‘hacker’ ter acessado os computadores do TSE e lá permanecido por meses durante um período de eleições? São perguntas cruciais que até agora nenhum Ministro palestrante tentou responder convincentemente à população brasileira. Esse comportamento acaba deixando o povo ainda mais desconfiado com o que estaria por trás de tudo isso. Seria apenas expor um erro cometido e abalar suas reputações e tocar em seus superegos? Ou há algo de mais grave e podre por detrás de tudo isso?

Manipular as urnas em relação à eleição presidencial seria pouco provável. O homem é um fenômeno nas ruas. Retirá-lo do jogo dessa maneira, poderia incendiar o país. Onde ele chega é ovacionado pelas multidões de norte a sul contradizendo a maioria das pesquisas, enquanto seu maior oponente, um “descondenado”, não consegue nem descer para almoçar no restaurante dos hotéis em que se hospeda. Essas pesquisas fraudulentas são mais um presságio de que algo muito errado pode estar prestes a acontecer. A única forma do sistema impedir sua reeleição seria o impedindo de concorrer, algo que não é tão difícil assim de acontecer, tendo em vista, o poder que esses caras têm. Depois que os vimos colocarem o “Bidê” no trono, não podemos subestimá-los jamais.  O povo brasileiro precisa estar muito atento e não se deixar manipular ou ser conduzido como manada. Olhemos para a triste realidade em que vivem nossos “hermanos” argentinos e venezuelanos. Será que foram enganados? Nossa liberdade há muito tempo não era tão ameaçada como nesse momento. Na verdade, infelizmente, não podemos afirmar que vivemos numa democracia.

Outra hipótese que não pode ser descartada seria a intenção de alterar os resultados não em relação à eleição presidencial, mas, referentes a dos Senadores e Deputados Federais. Os “iluministros” tem consciência da rejeição que sofrem nas ruas e do quanto foram longe demais ao descumprirem a Constituição. Estão convictos que o único remédio Constitucional a ser aplicado para serem retirados de lá sem desestabilizar o país só poderá vir por iniciativa do Senado. Entretanto, um candidato a presidência com tamanha influência e popularidade pode eleger muitos Senadores e Deputados, mudando a configuração do Congresso Nacional. Um novo colegiado de Senadores Fichas Limpas, ou seja, livres das ameaças dos togados e alinhados com o futuro Presidente colocaria um fim a essa ditadura imposta por alguns Ministros do STF. Mais do que isto, poderia ainda os destituir dos seus cargos e colocá-los nos seus devidos lugares que é uma Instituição Penitenciária, adequado para todos aqueles que cometeram crimes. O dono do Brasil é Deus que outorgou seus cuidados ao seu povo e não a um determinado grupo por mais influente e poderoso que possa ser.

“O preço da liberdade é a eterna vigilância.” (Thomas Jefferson)

Juvenal Netto

quarta-feira, 6 de julho de 2022

ISENÇÃO É MESMO A SOLUÇÃO?

 


Um dos mecanismos de defesa do nosso organismo contra a possibilidade de entrarmos em lutas que poderão nos trazer desgastes físicos e emocionais é a de adotarmos a estratégia da fuga ou de uma suposta neutralidade. Primeiramente, a ideia aqui não é julgar as pessoas que adotam essa conduta, seja frequente ou ocasionalmente, tendo em vista o pressuposto de que cada um conhece os seus limites, bem como as circunstâncias do momento em que está passando. Entretanto, quando nos deparamos com perigos iminentes, é aconselhável avaliar suas consequências, a curto, médio e longo prazos e, ainda, quais os seus alvos em potencial. Uma avaliação displicente pode levar o indivíduo a subestimar o perigo e acreditar que ele não será objeto desse arqui-inimigo, muitas vezes por realizar uma análise considerando apenas o tempo presente.

Nossa geração está passando por um período crítico de mudanças comportamentais que, dependendo da postura a ser adotada por cada cidadão, o resultado pode ser catastrófico. Em qualquer guerra o tempo de reação deve andar junto as estratégias a serem empregadas. Uma tática excelente utilizada de forma precipitada ou tardia pode torná-la ineficiente. O que se percebe é que as pessoas não conseguem distinguir com clareza o básico de um conflito: quem são seus verdadeiros inimigos? Isto é extremamente estratégico para ambos os lados. Quando eles não se mostram claramente, induzem as pessoas a lutarem entre si, ou seja, o bem lutando contra ele mesmo. Um exemplo claro dessa realidade é o que acontece entre os cristãos. O embate vai muito além da política e de seus representantes e não está restrito a religião. Não se trata apenas de uma ideologia ou posicionamento seja ele classificado como de “direita” ou de “esquerda”. Também não é exclusividade da sociologia ainda que ela ocupe um papel preponderante nesse assunto. Tratá-lo como um comportamento conservador ou progressista é mascarar a questão.  

É notório que as civilizações experimentam constantes evoluções em abrangentes áreas e não há nada de errado nisto, entretanto, alguns critérios, conceitos, padrões comportamentais, etc., evoluíram ao longo dos séculos e após erros e acertos, chegou-se a definições muito claras, principalmente quanto ao conceito do que é “certo” e “errado” em se tratando da vida em comunidade. As mudanças que querem nos impor a força, a princípio, não parece nada aperfeiçoador, evolutivo, muito pelo contrário, é retrogrado, diria, imbecil. Só pelo fato de ser forçado já seria o suficiente para ficarmos muito atentos.

Não podemos cair na armadilha de tratar o ser humano como uma espécie de subclasse, dividindo-os em hetero e ‘homo’, quanto a sexualidade; brancos e negros, quanto a raça; pobres e ricos, quanto a sua condição socioeconômica; homens e mulheres, quanto ao seu gênero, etc. As leis e regras que regem uma sociedade deve utilizar como pilar o princípio básico, lógico e imutável que é o valor de uma vida, independentemente de qualquer outro aspecto que tentem classificá-la para, posteriormente, inseri-la num determinado grupo. Não existe esse conceito equivocado de lutas pelas minorias. Numa sociedade civilizada e evoluída as minorias sempre serão respeitadas, não obstante, onde houver divergências, o que prevalecerá será a vontade da maioria, ponto. Não se pode atender determinadas reivindicações dessas minorias em detrimento do prejuízo das maiorias, como, por exemplo, obrigar crianças e adultos de sexos distintos a utilizarem os mesmos banheiros públicos. Exceto se houvesse um consenso onde a maioria concordasse voluntariamente com tal postura. Outro fator polêmico, dentre muitos outros, é a tentativa de banalizar o valor da vida, tentando de todas as formas legalizarem o aborto, enquanto supervalorizam aqueles que cometeram crimes e causaram enormes prejuízos à população com o discurso hipócrita de que são vítimas da sociedade, por isso não podem ser penalizados, ou seja, dois pesos e duas medidas. Em todas essas polêmicas, por trás há sempre a tentativa de transformar o certo em errado e vice-versa.

Isto posto, pelos desdobramentos que acarretarão prejuízos incalculáveis a vida de todos nós se esse sistema pernicioso prevalecer, acredito que a isenção ou a neutralidade não é uma atitude inteligente e saudável a ser tomada por nenhum de nós. No entanto, existem várias formas de lutarmos contra ele e você não precisa obrigatoriamente ter de ocupar a linha de frente. O que eu posso fazer, talvez você me questione após ler este texto? Procure estar bem informado. Infelizmente, hoje isto não é possível apenas acompanhando a grande mídia. Procure ler bons livros. Acompanhe as notícias pelas redes sociais. Não acredite de imediato em tudo que vê, ouve e lê. Aprenda a avaliar os fatos e as fontes e compartilhe com seus amigos. Não negocie princípios e valores éticos e morais. Valorize mais o seu voto, principalmente em relação à eleição de Senadores e Deputados Federais, lembrando ser do Congresso Nacional o local de onde saem todas as leis que regem nossa nação.

Que Deus abençoe todas as famílias desta amada Pátria verde e amarela!

Juvenal Netto

terça-feira, 22 de março de 2022

MISSÕES MUNDIAIS E SUAS CONDICIONANTES

 



Louvamos ao Senhor pela liderança denominacional, representada por nossa Junta de Missões Mundiais (JMM), que tem sido incansável tanto em promover a manutenção da visão missionária junto ao nosso povo batista, bem como o de oferecer todo suporte aos nossos irmãos enviados, dentre outras inúmeras atividades correlatas. As atividades missionárias acontecem ininterruptamente, no entanto, todos os anos durante o mês de março acontece uma verdadeira mobilização nacional com a finalidade de manter viva em nossos corações a chama da propagação do evangelho voltada para as demais nações. É um movimento contagiante onde cada cristão batista tem a oportunidade de participar ativamente dessa árdua missão, seja orando, ofertando, mobilizando ou até mesmo recebendo a confirmação de sua chamada para ir ao campo. Um momento muito apropriado para estreitar os laços entre a igreja e seus missionários; instante onde cada membro pode ser estimulado e ter sua fé renovada ao ouvir os testemunhos acerca de tudo quanto o Senhor tem feito através da vida de nossos heróis.

Normalmente utilizamos como ancoradouro o texto de Mateus intitulado de “a grande comissão”, onde Jesus comissiona sua noiva a cumprir o seu papel principal, isto é, o IDE (Mt 28.18-20). Ouvimos infinitas vezes que fazer missões é simplesmente um ato de obediência ao Senhor e uma demonstração de amor ao próximo, tendo em vista, que para ser salva, a pessoa precisa conhecer o plano da salvação. Ao pecador, então, é dada a oportunidade de se arrepender e reconhecer a Cristo como seu senhor e salvador. Não há o que se discutir quanto a legitimidade e a autossuficiência da motivação supramencionada. Entretanto, à medida que vamos nos aproximando dos últimos dias do fim, se faz necessário enxergar outra a qual pode servir de grande estímulo para a igreja se empenhar ainda mais nessa sublime missão.

Mateus registra exclusivamente uma fala de Jesus ao ser questionado pelos seus discípulos acerca de quais sinais haveriam de marcar o fim de todas as coisas (Mt 24.1-14). Em seu sermão profético o Senhor menciona os diversos acontecimentos que precederiam a sua volta, tais como guerras, terremotos, perseguições a igreja, etc., contudo, há uma narrativa peculiar sua que deve ser encarada com muita atenção: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” (Mt 24.14).

Sendo assim, nos empenharmos cada vez mais para realizar a obra missionária e alcançarmos todas as nações além de ser uma obrigação e um ato de amor, conforme as palavras de Jesus, será também uma condição para o seu retorno à terra. Fazer missões é dizer com propriedade: Maranata!

Juvenal Netto

terça-feira, 15 de março de 2022

É PRECISO TRANSCENDER A VISÃO DIANTE DAS CATÁSTROFES E GUERRAS

 


Os brasileiros ainda se recuperavam dos danos causados pela pandemia quando sofrem novos solavancos. Primeiro os baianos, depois os mineiros e recentemente os petropolitanos são atingidos por fortes chuvas, responsáveis por ceifar inúmeras vidas, destruir casas, deixando centenas de desabrigados. O país inteiro se solidarizou com essas famílias e chorou ao acompanhar as imagens dramáticas desses episódios. Ainda enterrávamos nossos mortos e vivíamos nosso luto quando fomos surpreendidos com mais uma notícia trágica, agora do outro lado do mundo. A Rússia declara guerra a Ucrânia. 

Com a dor e a tristeza em ver nossos semelhantes passando por tanto sofrimento, surgem os questionamentos e as tentativas de encontrar uma resposta que justifique os sucessivos eventos de natureza destrutiva que nos atingem neste período. O que não falta é gente arriscando algum palpite e procurando culpados, e, especificamente, os cristãos, o que tem a dizer sobre tais acontecimentos? Um grupo se levantará apressadamente colocando toda a culpa no pecado e na desobediência do homem. Apesar de não estarem totalmente errados pensando desse modo, é preciso ser mais criterioso e não avaliar de forma tão simplista os percalços da vida. Será que em meio as vítimas não havia nenhum servo fiel a Deus? Por certo, muitos cristãos foram submetidos as mesmas dores que os ímpios e alguns não resistiram, partindo para a glória. Outro grupo, que os chamarei carinhosamente de “os escatológicos de plantão”, passarão a analisar cada detalhe dos acontecimentos, tentando encontrar relação com as profecias bíblicas. Alguns chegam à beira de uma “cartomancia evangélica”.

Em primeiro lugar, tragédias iguais ou até piores do que essas já vem acontecendo há algum tempo. Elas apenas corroboram com as afirmativas do Mestre quanto aos sinais que precederiam a sua volta e se intensificarão à medida que nos aproximamos desse grande dia. É preciso compreender que determinados eventos continuarão a acontecer se assim estiver previsto na agenda do Todo-Poderoso e nenhuma oração conseguirá impedir.

O cristão não pode interpretar tais fenômenos da mesma forma que o homem natural como se a vida na terra fosse um ponto final. O palco principal da história da humanidade não é aqui, mas, as vezes, pensamos e agimos como se fosse. Sofrimentos, derrotas e perdas mexem com as pessoas e isto é normal, pois somos humanos, entretanto, nosso olhar precisa ser transcendente, afinal de contas o corpo retornará ao pó, mas, a alma seguirá para o juízo (Ec 12.7). A tragédia para muitas pessoas será o grito do Eterno pedindo que olhem para cima. Uma derradeira oportunidade para se arrependerem de seus pecados e assim possam experimentar a graça de Cristo.  Por esta ótica, se as multidões ouvirem a voz de Deus, redundando em salvação de almas, todo o sofrimento terá valido a pena, senão, será o prenúncio de que ele é apenas uma pequena amostra do que está por vir.

“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16.26)


Juvenal Netto

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

A DESINFORMAÇÃO E A QUEDA DO HOMEM

 


A luta do bem contra o mal é milenar e nesse embate muitos estratagemas são empregados incansavelmente. O exército das trevas, liderado por Satanás, pretende destruir Yahweh, mas como sabem que isso é impossível, então, voltam o seu arsenal para a humanidade que é a menina de seus olhos.

É muito fácil para uma mente saudável distinguir essas forças pelo antagonismo que as caracterizam, por isso, as trevas procuram usar estratégias que as deixem parecidas ao ponto de dificultar sua identificação e assim conseguir atrair e enganar suas presas.

Todas as palavras oriundas do Eterno são fiéis e verdadeiras. Nele, não há nenhuma possibilidade de erro ou engano. O que Ele diz se tornam fatos, isto é, pode ser considerado como verdade inquestionável. Um dos significados da palavra “verdade” é: tudo que está conforme os fatos ou com a realidade. Confrontar abertamente a verdade não é uma tarefa fácil e o inimigo sabe bem disso, por isso tenta desconstrui-la sutilmente para ganhar terreno. A estratégia é pegar apenas algumas partes verídicas de um fato e inserir uma informação incorreta. Ou, ainda, descrever um acontecimento com entonação que dê um sentido dúbio com a intenção de confundir ou induzir ao erro. Técnica também conhecida como DESINFORMAÇÃO e utilizada pela primeira vez no Jardim do Éden. Como costuma dizer o Reverendo Hernandes Dias Lopes: “Uma meia verdade é o mesmo que uma mentira inteira”.

Deus deu a seguinte ordem ao casal Adão e Eva: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2.16-17)

O diabo, representado por uma serpente, chega para Eva e diz o seguinte: “É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim?” (Gn 3.1). Ele começa o diálogo já lançando a semente da dúvida no coração do seu alvo. Usa uma linguagem que induz Eva a acreditar que tal ordem era desproporcional, ou seja, as demais árvores existentes no jardim eram insignificantes diante de uma delas apenas. Sutilmente, quis afirmar que Deus estava sendo injusto ou severo ao extremo. Logo em seguida deu seu golpe final desmentindo o que o Senhor havia falado, e, ainda, fazendo promessas falsas: “É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (Gn 3.4-5). Eva caiu na armadilha, experimentando o fruto proibido; levou Adão consigo para o abismo e o pecado entrou pela primeira vez no mundo.

Milhares de anos já se passaram desde o acontecimento supramencionado e os principados e potestades continuam utilizando a arma da DESINFORMAÇÃO. A única coisa que mudou foi o seu instrumento de manipulação. Hoje, no lugar da serpente, utilizam a grande mídia, líderes políticos, religiosos (falsos profetas) e empresariais. Incentivam a liberação do aborto e do uso de drogas e muitas outras aberrações, sempre com o argumento sutil de que tudo isso é o melhor para a humanidade.

 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” (Efésios 6.11)

Juvenal Netto