Para os cristãos, todos os dias é Natal,
tendo em vista que eles costumam desenvolver um relacionamento diário com Jesus,
conscientes de que devem adorá-lo em todo o tempo e não apenas num dia
específico do ano. No entanto, tal argumentação não invalida e nem banaliza as
comemorações realizadas todos os anos no dia 25 de dezembro, desde que o façam pelas
motivações corretas.
Celebrar o Natal é uma oportunidade ímpar para
alertarmos as pessoas quanto ao perigo de uma vida sem Deus. Tirá-lo de nossos
planos é a certeza de um fracasso eminente, principalmente no que tange a
eternidade. O mundo está em trevas desde a entrada do pecado por Adão e Eva e é
transmitido obrigatoriamente a todos os viventes ainda no ventre de suas
genitoras (1Jo 5.19; Sl 51.5). O Senhor prometeu que resolveria esse problema e
que possibilitaria a reaproximação dos homens até ele (Is 9.6). O que torna a
mensagem do Natal ainda mais notável é o fato de haver apenas um modo dessa
promessa se cumprir. Deus não criou atalhos, como afirmam muitos ao proferirem
a frase de que todos os caminhos levam a Deus (Jo 14.6). Ele usou vários
profetas com uma única mensagem: Eu enviarei um Salvador, único apto a receber
sobre si todos os pecados cometidos pela humanidade.
Ao celebrarmos o Natal, somos levados a
identificar alguns aspectos da natureza divina, cruciais para dar sentido a
nossa existência. Deus, diferente dos homens, cumpre fielmente todas as suas
promessas, ainda que a consideremos tardia. A nação de Israel já se encontrava
com os ânimos desfalecidos, afinal de contas, setecentos anos já haviam se
passado desde as profecias do respeitável Isaías sobre a vinda do messias. O
nascimento de Jesus é a certeza de que Deus não havia se esquecido de nós. Muito
mais ainda, sua ressurreição é a garantia de que é possível vencermos a morte, assim
como ele.
Por fim, não podemos cometer o equívoco de
focar a sua existência apenas no seu nascimento. É muito ilustrativo e
comovente vermos a cena de pais humildes em volta de um “aparente” bebê
indefeso num estábulo dentro de uma manjedoura, um Deus Menino. Entretanto,
essa não é a sua mensagem principal, afinal de contas, o que adiantaria ele ter
nascido se não conseguisse completar sua missão. Ele viveu como humano, sentindo
dores e sendo provado em suas emoções e sentidos, mas, ao mesmo tempo, deu
provas contundentes de que era Deus, perdoando pecados, fazendo sinais e
maravilhas e se entregando voluntariamente para ser sacrificado como o Cordeiro
perfeito que tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29). O apóstolo João, ainda que
tivesse a oportunidade de voltar no tempo e vê-lo ainda criança, continuaria a enxergá-lo
como “Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19.16). Ele não era qualquer
menino. Era um Menino Deus e como tal, com poder para salvar, curar e libertar.
Como aniversariante do dia, o único presente que almeja receber é nossa adoração em espírito e em verdade.
Um Feliz Natal para todos os meus amigos!
Juvenal e família
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