Como agradecer a Deus por
tudo aquilo que tem feito por nós?! O dia vinte e quatro de janeiro, especificamente,
a partir do ano de 1998, se tornou uma data sublime para mim e para a minha
esposa. Nesse célebre dia, no templo da Primeira Igreja Batista em São Pedro da
Aldeia-RJ, selamos nossa união diante de Deus e várias testemunhas. A motivação
maior, a qual nos deu toda convicção para proferirmos reciprocamente no altar aquelas
frases tão ilustres e, em simultâneo, tão desafiantes, foi o grande amor que o
Senhor fez brotar em nossos corações mutuamente. Este sentimento tem sido um
dos pilares para prosseguirmos firmes no cumprimento do juramento, o qual
fizemos: “... até que a morte nos separe”.
Não existe casamento perfeito, partindo do pressuposto quanto à imperfeição
generalizada, característica inerente a todos os seres humanos. Por isso,
existem outros pilares para solidificar gradativamente o relacionamento
conjugal e devem ser observados atentamente. O maior deles é a presença daquele
que instituiu a família, digo, o Deus criador de todas as coisas. Atitudes,
como perdão, respeito, reconhecimento, altruísmo, enaltecimento das virtudes e
acertos em detrimento das falhas e imperfeições, além de muitas outras. A
Bíblia nos fornece ferramentas, em forma de orientações, voltadas exclusivamente
para o matrimônio e cita as responsabilidades peculiares do marido e da esposa
(Ef 5.22-33). Tudo isso só é exequível na vida do casal mediante estarem juntos
aos pés de Cristo, mortificando diariamente sua natureza adâmica.
Hoje, completamos Bodas de Alexandrita, uma
pedra preciosa rara e valiosa, conhecida por sua capacidade de mudar de cor
dependendo da iluminação. Suas características nos ajudam a refletir sobre
todos esses anos juntos. Como foi importante nos adaptarmos às diversas fases
do relacionamento: sem filhos; com filhos pequenos, depois adolescentes e agora
adultos. Nestes ajustes, compreendemos o quão importante é rever conceitos. Reconhecermos
como as mudanças são extremamente necessárias, desde que visem sempre o
aperfeiçoamento de ambos e corrobore para o fortalecimento do relacionamento. Nossas
prioridades atuais não são mais as mesmas de fases já ultrapassadas e esse
entendimento é imprescindível para manter a chama acesa. Neste período de transição,
com as nossas filhas adultas e independentes, precisamos nos preparar para não
sofrermos tanto o impacto do que chamam de “síndrome do ninho vazio”. A atenção
total deve se voltar para o cônjuge, como era no início, pois, os filhos, assim
como os pássaros, criam asas e voam; que voem mesmo cada vez mais alto.
Por fim, concluímos, expressando mais uma
vez toda nossa gratidão ao nosso Senhor e Mestre Jesus de Nazaré, por nos unir,
fazer frutificar (Débora, Esther...), sustentar e renovar todos os sentimentos
que nutrimos um pelo outro. Aproveitamos a oportunidade para testemunhar diante
daqueles que nos circundam o quão magnífico é esse projeto chamado, família, apesar
de todas as nossas limitações e imperfeições. Quero declarar mais uma vez todo o
meu amor e admiração que sinto por minha esposa, uma mulher virtuosa, com
imensuráveis qualidades, motivos pelos quais percebo que a escolha como
companheira foi uma decisão indubitável. Deus é bom!
Juvenal Netto