terça-feira, 23 de janeiro de 2024

BODAS DE ALEXANDRITA

Como agradecer a Deus por tudo aquilo que tem feito por nós?! O dia vinte e quatro de janeiro, especificamente, a partir do ano de 1998, se tornou uma data sublime para mim e para a minha esposa. Nesse célebre dia, no templo da Primeira Igreja Batista em São Pedro da Aldeia-RJ, selamos nossa união diante de Deus e várias testemunhas. A motivação maior, a qual nos deu toda convicção para proferirmos reciprocamente no altar aquelas frases tão ilustres e, em simultâneo, tão desafiantes, foi o grande amor que o Senhor fez brotar em nossos corações mutuamente. Este sentimento tem sido um dos pilares para prosseguirmos firmes no cumprimento do juramento, o qual fizemos: “... até que a morte nos separe”. Não existe casamento perfeito, partindo do pressuposto quanto à imperfeição generalizada, característica inerente a todos os seres humanos. Por isso, existem outros pilares para solidificar gradativamente o relacionamento conjugal e devem ser observados atentamente. O maior deles é a presença daquele que instituiu a família, digo, o Deus criador de todas as coisas. Atitudes, como perdão, respeito, reconhecimento, altruísmo, enaltecimento das virtudes e acertos em detrimento das falhas e imperfeições, além de muitas outras. A Bíblia nos fornece ferramentas, em forma de orientações, voltadas exclusivamente para o matrimônio e cita as responsabilidades peculiares do marido e da esposa (Ef 5.22-33). Tudo isso só é exequível na vida do casal mediante estarem juntos aos pés de Cristo, mortificando diariamente sua natureza adâmica.

Hoje, completamos Bodas de Alexandrita, uma pedra preciosa rara e valiosa, conhecida por sua capacidade de mudar de cor dependendo da iluminação. Suas características nos ajudam a refletir sobre todos esses anos juntos. Como foi importante nos adaptarmos às diversas fases do relacionamento: sem filhos; com filhos pequenos, depois adolescentes e agora adultos. Nestes ajustes, compreendemos o quão importante é rever conceitos. Reconhecermos como as mudanças são extremamente necessárias, desde que visem sempre o aperfeiçoamento de ambos e corrobore para o fortalecimento do relacionamento. Nossas prioridades atuais não são mais as mesmas de fases já ultrapassadas e esse entendimento é imprescindível para manter a chama acesa. Neste período de transição, com as nossas filhas adultas e independentes, precisamos nos preparar para não sofrermos tanto o impacto do que chamam de “síndrome do ninho vazio”. A atenção total deve se voltar para o cônjuge, como era no início, pois, os filhos, assim como os pássaros, criam asas e voam; que voem mesmo cada vez mais alto.

Por fim, concluímos, expressando mais uma vez toda nossa gratidão ao nosso Senhor e Mestre Jesus de Nazaré, por nos unir, fazer frutificar (Débora, Esther...), sustentar e renovar todos os sentimentos que nutrimos um pelo outro. Aproveitamos a oportunidade para testemunhar diante daqueles que nos circundam o quão magnífico é esse projeto chamado, família, apesar de todas as nossas limitações e imperfeições. Quero declarar mais uma vez todo o meu amor e admiração que sinto por minha esposa, uma mulher virtuosa, com imensuráveis qualidades, motivos pelos quais percebo que a escolha como companheira foi uma decisão indubitável. Deus é bom!


Juvenal Netto