Um dos mecanismos de defesa do nosso organismo contra a possibilidade de entrarmos em lutas que poderão nos trazer desgastes físicos e emocionais é a de adotarmos a estratégia da fuga ou de uma suposta neutralidade. Primeiramente, a ideia aqui não é julgar as pessoas que adotam essa conduta, seja frequente ou ocasionalmente, tendo em vista o pressuposto de que cada um conhece os seus limites, bem como as circunstâncias do momento em que está passando. Entretanto, quando nos deparamos com perigos iminentes, é aconselhável avaliar suas consequências, a curto, médio e longo prazos e, ainda, quais os seus alvos em potencial. Uma avaliação displicente pode levar o indivíduo a subestimar o perigo e acreditar que ele não será objeto desse arqui-inimigo, muitas vezes por realizar uma análise considerando apenas o tempo presente.
Nossa geração está passando por um período
crítico de mudanças comportamentais que, dependendo da postura a ser adotada
por cada cidadão, o resultado pode ser catastrófico. Em qualquer guerra o tempo
de reação deve andar junto as estratégias a serem empregadas. Uma tática
excelente utilizada de forma precipitada ou tardia pode torná-la ineficiente. O
que se percebe é que as pessoas não conseguem distinguir com clareza o básico
de um conflito: quem são seus verdadeiros inimigos? Isto é extremamente estratégico
para ambos os lados. Quando eles não se mostram claramente, induzem as pessoas
a lutarem entre si, ou seja, o bem lutando contra ele mesmo. Um exemplo claro
dessa realidade é o que acontece entre os cristãos. O embate vai muito além da
política e de seus representantes e não está restrito a religião. Não se trata
apenas de uma ideologia ou posicionamento seja ele classificado como de “direita”
ou de “esquerda”. Também não é exclusividade da sociologia ainda que ela ocupe
um papel preponderante nesse assunto. Tratá-lo como um comportamento conservador
ou progressista é mascarar a questão.
É notório que as civilizações experimentam constantes
evoluções em abrangentes áreas e não há nada de errado nisto, entretanto,
alguns critérios, conceitos, padrões comportamentais, etc., evoluíram ao longo
dos séculos e após erros e acertos, chegou-se a definições muito claras,
principalmente quanto ao conceito do que é “certo” e “errado” em se tratando da
vida em comunidade. As mudanças que querem nos impor a força, a princípio, não
parece nada aperfeiçoador, evolutivo, muito pelo contrário, é retrogrado,
diria, imbecil. Só pelo fato de ser forçado já seria o suficiente para ficarmos
muito atentos.
Não podemos cair na armadilha de tratar o ser
humano como uma espécie de subclasse, dividindo-os em hetero e ‘homo’, quanto a
sexualidade; brancos e negros, quanto a raça; pobres e ricos, quanto a sua
condição socioeconômica; homens e mulheres, quanto ao seu gênero, etc. As leis
e regras que regem uma sociedade deve utilizar como pilar o princípio básico,
lógico e imutável que é o valor de uma vida, independentemente de qualquer
outro aspecto que tentem classificá-la para, posteriormente, inseri-la num
determinado grupo. Não existe esse conceito equivocado de lutas pelas minorias.
Numa sociedade civilizada e evoluída as minorias sempre serão respeitadas, não
obstante, onde houver divergências, o que prevalecerá será a vontade da
maioria, ponto. Não se pode atender determinadas reivindicações dessas minorias
em detrimento do prejuízo das maiorias, como, por exemplo, obrigar crianças e
adultos de sexos distintos a utilizarem os mesmos banheiros públicos. Exceto se
houvesse um consenso onde a maioria concordasse voluntariamente com tal
postura. Outro fator polêmico, dentre muitos outros, é a tentativa de banalizar
o valor da vida, tentando de todas as formas legalizarem o aborto, enquanto supervalorizam
aqueles que cometeram crimes e causaram enormes prejuízos à população com o
discurso hipócrita de que são vítimas da sociedade, por isso não podem ser
penalizados, ou seja, dois pesos e duas medidas. Em todas essas polêmicas, por
trás há sempre a tentativa de transformar o certo em errado e vice-versa.
Isto posto, pelos desdobramentos que
acarretarão prejuízos incalculáveis a vida de todos nós se esse sistema
pernicioso prevalecer, acredito que a isenção ou a neutralidade não é uma atitude
inteligente e saudável a ser tomada por nenhum de nós. No entanto, existem
várias formas de lutarmos contra ele e você não precisa obrigatoriamente ter de
ocupar a linha de frente. O que eu posso fazer, talvez você me questione após ler
este texto? Procure estar bem informado. Infelizmente, hoje isto não é possível
apenas acompanhando a grande mídia. Procure ler bons livros. Acompanhe as
notícias pelas redes sociais. Não acredite de imediato em tudo que vê, ouve e
lê. Aprenda a avaliar os fatos e as fontes e compartilhe com seus amigos. Não
negocie princípios e valores éticos e morais. Valorize mais o seu voto, principalmente
em relação à eleição de Senadores e Deputados Federais, lembrando ser do
Congresso Nacional o local de onde saem todas as leis que regem nossa nação.
Que Deus abençoe todas as famílias desta amada
Pátria verde e amarela!
Juvenal Netto
Excelente texto, clareza e objetividade, pontuando fatos que nos colocam constantemente em situações de difíceis soluções...
ResponderExcluirTemos exemplos muito perto do que está acontecendo com Argenta, Venezuela, Chile e outros. Será que o povo brasileiro vai querer pagar para ver? A palavra de ordem hoje é liberdade e respeito Constituição.
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