sábado, 27 de maio de 2023

DESCOBRINDO O ANTÍDOTO PARA O ERRO

 


Quando você pensa em Deus, qual imagem vem a sua mente? O que fazer para agradá-lo e o que não fazer para despertar sua ira? Por mais que nos aprofundemos nos estudos teológicos, certamente chegaremos à conclusão de que um ser infinito jamais se deixará revelar em sua essência por meros mortais. Entretanto, um simples pastor de ovelhas, chamado Davi, chegou em um nível de relacionamento com o Eterno que pouquíssimos conseguiram alcançar. De que forma ele pôde ir tão longe?

Davi não era uma pessoa perfeita, muito pelo contrário, cometeu inúmeros erros no decorrer de sua vida, alguns, na ótica humana, gravíssimos, no entanto, foi considerado “um homem segundo o coração de Deus”. No livro de I Crônicas é possível obtermos informações mais perscrutadas acerca do reinado desse notável líder israelita. No capítulo 21 podemos ver como o Diabo lhe dá uma rasteira ao investir em um de seus pontos fracos, a vaidade, e, porque não dizer, de todos nós? Davi chamou Joabe, chefe de seu Exército, e mandou que fizesse um recenseamento o qual abrangesse todo o seu reino. O Senhor sendo conhecedor das intenções obscuras do seu coração, o repreende e lhe oferece três opções como punição pelo seu ato. A resposta de Davi foi surpreendente! Ele afirma categoricamente que preferia cair nas mãos do Todo-Poderoso a padecer nas mãos dos homens. Então, o Senhor enviou a peste sobre Israel e setenta mil homens morreram de uma só vez. Quando o rei vê como as consequências do seu erro estava atingindo pessoas inocentes, implora por misericórdia, pedindo que somente Ele fosse punido. Só havia uma maneira daquela peste ser interrompida e Deus manda um mensageiro falar com Davi para construir um altar numa localidade específica. Ele vai até Ornã, o dono daquela terra, e lhe faz uma proposta de compra após expor o motivo. Ornã oferece gratuitamente não somente a terra, mas também os animais para o sacrifício. Davi rejeita a oferta e diz o seguinte: “Não; antes, pelo seu inteiro valor a quero comprar; porque não tomarei o que é teu para o Senhor, nem oferecerei holocausto que não me custe nada. (I Cr 21.24)”. Davi comprou o terreno, construiu o altar, ofereceu os sacrifícios e invocou o nome do Senhor. Deus respondeu com fogo do céu e fez cessar a peste.

Isto posto, todos nós também somos passíveis de cometer erros constantemente, no entanto, podemos seguir o exemplo de Davi. Ele não tenta se justificar ou pôr a culpa em terceiros; chega diante do Senhor com um coração contrito e arrependido; se dispõe a obedecer a sua Palavra sem questionar e lhe oferece o seu melhor. Da sua linhagem nasceu o Messias prometido. Aquele que, ao ser pendurado no madeiro, levou sobre si toda a condenação provocada pelos nossos pecados (Rm 6.23). Agora temos um advogado fiel e justo diante do Pai, Jesus Cristo de Nazaré. O seu sangue vertido na cruz do calvário se tornou o verdadeiro antídoto para nos purificar de todo o erro cometido (I João 1.9).

Juvenal Netto

quarta-feira, 3 de maio de 2023

A DESIGNAÇÃO SÓ TERÁ RELEVÂNCIA SE ACOMPANHADA DE EXECUÇÃO

 


Mesmo que a maioria das pessoas não perceba, ignore ou até mesmo rejeite, todas elas chegam a este planeta com atribuições específicas preestabelecidas pelo Criador, as quais devem ser executadas ao longo de suas vidas. Com raras exceções, essas deliberações, apesar de serem intransferíveis, elas não são impostas, no entanto, cada um terá que prestar contas após a sua partida. Mas, existe um longo caminho a ser percorrido entre o recebimento da tarefa até a sua execução. Você já identificou quais são as suas? Está disposto a se empenhar para cumpri-las com excelência? Está consciente das consequências, caso se recuse sem motivos plausíveis?

Existem inúmeros relatos bíblicos que podem ser utilizados para credibilizar a afirmativa utilizada como tema para esta pequena reflexão, não obstante, será utilizado apenas o 1º Livro de Samuel. Um dos ícones do Antigo Testamento, Samuel, o último dos Juízes de Israel e que ainda exercera as funções de Sacerdote e Profeta, no fim de seu ministério recebeu a grande missão de ungir o homem escolhido por Deus para reinar sobre sua nação. Cabe salientar aqui o fato de os israelitas nunca terem, até o momento, experimentado um regime monárquico, apesar dele ser predominante entre os outros povos da época. Havia um entendimento de que o próprio Deus exercia a função de “Rei” sobre Israel, ou seja, eles viviam num regime Teocrático, mas, o povo insistiu em possuir um rei terreno e o Senhor os atendeu.  

Samuel convocou todo o povo para uma grande solenidade e lhes apresentou o escolhido do Senhor, designado para assumir o primeiro reinado daquela nação. Logo em seguida, ungiu a Saul diante da multidão (I Samuel 10). Mesmo em meio a uma liderança tão expressiva como foi a exercida por Samuel, não houve unanimidade na aceitação dessa escolha. Os filhos de Belial desprezaram a escolha feita por Deus. Fazendo um parêntese aqui, “eles” sempre estarão por perto.  O que poderia se esperar após uma grande cerimônia como essa, senão que o ungido partisse direto para o palácio real, não é mesmo? Mas, Saul volta para a fazenda de seu pai e continua a cuidar de bois como se nada tivesse acontecido (I Samuel 11.5). O que estaria faltando?

Por aqueles dias Israel foi confrontado contundentemente pelos Amonitas e alguns entraram em pânico (I Samuel 11).  O povo precisava urgentemente de uma liderança eficaz. Era preciso mais que um homem designado e ungido. A notícia chegou rápido à fazenda onde estava Saul e ele não titubeou. Deixou a manada nas mãos de outras pessoas e partiu com coragem e audácia para liderar o seu povo contra aquela ameaça. Saul retornou vitorioso; passou no seu primeiro teste e conquistou a confiança de todos. Ele agiu como um verdadeiro líder, um Rei, agora, de fato. Transformou designação em execução, tomando posse do que Deus havia reservado para sua vida.

Isso posto, que à semelhança de Saul, nós também venhamos “executar” tudo aquilo que o Senhor tem “designado” para cada um de nós. Que encaremos cada desígnio recebido como uma preciosa semente, a qual redundará em muitos frutos se não desfalecermos durante a sua semeadura (Gálatas 6.7-10).

Juvenal Netto