segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XII

 


O gênio da física, Albert Einstein, chegou a seguinte conclusão em relação à criação do mundo: “Todo aquele que se dedica ao estudo da ciência chega a convencer-se de que nas leis do universo se manifesta um Espírito sumamente superior ao do homem, e perante o qual nós, com os nossos poderes limitados, devemos humilhar-nos.” — Não precisamos ter um “QI” elevado, como o desse alemão, para acreditarmos que existe um ser supremo, o qual rege todas as galáxias, mas, a grande questão a se pensar seria o quanto estamos próximos ou distantes dEle. Ressaltando, que compete ao homem tomar a iniciativa para estabelecer esse contato, até porque o Eterno é onipresente e autossuficiente. Será mencionado nesse episódio a história de uma pessoa que decidiu encurtar esse distanciamento e alcançou a graça divina causando perplexidade até mesmo nos religiosos da época (Lc 7.3 (Lc 7.36-50).

No relacionamento com Deus, existem aqueles que parecem estar perto, mantendo distância, enquanto há outros muito distantes, os quais se tornaram muito mais próximos. É exatamente essa realidade que o doutor Lucas descreve quando certa feita Jesus aceitou um convite de um fariseu (membro de uma ramificação religiosa do judaísmo) para jantar em sua casa. No momento em que Ele se assenta a mesa, chega uma prostituta e se humilha diante dEle. Suas lágrimas lhe banham os pés e ela os enxuga com os seus cabelos, ao mesmo tempo em que derrama sobre ele um vidro de perfume. O fariseu fica incomodado com a conduta daquela mulher, e pensa: se este homem fosse realmente quem diz ser, não permitiria tal atrevimento por parte de uma pessoa tão pecadora. O seu raciocínio não estava totalmente errado, afinal de contas, tais práticas, como, por exemplo, a prostituição, adotadas por essa mulher, são abomináveis aos olhos de Deus. Jesus, conhecendo os seus pensamentos, decidiu fazer uma ilustração de modo a poder lhe explicar o que estaria acontecendo. Para isso, conta uma história sobre certo credor, o qual perdoou a dívida de dois devedores, sendo que um devia dez vezes mais do que o outro. Ele pergunta para o fariseu qual dos dois amava mais aquele credor, ao que lhe respondeu, imediatamente, suponho que ao que mais lhe perdoou. Baseado na própria conclusão do fariseu, o Mestre se volta para a mulher e ressalta todo o seu proceder para com ele em contraponto com a do anfitrião. Um contraste enorme das atitudes daquela “pecadora” com a indiferença e frieza do “religioso”.

Jesus não estava sendo conivente com os pecados cometidos por ela. Entretanto, como Deus, conseguiu penetrar nas entranhas da sua alma e percebeu um verdadeiro arrependimento que se exteriorizou em gestos de humilhação, súplica e, acima de tudo, adoração, os quais atraíram, sobremaneira, sua atenção. Já o fariseu que se achava tão merecedor, digno, santo, não foi capaz de perceber que estava diante do “Rei dos reis e Senhor dos senhores” e, consequentemente, não lhe concedeu a honra devida (Ap 19.16).

Em vista disso, chegamos à conclusão de que Deus não está muito interessado com o nosso passado, com o tamanho do pecado que já cometemos e sim com o presente, através de um arrependimento genuíno e constante, bem como do nosso futuro, por intermédio de uma decisão sincera de lhe servirmos incondicionalmente. Outro aprendizado durante esse encontro é para aqueles que se consideram muito justos e numa posição superior à dos demais pecadores; se sentem merecedores das bênçãos divinas e menosprezam a graça e a misericórdia do Pai. A Bíblia afirma que não há um justo sequer sobre a terra, ou seja, todos carecem da ação reconciliadora de Cristo (Rm 3.10, 23). Suas palavras finais foram: mulher, os seus pecados são perdoados; a tua fé te salvou; vai-te em paz.  Que encontro inimaginário! Ele pode indicar também que teremos muitas surpresas ao chegarmos no céu.

 Juvenal Netto

sábado, 14 de novembro de 2020

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XI

 



Chega a ser assustador o número de pessoas no mundo inteiro aprisionadas por alguma compulsão ou circunstâncias específicas, normalmente, atraídas por uma falsa sensação de prazer e felicidade momentâneos. Elas acabam se transformando em potenciais atores, tipo aqueles em séries e filmes de zumbis, com a única diferença de fazerem parte do mundo real. Algumas estão presas a substâncias lícitas e ilícitas, outras, as jogatinas de todas as espécies que transcende ao puro desejo de enriquecer, e, ainda, há aquelas escravizadas por outros vícios e até mesmo relacionamentos desajustados. Uma realidade que leva sutilmente essas pessoas ao precipício sem que se apercebam e quando a ficha cai, o retrocesso tornou-se ainda mais desafiador. Muitas delas acabam adentrando num processo de colisão cujo fim, lamentavelmente, é a morte. Quanto mais se afundam nessas situações, mais necessitam de um poder sobrenatural para libertá-las. Um longo processo pelo qual envolve fé, determinação, arrependimento e, algumas vezes, a ajuda terapêutica. Não temos dúvidas de que existe um ser por trás de tudo isso cujo papel é destruir o maior número de humanos e ele se chama Satanás. No passado, ele costumava se apresentar com uma aparência assustadora, usando uma tonalidade de voz de arrepiar os cabelos como aquelas dos filmes de terror, mas, nesses dias, mudou a sua estratégia. Vem se mostrando como se fosse um bom amigo; com uma boa imagem; inofensivo, cujo objetivo dissimulado seria apenas o de tornar a vida das pessoas mais prazerosas. Aqui nós mencionaremos o encontro de Jesus com um homem que havia perdido sua identidade, cuja vida era dominada por espíritos malignos. Um indivíduo sem qualquer esperança, sentenciado a terminar os seus dias miseravelmente (Mt 8.28-33; Mc 5.1-14 e Lc 8.26-34).

A Bíblia não informa o seu nome. Somente relata que ele era duma cidade chamada Gadara. Vivia nos sepulcros, gritando dia e noite e arrancando suas roupas. Foram várias as tentativas de prendê-lo, talvez, por medo de que acabasse ferindo outros moradores na cidade, entretanto, nenhuma corda ou corrente era capaz de detê-lo. Aos olhos de uma pessoa desprovida de discernimento, seria apenas o caso de mais um esquizofrênico que precisaria da aplicação de um “sossega leão” e ser internado num hospício mais próximo. Todavia, esse não era o seu dilema e sim a possessão por uma legião de demônios que resolveu assumir o controle de sua vida.

Jesus entra na cidade e o endemoniado vem de imediato ao seu encontro. Aqueles seis mil demônios não ousaram sequer esboçar qualquer reação diante daquele que detém todo o poder no universo, o qual lhes determinou que saíssem, imediatamente, do corpo daquele pobre homem.

A Bíblia diz que Satanás se rebelou contra Deus nos céus e arrastou a terça parte dos anjos, sendo lançados na terra (Ap 12.4). Esses seres são os responsáveis por grande parte dos males que assolam a humanidade, por isso, as Escrituras afirmam que eles vieram para matar, roubar e destruir (Jo 10.10). No entanto, a boa notícia é que nenhum deles é páreo para o nosso Jesus. Ele os venceu de uma vez por todas na cruz do calvário, sentenciando-os a condenação eterna a qual se consumará depois que todos forem julgados por ocasião do juízo final.

Isto posto, se você conhece alguém com uma história de vida semelhante a desse senhor, a incentive ir também ao encontro de Cristo (Mt 11.28-30). A sua autoridade continua inabalável diante de quaisquer circunstâncias que possam oprimir a menina dos seus olhos, isto é, toda a criação (Mt 28.18; Jo 8.36; 1Jo 3.8b). Ele veio para libertar os cativos!

 Juvenal Netto


sábado, 7 de novembro de 2020

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE X

 


Não é habitual nos seres humanos se sentirem confortáveis em depender da ajuda do outro, muito pelo contrário, o que não falta é lamento quando eles se veem nesta condição, em especial, aqueles mais altivos. Aqui nós descreveremos como a ajuda de alguns amigos foi substancial para o restabelecimento da saúde de um homem cuja enfermidade era incurável (Mt 9.1-8; Mc 2.1-12; Lc 5.17-26).

Os evangelhos sinóticos citam um fato ocorrido no momento em que Jesus pregava em casa, na cidade de Cafarnaum. Um grupo expressivo de pessoas ficou sabendo acerca da sua estadia ali e partiu para o local. A casa ficou tão cheia que não restava mais espaço para a entrada de mais ninguém, pois, até junto as portas de entrada estava ocupado. Nesse exato momento chegaram quatro homens conduzindo um paralítico numa cama. Eles acreditavam que se conseguissem chegar até Jesus, o seu amigo seria curado. Como não havia mais espaço em volta da casa, subiram no telhado e desceram a cama através de um buraco. Jesus fica admirado com tamanha demonstração de fé daqueles homens e disse: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2.5).

Nesse episódio, Jesus deixa muito claro sobre qual seria a sua missão na terra. Salvar os perdidos, pois, a única coisa que pode nos separar de Deus são os nossos pecados (Is 59.2). Para alguém que tem plenos poderes, qual seria a ação imediata diante de um homem que não conseguia sequer ficar de pé? Seria, provavelmente, essa: — Filho, levante-se, a sua fé te curou. Para Jesus, a cura da sua alma era muito mais importante do que a cura física, por mais grave e dolorosa que pudesse ser, pois, aquela lhe concederia a oportunidade de vencer a morte.  Alguns escribas ali presentes o censuraram, apenas no pensamento, pois, não criam que Ele era Deus. Para aqueles que duvidaram e ainda duvidam até hoje sobre a divindade de Jesus, ao identificar os seus pensamentos, deu provas da sua onisciência, um dos atributos incomunicáveis de Deus. Para que saibam que o Filho do Homem tem autoridade (gr - exousia) não apenas para perdoar pecados, mas, para curar, disse ao paralítico: “Levanta-te, toma o teu leito e vai para a sua casa” (Mc 2.11). Ele se levantou imediatamente e todos ficaram estupefatos.

Que experiência vivenciaram aqueles cinco homens! Os quatro amigos foram tremendamente abençoados, pois, tiveram o grande privilégio de serem instrumentos nas mãos do Eterno para transformação de uma vida. Ao mesmo tempo, em que testificaram sobre a autoridade de Jesus e sua divindade. O texto não fala sobre o que teria acontecido com eles depois dessa experiência tão marcante, mas, pode-se afirmar que tiveram ao seu alcance o mesmo benefício quanto a possibilidade de salvação individual. Já o paralítico anônimo, foi triplamente abençoado. O seu problema, que, a princípio, só serviria para trazer incômodo aos outros, se tornou um canal para que quatro homens experimentassem a graça divina. Só Deus faz essas coisas, transforma o caos em um oásis. Segundo, teve a sua vida na terra restaurada e pode usufruir de tudo aquilo que a sua enfermidade, até então, lhe furtava. Enfim, em terceiro lugar, recebeu no pacote, a maior de todas as bênçãos, a cura de sua alma. Os seus pecados estão perdoados, garantiu-lhe Jesus. Sendo assim, o seu nome naquele momento foi escrito no Livro da Vida (At 3.19; Ap 3.5). O seu passaporte para o céu acabara de ser carimbado. Glória a Deus!

Juvenal Netto