sábado, 31 de dezembro de 2022

MENSAGEM DE FIM DE ANO 2022-23

 


Quem sabe você não seja uma daquelas pessoas marcadas por dores, sofrimentos e perdas durante o ano que ora se encerra e esteja triste, transformando a grande virada num momento de lamúrias, frustrações e desesperança?

Não quero, em hipótese alguma, menosprezar a dor que porventura tenha lhe solapado, mas, encorajá-lo a superar tudo isto, a começar por doutrinar sua mente a enxergar a realidade por um ângulo diferente. Possuímos uma inclinação fenomenal para enfatizar as circunstâncias negativas em detrimento das agradáveis e edificantes. O grande desafio de muitos é conseguir retirar sua mente desse labirinto do medo, do pânico e de um certo tipo de premonição, os quais teimam em ocupar a maioria do seu tempo.

Para começar bem, a primeira coisa a ser feita é focar nas vitórias que obteve; fixar seus pensamentos naquilo que construiu; reconhecer que o sofrimento, antes desagradável, lhe proporcionou algum aprendizado e te deixou mais forte. Por pior que tenha sido o ano de 2022 para cada um de nós, sempre haverá motivos para agradecermos. O simples fato de você estar lendo este texto, neste exato momento, comprova esta afirmativa. Ainda que tenha sido difícil e você pode, inclusive, argumentar que ninguém conseguiria mensurar o grau de sofrimento a que foi submetido. É verdade, entretanto, conseguiu chegar até aqui e vai concluir sua missão, pelos olhos da fé. A gratidão é a morfina da alma, com poder para aliviar a nossa dor. Ao invés de murmurar e ficar preso aos porquês, você deve procurar motivos para expressar sua gratidão a Deus. Experimente fazer isso e verás que terapia imensurável!

Aliada a gratidão deve estar a esperança. O profeta Jeremias fala para sua própria alma trazer a memória tudo aquilo que lhe pudesse dar esperança. Essa frase curta revela muitas coisas e uma delas é o momento crítico pelo qual aquele homem deveria estar passando. O significado desse sentimento deve ir muito além do que simplesmente esperar coisas boas acontecerem do nada ou pensar positivo. Muitos já fracassaram ao definir esse sentimento de maneira tão fútil. Jeremias está se referindo a uma confiança inabalável no caráter de Deus. Um Deus fiel que cumpre todas as suas promessas (Js 21.45). Com poder para fazer tudo aquilo que se torna inalcançável aos homens (Lc 1.37). Um ser que jamais perderá o controle de tudo o que acontece no mundo (Sl 24.1; Mt 28.18). Ainda que suas perspectivas para o ano vindouro não sejam tão promissoras pela ótica humana e até mesmo realista diante dos últimos acontecimentos, devemos imitar a atitude do profeta. Algumas vezes será preciso executar uma voz de comando firme a nossa mente para buscar todas as informações concernentes a tudo o que Deus já fez no passado e que pode fazer a qualquer momento, transformando deserto em oásis; derrota em vitória; tempestade em calmaria; fracasso em sucesso; morte em vida.

O último ingrediente a ser acrescentado a essa fórmula chamada “Feliz 2023” é o amor. Um sentimento indescritível que dá cores a um mundo cinzento, contaminado por sentimentos e emoções tóxicas. O amor jamais acaba. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (ICo 13). Ele é um bálsamo para curar nossas feridas. Deve ser cultivado tanto na horizontal, entre os seres humanos, como na vertical, entre Deus e os homens. Não há dúvida alguma de que Deus não faz acepção de pessoas e que nos ama profundamente, provando esse amor ao oferecer seu único Filho para morrer por nós na cruz (Rm 5.8). E nós, será que o amamos? Se você não desenvolve ainda um relacionamento com ele, que tal começar agora em 2023. Se você já experimentou essa comunhão e o ama, lembre-se do que a Bíblia diz sobre todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que o amam (Rm 5.28).

Assim sendo, esperemos o novo ano com corações gratos, certos de que Deus estará no controle de todas as coisas, inclusive das nossas vidas e o que acontecer, ainda que aos nossos olhos pareçam ruins, contribuirão, de algum modo, para o nosso bem futuro. Para tanto, não abramos mão de andar em sua presença e de lhe obedecermos sempre.

 

Um Feliz e próspero 2023 para todos os nossos amigos.

Juvenal Netto e família

sábado, 24 de dezembro de 2022

NATAL: UM DEUS MENINO OU UM MENINO DEUS

 


Para os cristãos, todos os dias é Natal, tendo em vista que eles costumam desenvolver um relacionamento diário com Jesus, conscientes de que devem adorá-lo em todo o tempo e não apenas num dia específico do ano. No entanto, tal argumentação não invalida e nem banaliza as comemorações realizadas todos os anos no dia 25 de dezembro, desde que o façam pelas motivações corretas.

Celebrar o Natal é uma oportunidade ímpar para alertarmos as pessoas quanto ao perigo de uma vida sem Deus. Tirá-lo de nossos planos é a certeza de um fracasso eminente, principalmente no que tange a eternidade. O mundo está em trevas desde a entrada do pecado por Adão e Eva e é transmitido obrigatoriamente a todos os viventes ainda no ventre de suas genitoras (1Jo 5.19; Sl 51.5). O Senhor prometeu que resolveria esse problema e que possibilitaria a reaproximação dos homens até ele (Is 9.6). O que torna a mensagem do Natal ainda mais notável é o fato de haver apenas um modo dessa promessa se cumprir. Deus não criou atalhos, como afirmam muitos ao proferirem a frase de que todos os caminhos levam a Deus (Jo 14.6). Ele usou vários profetas com uma única mensagem: Eu enviarei um Salvador, único apto a receber sobre si todos os pecados cometidos pela humanidade.

Ao celebrarmos o Natal, somos levados a identificar alguns aspectos da natureza divina, cruciais para dar sentido a nossa existência. Deus, diferente dos homens, cumpre fielmente todas as suas promessas, ainda que a consideremos tardia. A nação de Israel já se encontrava com os ânimos desfalecidos, afinal de contas, setecentos anos já haviam se passado desde as profecias do respeitável Isaías sobre a vinda do messias. O nascimento de Jesus é a certeza de que Deus não havia se esquecido de nós. Muito mais ainda, sua ressurreição é a garantia de que é possível vencermos a morte, assim como ele.

Por fim, não podemos cometer o equívoco de focar a sua existência apenas no seu nascimento. É muito ilustrativo e comovente vermos a cena de pais humildes em volta de um “aparente” bebê indefeso num estábulo dentro de uma manjedoura, um Deus Menino. Entretanto, essa não é a sua mensagem principal, afinal de contas, o que adiantaria ele ter nascido se não conseguisse completar sua missão. Ele viveu como humano, sentindo dores e sendo provado em suas emoções e sentidos, mas, ao mesmo tempo, deu provas contundentes de que era Deus, perdoando pecados, fazendo sinais e maravilhas e se entregando voluntariamente para ser sacrificado como o Cordeiro perfeito que tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29). O apóstolo João, ainda que tivesse a oportunidade de voltar no tempo e vê-lo ainda criança, continuaria a enxergá-lo como “Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19.16). Ele não era qualquer menino. Era um Menino Deus e como tal, com poder para salvar, curar e libertar. Como aniversariante do dia, o único presente que almeja receber é nossa adoração em espírito e em verdade.

Um Feliz Natal para todos os meus amigos!

Juvenal e família