segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

MENSAGEM DE FIM DE ANO (2020-2021)

 


O simples fato de estar tendo o ensejo de ler essa mensagem é motivo suficiente para conseguir enxergar algo positivo em meio a um ano inusitado, dominado por noticiários ruins e previsões apocalípticas. Muitas pessoas já no início do segundo semestre, afirmavam, contundentemente, que ao chegarem no final dele, não haveria nenhuma razão para celebrações. Será que elas acertaram em seus diagnósticos tão precoces?

Muitas famílias sofreram a perda de um integrante e isso realmente é algo muito triste e lamentável. Os humanos não estão e nunca estarão preparados para encarar a realidade nua e crua da morte, entretanto, houve uma grande manipulação quanto a informação por parte da grande mídia em relação às vítimas com a finalidade de causar pânico na população e aumentar a sua audiência. Tudo isso com o apoio ditatorial do Supremo Tribunal Federal (STF) e alguns políticos inescrupulosos que viram no momento a grande oportunidade para usurpar ainda mais. Imaginem, todas as compras sendo realizadas sem licitação, ou seja, uma verdadeira farra com o nosso dinheiro suado. Muitos hospitais de Campanha foram montados e desmontados com o número ínfimo de pacientes, enquanto o, então, Ministro da Saúde, Dr. Mandetta, dizia para a população ficar em casa e só procurar atendimento médico quando sentisse falta de ar.  De acordo com dados obtidos no site “https://transparencia.registrocivil.org.br/registros”, o número de óbitos no país vem aumentando gradativamente nos últimos anos. Acreditamos que seja em virtude do aumento da população. O que nos chama a atenção é que no ano de 2016 tivemos um aumento de 12,4% e em 2018 de 11,8%, enquanto em 2020 de apenas 10,6%.  Esses dados provam que o percentual do número de mortos se comparados com o ano anterior, referentes aos anos de 2016 e 2018 foram maiores que os do ano atual. Reforçando a ideia de que a intenção aqui não é menosprezar a gravidade do problema, muito menos desdenhar do sofrimento alheio, mas, comprovar através de dados oficiais que estão tentando nos manipular, nos amedrontar para, então, nos dominar.  Nossa liberdade vem sendo colocada a prova todos os dias e há quem diga que tudo isso faz parte de um grande plano arquitetado meticulosamente por globalistas, intitulado de “a nova ordem mundial”, enquanto, outros julgam que tudo não passa de mais uma “teoria da conspiração”. Fato é que muitas coisas estranhas vêm acontecendo no decorrer desse ano, e, mais do que nunca, precisamos estar atentos. Um excelente momento para relembrar a eminente frase do irlandês John Philpot Curran (1750—1817): “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.

O grande desafio é manter um olhar otimista mesmo quando todos os poderes parecem conspirar contrariamente. Precisa-se enfatizar que o número de curados foi incomparavelmente maior ao daqueles que sucumbiram, principalmente, pelo fato que muitos morreram com e não pelo COVID-19; sem contar aqueles que morreram por outras causas e foram diagnosticados fraudulentamente por esse mesmo motivo. Mesmo aumentando a dívida que poderá acarretar sacrifícios futuros para todos os cidadãos brasileiros, o auxílio emergencial pode suprir as necessidades básicas de milhares de pessoas. Todos os países tiveram que lidar com o problema, mas, graças a Deus, o Brasil tem se saído muito bem, se o compararmos com as maiores economias do mundo. Alguns itens da cesta básica aumentaram consideravelmente de preço, é verdade, no entanto, não houve desabastecimento, algo que era temido por todos, logo no início da crise.

Muitos templos tiveram que fechar as suas portas ou restringir pela metade o acesso de seus fiéis, entretanto, nunca se propagou tanto o evangelho como nesses dias, através das redes sociais e transmissões dos cultos ao vivo, ou seja, a igreja continuou pregando fervorosamente as boas novas e teve muita gente sendo alcançada pela graça de Deus em sua própria residência.

Se a quarentena imposta gerou ansiedade e depressão em alguns, por outro lado, possibilitou a muitas famílias permanecerem reunidas por longos períodos, algo que já não era mais possível pela correria do mundo pós-moderno. Outro fator positivo no seio familiar foi a necessidade de superproteger os mais idosos, uma oportunidade ímpar de corrigir erros do passado e reacender a chama do amor que vem sendo apagada gradativamente no âmbito familiar. Os pais tiveram a oportunidade de reassumir a responsabilidade quanto a educação de seus filhos, ao invés de transferi-la para os professores. Quem sabe não revejam seus conceitos para o futuro quanto a esse aspecto?

A instabilidade fez estremecer as colunas que sustentam as nossas vidas. Um momento muito propício para reavaliarmos nossos conceitos. Muitos ricos sofreram igualmente aos pobres e nem mesmo com toda a sua fortuna e os melhores planos de saúde, ainda assim, nada disso foi capaz de poupar-lhes a angústia, nivelando a todos, indistintamente.

Quando debruçamos nos livros para estudar a história das civilizações, nos deparamos com superações fantásticas. Comunidades que experimentaram o caos e que, ao invés de se curvarem diante dele, o utilizaram como estimulante para se reerguerem e saírem ainda mais fortes. Um exemplo clássico desse fato foi o que aconteceu com o Japão após ter sido atingido por duas bombas atômicas e hoje ocupa o terceiro lugar na economia mundial. Diante de tudo que passamos neste ano temos uma escolha a fazer: ficarmos olhando para o passado, nos lamentando como um cão que lambe as suas feridas ou seguirmos adiante dispostos a recuperar tudo aquilo que porventura tenhamos perdido. O mundo será outro pós-2020, independentemente, se o que aconteceu foi planejado ou não.

Desse modo, chegamos à conclusão de que apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas, saímos vitoriosos mais uma vez. Convido vocês neste período apropriado a olharem para 2021 como alguém que tem na mesa muitas folhas de papel em branco, um lápis e uma borracha. Essas folhas em branco simbolizam a minha e a sua vida. O primeiro passo é não esquecermos de quem nos proporcionou os meios e tornou tudo isso possível ao manter o nosso fôlego de vida até aqui; aquele que é poderoso para nos conduzir em triunfo e possui os melhores planos e soluções, desde que estejamos dispostos a lhe ouvir e obedecer. Outro ponto a ser observado é compreender que o lápis estará em nossas mãos, ou seja, não devemos criar expectativas nos outros, pois, somos os verdadeiros autores dessas narrativas. Por último, não devemos esquecer que teremos sempre uma borracha a nossa disposição; uma ferramenta valiosíssima a qual servirá para apagar os nossos erros, desde que haja arrependimento, e, nos possibilitará a hipótese de reescrever a nossa trajetória.

 

Que Deus lhe abençoe tremendamente neste ano de 2021!

São os sinceros votos de Juvenal Netto e família.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

NATAL: TRAZENDO A MEMÓRIA O QUE PODE NOS TRAZER ESPERANÇA

 


As circunstâncias mais difíceis da vida minam a esperança, roubam a alegria e faz muita gente desistir de seus sonhos. Como manter o otimismo e a perseverança em meio a tantas notícias ruins e perspectivas ainda piores para o futuro? Convido a todos vocês voltarem os olhos para Israel, considerada a nação escolhida por Deus e de onde surgiu aquele que mudaria para sempre a história da humanidade (2Cr 6.6).

O que mantinha a chama da esperança viva no coração dessa gente tão sofrida, era a promessa do próprio Deus de enviar um libertador (Mq 5.2). Alguém ainda mais poderoso do que o grande rei Davi. Um líder capaz de trazer a paz definitiva e conduzir a nação rumo a prosperidade e manter o domínio supremo sobre todos os seus algozes. Para tanto, o Senhor dos Exércitos, o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, lançava mão dos seus profetas para se comunicar com o povo e reafirmar os seus propósitos. Uma forma de mostrar-lhes que tudo estava sobre o seu domínio e que na hora certa, ele interviria favoravelmente. Esse diálogo constante do Eterno para com Israel funcionava como uma espécie de combustível, capaz de faze-los suportar as piores crises e não desistirem nunca.  Entretanto, chega o momento em que Deus simplesmente se cala. São quatrocentos anos de silêncio! Quanta dúvida deve ter pairado sobre eles? Será que Deus se esqueceu de nós? Porventura, seria tudo fruto de nossa imaginação e que, na verdade, ele nunca existiu? Eles tiveram motivos suficientes para hesitar, mas, o Senhor dissipa, de uma vez por todas, a insegurança ao comissionar o anjo Gabriel de modo a informar Maria quanto a sua decisão em escolhê-la como seu instrumento para dar à luz ao Salvador (Lc 1.30-33).

O nascimento de Jesus não é simplesmente o cumprimento de uma profecia voltada exclusivamente para o povo judeu, muito menos a chegada de mais um profeta ou alguém com poderes sobrenaturais que arrastaria multidões. É a manifestação do maior ato de amor que o gênero humano já experimentou. A ação de um Deus determinado em resgatar a todos, indistintamente, chegando ao ponto de abrir mão, ainda que de forma temporária, de seu trono de glória para se vestir de homem, como nós, sujeito aos mesmos sentimentos, dores e tentações e estabelecer uma nova e eterna aliança. 

Portanto, quando olharmos para a manjedoura devemos condicionar nossa mente a compreender o seu sublime significado. Deus está no controle de todas as coisas e cumpre as suas promessas (1Jo 2.25). Ele deu provas de seu magnânimo amor pelas pessoas enviando o seu unigênito para morrer em nosso lugar e ainda nos presenteou com o seu Espírito, chamado “o Consolador”, para habitar em nós e nos ajudar a vencer (Rm 5.8; Jo 14.16). Quitou nossa dívida e tornou possível o sonho de estarmos com ele um dia no paraíso (Hb 7.26-28).  Quando entendemos essas verdades, nada e ninguém conseguirá arrancar essa confiança inabalável que possuímos em Cristo. Isto é NATAL!

Que Deus esteja abençoando toda a sua casa neste Natal. Boas festas!!

Juvenal Netto e família

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XIV

 


O ano de 2020 ficará marcado na história pelo surgimento de uma pandemia que abalou as estruturas de todos os habitantes deste planeta. O que parecia exclusividade de cenas de filmes de terror, se tornou realidade diante da perplexidade, medo e incertezas, vividos pelas grandes massas. Quanta gente não foi atingida ao ponto de entrar em desespero! Nessas horas, a tendência natural do ser humano é buscar socorro em algum lugar ou pessoa, mas, nem sempre ele conseguirá uma resposta profícua como foi o caso de um homem que estava com o seu filho muito doente (Mc 9.14-29).

Marcos descreve o dilema vivido por um pai cujo filho, único, era constantemente assolado por um espírito maligno o qual o lançava no chão, fazendo-o espumar e ranger os dentes. De acordo com o relato do próprio pai, ele chegava a se lançar no fogo e na água, ou seja, sua vida era colocada em risco usualmente. Um problema crônico que trazia dor e sofrimento tanto para o garoto, como também para toda a família, ao vê-lo daquela forma. Acredita-se que pela frequência desses ataques e pelo tempo convivendo com esses inconvenientes, pois a origem se deu ainda na sua infância, os seus pais já deviam ter batido em muitas portas à procura de ajuda. Dessa vez esse homem resolveu procurar os discípulos de Jesus na esperança de que pudessem curá-lo, afinal de contas a fama de milagres operados pelo seu Mestre se propagavam por toda aquela região. O resultado foi decepcionante tendo em vista que apesar de todo o aprendizado e a experiência adquirida não foi suficiente para expulsarem o espírito que oprimia mais uma vez o menino. Jesus chega no local e se depara com um tremendo alvoroço causado principalmente pelo fracasso dos seus discípulos em meio a questionamentos por parte dos escribas. O pai do menino se aproxima de Jesus e conta de forma detalhada o que se passava com o seu filho e como tentara mais uma vez libertá-lo, procurando os seus discípulos. Ele foi muito franco ao dizer que depois de inúmeras tentativas fracassadas, sua fé havia se esvaído e chega a usar um termo que incomodou sobremaneira o Mestre: “—... se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos (Mc 9.22b).” Jesus lhes disse: “Se podes! Tudo é possível ao que crê (Mc 9.23).” Repreendeu aquele espírito surdo-mudo e libertou o menino para sempre.

Muitas pessoas fracassam quando buscam a solução para o seu transtorno na pessoa errada. Outros até sabem onde buscar, mas, se sentem indignas e optam por um possível intermediário, utilizando um atalho assim como fez aquele pai. Deus abomina o pecado, não obstante, o seu amor pelo pecador é incondicional e ele estará sempre com os seus ouvidos atentos ao seu clamor (Is 1.18, 59.1). Na carta aos Hebreus, o autor afirma que todo aquele que se aproxima do Senhor deve crer que ele existe e não apenas isso, mas, que se torna premiador daqueles que o buscam (Hb 11.6). A outra lição que aprendemos com esse encontro é que devemos ser sempre sinceros. Ele confessou sua incredulidade. É como se quisesse dizer para Jesus que se dependesse do tamanho de sua fé, exclusivamente, retornaria para casa com o seu filho enfermo e apela para a sua misericórdia. Ele conseguiu tocar o coração do Mestre e foi vitorioso! Quem sabe não experimentemos também um milagre como esse?

Juvenal Netto

domingo, 6 de dezembro de 2020

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XIII

 


Há uma frase de um pensador chamado Gilmar de Freitas Vasconcelos a qual nos chama muito a atenção e ela diz o seguinte: “Nada é tão bom que não possa ser melhorado, qualquer um de nós está sempre em aprendizado. Quando achamos que já sabemos tudo é o sinal que nem começamos a aprender o básico, HUMILDADE”. Não conheço o autor, mas, essa frase se encaixa perfeitamente com o perfil de um personagem descrito por Lucas quando decidiu buscar a ajuda de Jesus pela situação crítica de saúde em que se encontrava sua filha de doze anos (Lc 8. 40-56). 

Jairo exercia a função de chefe de uma sinagoga, um lugar reservado pelos judeus para se reunirem com a finalidade de estudar a Torá e prestar culto a Deus. Por certo, conhecia muito bem as Escrituras e seguia rigorosamente os preceitos da lei mosaica. Para chegar à posição de líder, devia dar um bom testemunho de fé diante da comunidade de judaizantes. Tendo em vista que a maioria dos fariseus considerava Jesus um impostor, para ele, como um de seus líderes, tomar a iniciativa de procura-lo publicamente, seria, no mínimo, colocar em xeque toda a sua devoção, liderança e imagem. Jairo estava diante de um grande dilema: correr esse risco e tentar salvar a vida de sua filha ou permanecer com o seu ‘status’ de líder religioso exemplar e perde-la para sempre. Ele decide ir ao encontro de Jesus, deixando sua filha em casa num estado gravíssimo. Havia uma grande multidão em volta do Mestre a qual impedia a sua aproximação. Nesse intervalo de tempo, chega alguém e lhe dá uma triste notícia: “— Tua filha já está morta, não importunes mais o Mestre”. Disseram para ele. Jesus, ouvindo a conversa, resolveu intervir dizendo: “Não temas, crê somente, e ela será salva.” (Lc 8.49-50)

Esse homem nos ensina que vale a pena ir ao encontro de Jesus, ainda que seja necessário colocar a própria reputação em jogo. Quantas pessoas não estão precisando da ajuda de Cristo, assim como ele, mas, existem verdadeiras “muralhas” que os impedem?  — O que vão pensar de mim? Serei chamado de fanático, fundamentalista e até mesmo de lunático. Aquele chefe de sinagoga arriscou tudo e não se arrependeu, pois, Jesus viu a sua aflição, se comoveu e foi a sua casa, ressuscitando a sua pequenina. Milhares de testemunhas se unirão a esse religioso, como o som de um grande coral, afirmando, categoricamente: vale a pena arriscar tudo por Jesus!

Com todo o respeito aos profissionais das mais variadas áreas, mas, apesar do vosso conhecimento, experiência e capacidade cognitiva, a última palavra jamais será dos senhores. A palavra humana para aquele pai aflito foi no sentido de desistir, pois, a batalha estaria perdida.  Sempre surgirão vozes nos aconselhando a desistir. Jesus lhes ensina que a partir do instante que Ele decide agir, ninguém poderá impedi-lo.  

Infelizmente, além dos incrédulos, existia ali uma terceira categoria, a dos zombadores. Quando Jesus adentrou a casa de Jairo havia um grupo de pessoas as quais velavam o corpo. Ele disse que a menina estaria apenas dormindo e a reação deles foi começarem a rir. Gente com o coração totalmente cauterizado, insensível a qualquer sinal a ser emitido por Deus.  Hoje, continuam rindo e debochando, mas, no final será choro e ranger de dentes (Mt 13.50). Que encontro revelador!

Juvenal Netto