Um blog com publicações apologéticas, relacionadas a religião e a fé cristã. Todos os temas fundamentados na Bíblia Sagrada. O propósito principal é trazer edificação para a sua vida espiritual através da propagação das boas novas do evangelho de Cristo Jesus.
segunda-feira, 28 de março de 2022
terça-feira, 22 de março de 2022
MISSÕES MUNDIAIS E SUAS CONDICIONANTES
Louvamos ao Senhor pela liderança denominacional,
representada por nossa Junta de Missões Mundiais (JMM), que tem sido incansável
tanto em promover a manutenção da visão missionária junto ao nosso povo batista,
bem como o de oferecer todo suporte aos nossos irmãos enviados, dentre outras
inúmeras atividades correlatas. As atividades missionárias acontecem
ininterruptamente, no entanto, todos os anos durante o mês de março acontece
uma verdadeira mobilização nacional com a finalidade de manter viva em nossos
corações a chama da propagação do evangelho voltada para as demais nações. É um
movimento contagiante onde cada cristão batista tem a oportunidade de
participar ativamente dessa árdua missão, seja orando, ofertando, mobilizando
ou até mesmo recebendo a confirmação de sua chamada para ir ao campo. Um
momento muito apropriado para estreitar os laços entre a igreja e seus
missionários; instante onde cada membro pode ser estimulado e ter sua fé
renovada ao ouvir os testemunhos acerca de tudo quanto o Senhor tem feito
através da vida de nossos heróis.
Normalmente utilizamos como ancoradouro o texto de
Mateus intitulado de “a grande comissão”, onde Jesus comissiona sua noiva a
cumprir o seu papel principal, isto é, o IDE (Mt 28.18-20). Ouvimos infinitas
vezes que fazer missões é simplesmente um ato de obediência ao Senhor e uma
demonstração de amor ao próximo, tendo em vista, que para ser salva, a pessoa
precisa conhecer o plano da salvação. Ao pecador, então, é dada a oportunidade
de se arrepender e reconhecer a Cristo como seu senhor e salvador. Não há o que
se discutir quanto a legitimidade e a autossuficiência da motivação
supramencionada. Entretanto, à medida que vamos nos aproximando dos últimos
dias do fim, se faz necessário enxergar outra a qual pode servir de grande
estímulo para a igreja se empenhar ainda mais nessa sublime missão.
Mateus registra exclusivamente uma fala de Jesus
ao ser questionado pelos seus discípulos acerca de quais sinais haveriam de
marcar o fim de todas as coisas (Mt 24.1-14). Em seu sermão profético o Senhor
menciona os diversos acontecimentos que precederiam a sua volta, tais como
guerras, terremotos, perseguições a igreja, etc., contudo, há uma narrativa
peculiar sua que deve ser encarada com muita atenção: “E será pregado este
evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então,
virá o fim.” (Mt 24.14).
Sendo assim, nos empenharmos cada vez mais para
realizar a obra missionária e alcançarmos todas as nações além de ser uma
obrigação e um ato de amor, conforme as palavras de Jesus, será também uma
condição para o seu retorno à terra. Fazer missões é dizer com propriedade: Maranata!
Juvenal Netto
terça-feira, 15 de março de 2022
É PRECISO TRANSCENDER A VISÃO DIANTE DAS CATÁSTROFES E GUERRAS
Os brasileiros ainda se recuperavam dos danos
causados pela pandemia quando sofrem novos solavancos. Primeiro os baianos,
depois os mineiros e recentemente os petropolitanos são atingidos por fortes
chuvas, responsáveis por ceifar inúmeras vidas, destruir casas, deixando centenas
de desabrigados. O país inteiro se solidarizou com essas famílias e chorou ao
acompanhar as imagens dramáticas desses episódios. Ainda enterrávamos nossos
mortos e vivíamos nosso luto quando fomos surpreendidos com mais uma notícia
trágica, agora do outro lado do mundo. A Rússia declara guerra a Ucrânia.
Com a dor e a tristeza em ver nossos semelhantes
passando por tanto sofrimento, surgem os questionamentos e as tentativas de
encontrar uma resposta que justifique os sucessivos eventos de natureza
destrutiva que nos atingem neste período. O que não falta é gente arriscando
algum palpite e procurando culpados, e, especificamente, os cristãos, o que tem
a dizer sobre tais acontecimentos? Um grupo se levantará apressadamente
colocando toda a culpa no pecado e na desobediência do homem. Apesar de não
estarem totalmente errados pensando desse modo, é preciso ser mais criterioso e
não avaliar de forma tão simplista os percalços da vida. Será que em meio as
vítimas não havia nenhum servo fiel a Deus? Por certo, muitos cristãos foram
submetidos as mesmas dores que os ímpios e alguns não resistiram, partindo para
a glória. Outro grupo, que os chamarei carinhosamente de “os escatológicos de
plantão”, passarão a analisar cada detalhe dos acontecimentos, tentando
encontrar relação com as profecias bíblicas. Alguns chegam à beira de uma “cartomancia
evangélica”.
Em primeiro lugar, tragédias iguais ou até piores
do que essas já vem acontecendo há algum tempo. Elas apenas corroboram com as
afirmativas do Mestre quanto aos sinais que precederiam a sua volta e se
intensificarão à medida que nos aproximamos desse grande dia. É preciso
compreender que determinados eventos continuarão a acontecer se assim estiver
previsto na agenda do Todo-Poderoso e nenhuma oração conseguirá impedir.
O cristão não pode interpretar tais fenômenos da
mesma forma que o homem natural como se a vida na terra fosse um ponto final. O
palco principal da história da humanidade não é aqui, mas, as vezes, pensamos e
agimos como se fosse. Sofrimentos, derrotas e perdas mexem com as pessoas e
isto é normal, pois somos humanos, entretanto, nosso olhar precisa ser transcendente,
afinal de contas o corpo retornará ao pó, mas, a alma seguirá para o juízo (Ec
12.7). A tragédia para muitas pessoas será o grito do Eterno pedindo que olhem
para cima. Uma derradeira oportunidade para se arrependerem de seus pecados e assim
possam experimentar a graça de Cristo. Por
esta ótica, se as multidões ouvirem a voz de Deus, redundando em salvação de
almas, todo o sofrimento terá valido a pena, senão, será o prenúncio de que ele
é apenas uma pequena amostra do que está por vir.
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16.26)
Juvenal Netto