sexta-feira, 2 de novembro de 2018

UMA VITORIA COM SABOR DE DERROTA



            Depois de décadas sendo governado por partidos de esquerda e sem aparecer um candidato de oposição que oferecesse confiabilidade, finalmente o país resolveu optar por mudanças drásticas após experimentar uma das maiores crises econômicas da história; uma crise ética e moral que chamou a atenção do mundo inteiro, onde a corrupção foi institucionalizada com a complacência de pessoas de destaque nos três poderes da república.

            Nunca foi tão claro e fácil se decidir sobre um candidato, pois de um lado estava um que representava o sistema corrupto, com toda a sua cúpula presa por diversos crimes contra a união e que fora o responsável por levar o país a este verdadeiro caos que se encontra; um candidato que responde a mais de trinta e dois processos e que foi considerado um dos piores prefeitos da cidade de São Paulo. Do outro lado um candidato que está na política há mais de vinte e cinco anos sem nunca ter tido o seu nome envolvido em esquemas de corrupção; que resolveu se candidatar a presidência sem se render ao sistema, pois não fez acordos com nenhum partido político a fim de poder ter autonomia para formar a sua equipe de governo com base na capacitação técnica e não na indicação por filiação partidária; um candidato que fala o que pensa e que não costuma fazer uso do chamado “politicamente correto”. Por isto, nesta eleição era como se tivessem que decidir entre o policial e o bandido; entre o ficha limpa e o ficha imunda; entre o defensor da família e suas tradições e o criador do “kit gay”; entre o que quer mudar as leis para diminuir a ação dos marginais e o que queria colocar nas ruas aqueles que cometessem pequenos delitos; entre aquele que quer tomar medidas para gerar crescimento e emprego e libertar os pobres da dependência do Estado e aquele que sempre fez questão de manter o maior número de pessoas possível na dependência deste mesmo Estado a fim de manter os seus currais eleitorais através dos programas assistencialistas.

Partindo do pressuposto que houve total lisura no processo eleitoral através da utilização das urnas eletrônicas, algo que não convenceu grande parte da população brasileira até então, cerca de quarenta e sete milhões de pessoas (44% dos votos válidos) optaram pelo Partido dos Trabalhadores e pelo seu candidato, Fernando Haddad, para assumirem a direção do país. Sem dúvida, a maioria dos eleitores do Haddad votou consciente, ou seja, sabiam de toda a sujeira em que este partido estava envolvido e que assaltou os cofres públicos com um projeto audacioso de se perpetuar no poder a la Hugo Chavez e companhia. A pergunta chave é a seguinte: Porque votar em alguém que você sabe que continuaria roubando? A resposta, com certeza, não é simplesmente por possuir antipatia ao Bolsonaro ou discordar de suas ideias; uma coisa é alguém ser tachado de racista, fascista, homofóbico, etc., outra, totalmente diferente, é ser acusado de corrupto, ladrão e incentivador da depravação ética e moral e outras “coisitas” mais.

Acredita-se que a maioria expressiva das pessoas que votou no PT foi por motivos de interesses meramente pessoais; os mais pobres pelos programas assistencialistas; muitos funcionários públicos com medo da preanunciada privatização das estatais pelo economista Paulo Guedes. Todos sabem que trabalhar para a iniciativa privada onde se tem que alcançar e bater metas o tempo todo é bem diferente de trabalhar numa estatal; muitos por receberem benefícios do governo indevidamente e por saberem que Bolsonaro vai cortar tudo isto; outro grupo formado por pessoas que se acostumaram a viver nas sombras, ou seja, se aproveitam de algum esquema de corrupção existente e sabe que com um candidato que dá exemplo de honestidade, este tipo de comportamento será combatido veementemente. De qualquer forma, por mais que os motivos sejam fortes e venham a trazer mudanças drásticas nas vidas de algumas pessoas, nada se justificaria diante de atos tão abomináveis. Estes eleitores afirmaram com o seu voto não se importarem com a corrupção.

Portanto, conclui-se que pela lente da ética e da moral, esta vitória do Bolsonaro foi com sabor de derrota. Em países mais desenvolvidos, numa realidade eleitoral como esta vivida aqui no Brasil, o candidato ficha limpa teria obtido uma vitória muito mais expressiva, com, no mínimo, oitenta por cento dos votos válidos. Com um resultado como este fica claro que o país precisa investir pesadíssimo em educação a fim de poder mudar a sua cultura tupiniquim e ser visto pelo mundo com outros olhos. Temos uma longa jornada pela frente, mas, o mais importante é que o primeiro passo já foi dado, ao ser retirado do poder este partido que fez a nação retroceder em dobro os anos que avançou no último século.

Que Deus abençoe o nosso novo Presidente, Jair Messias Bolsonaro, lhe dando muita força, sabedoria e amor pelo nosso tão sofrido povo brasileiro a fim de que possamos experimentar dias melhores no porvir.

Juvenal Oliveira

2 comentários:

  1. Prefiro acreditar que as urnas, mesmo com a vitória, foram adulteradas para transparecer que eles(os esquerdistas) não estão em decadência.

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  2. Não há duvida, que esta tese seria a melhor possível, mas, no momento não temos como provar. Uma coisa é certa, se as urnas falaram a verdade, o desafio de Bolsonaro e de todos que o apoiam será muito mais intenso.Dificil de acreditar em tanta gente corrompida!

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