segunda-feira, 22 de julho de 2019

FELICIDADE SOBRE O PRISMA DE JESUS


    Não basta apenas viver. É preciso experimentar momentos felizes. Não basta ser feliz por um pequeno período, mas, deve ser uma constante, diria a maioria das pessoas que vivem neste planeta. Todavia, a primeira coisa a fazer é se definir o que seja felicidade de verdade.

    Para um número expressivo de pessoas, felicidade é ter uma boa conta bancária, capaz de lhe dar a oportunidade de comprar o que quiser; viajar pelo mundo inteiro; frequentar os melhores restaurantes; morar numa mansão, com todo o conforto possível. Ainda que se tenha tudo isso, para outras não seria o suficiente, apesar de ser muito atraente. Essas, talvez viessem a afirmar que felicidade é ter uma boa família, pais, cônjuges, filhos maravilhosos. Ainda alguns diriam que lhe bastaria uma boa saúde para poderem a possuir. Os dicionários a definem como sendo o estado de quem é feliz, uma sensação momentânea de bem-estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos.

    Jesus estava reunido com uma grande multidão na cidade de Cafarnaum e começa a proferir o seu primeiro sermão. Ele poderia ter começado falando sobre a sua missão ou o que seria necessário para alcançar o reino dos céus, mas, não. Ele resolve começar dando um sentido mais amplo ao significado da palavra “felicidade”, talvez por saber que este é o grande alvo da maioria dos mortais. Nove vezes Ele utiliza a expressão “bem-aventurados”, do grego “makarios”, que significa “feliz”, “abençoado”. Aqui o seu significado é mais abrangente. É a felicidade daquele que está em paz com Deus (Fl. 4.7).

    O Mestre amado começa afirmando que felizes serão os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5.1-12). São aqueles que reconhecem que não são nada e que precisam de Deus e das pessoas que estão a sua volta (Mt 15.27). Felizes os que choram, porque serão consolados. São aqueles que entendem que o choro faz parte da existência humana, mas, que chegará um dia em que Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima (Ap. 21.4). Felizes os mansos, porque herdarão a terra. São aqueles que se dobram sempre diante da vontade de Deus mesmo que lhes pareça ser algo ruim, pois creem que todas as coisas contribuirão para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28). Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. São aqueles que buscam melhorar a cada dia como cristãos, entendendo que precisam se santificar mais e mais até a volta do Senhor (Fl. 3.12). Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. São aqueles que se compadecem do seu próximo, independente de quem seja ou de que maneira esteja vivendo, considerando-o sempre como alguém que está ao alcance do grande amor de Deus (ITm. 1.15). Felizes os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus. São aqueles que têm paz com Deus e que fazem questão de semeá-la onde quer que estejam (Rm. 12.18). Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. São aqueles capazes de fazer qualquer sacrifício para se manter no centro da vontade de Deus (Gl 2.20). Felizes os perseguidos, caluniados, injuriados por causa do nome de Cristo, porque grande será o seu galardão. São aqueles que não têm outro objetivo a não ser o de agradar e servir à Cristo, sendo capazes até de sacrificarem a própria vida por amor a Ele (Ap. 20.4).

Juvenal Oliveira 

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