sexta-feira, 9 de novembro de 2018

DEIXADOS PARA TRÁS



Louvamos a Deus pela existência da Convenção Batista Brasileira (CBB) junto com todas as suas 8.753 igrejas filiadas, situadas por todo este imenso país-continente, há mais de um século pregando incansavelmente a Palavra de Deus. Recentemente, como de costume, tivemos no mês de setembro, a campanha de Missões Nacionais onde cada igreja foi desafiada a incentivar os seus membros a se engajarem nesta obra de expansão do Reino de Deus em nossa amada pátria. Que coisa linda as igrejas que amam e fazem missões!!!
Já avançamos muito, mas ainda há muito que fazer. Existem muitas comunidades sem a presença de uma igreja Batista. Quando entramos nas campanhas anuais, logo pensamos em implantar uma nova igreja; começar um novo ponto de pregação ou PGM; enviarmos mais missionários. Nos últimos anos, além dos mencionados anteriormente, surgiu mais um desafio para os batistas brasileiros, prestar o devido apoio as igrejas já formadas e que estão passando por dificuldades gravíssimas, algumas correndo o risco de fecharem as portas, inclusive. Os problemas são variados, desde a crise financeira que afetou a todos, inclusive, a igreja, até o desvirtuamento de obreiros que acabam causando rachas, divisões e, até mesmo, a dispersão das ovelhas. Mas, isto não vem ao caso no momento e sim a gravidade de termos a possibilidade de vermos uma agência do Reino de Deus fechar as suas portas por falta de socorro.
O apóstolo Paulo tem muito a nos ensinar, quando lemos as suas cartas, conseguimos ver nitidamente a sua preocupação com a continuidade do trabalho evangelístico desenvolvido por ele e demais apóstolos, cidades que ele havia visitado e igrejas que haviam sido formadas. Naquele momento em que escreve, ele está distante, mas preocupado com a saúde espiritual daquelas pessoas (Ef 1.16; Fl 1.4; 1Ts 1.2). Algumas destas igrejas passando por problemas parecidos com os enfrentados nos dias atuais, como o caso da introdução de falsos obreiros e a tentativa de desvirtuar todo o aprendizado outrora recebido por ele mesmo (At 20.29; 2 Co 11.13; Fl 3.2; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Ele tinha motivos suficientes para acreditar que a sua missão já havia se cumprido naquelas regiões e que deveria se preocupar agora com as cidades que ainda não haviam sido, até então, evangelizadas. Mas, não é isto o que vemos, pelo contrário, das cartas escritas e direcionadas as igrejas, apenas a de Roma ele não tinha estado ainda pessoalmente antes. Ele nos dá uma grande lição. Não basta querermos avançar e criarmos novos pontos de propagação do evangelho; temos que olhar para trás e também prestarmos socorro aqueles irmãos que estão em apuros. Um bom soldado jamais avançará em direção ao seu objetivo, sem antes ter a certeza de que o seu companheiro ferido no campo de batalha, está em segurança.
Existem lugares onde temos uma propriedade, com instalações razoáveis e um templo construído, não obstante, não há mais pessoas ali, ou seja, não existe mais “igreja”. É preciso recomeçar. A ajuda a ser oferecida abrange basicamente o envio de recursos financeiros e de novos obreiros, além de tudo isto, as incansáveis orações intercessoras de todo o povo de Deus, seguindo o mesmo exemplo do apóstolo Paulo que fazia isto de forma contumaz.
Portanto, nas próximas campanhas de missões nacionais temos que incluir em nossos alvos de oração, de arrecadação e de despertamento para o envio de novos obreiros a prestação do devido apoio a estas igrejas que clamam por socorro. Não podemos deixar ninguém para trás. 

Juvenal Oliveira

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