Em um tempo de tremendo relativismo e
generalizações, quando alguém ouve falar sobre uma pessoa com atitudes radicais,
logo é discriminada e tida como um perigo para a sociedade. Hoje, normalmente ela é associada a algum
grupo extremista, seja ele de ordem religiosa, política ou ideológica, sempre
com uma conotação negativa e danosa. Tem muita gente surfando nesta onda,
talvez pela grande influência que a mídia global exerce sobre todos. Será mesmo
tal classificação um adjetivo pejorativo? Quais as definições que os
dicionários dão ao sentido real da palavra “radical”? Precisamos rever os
conceitos quanto ao uso indevido de determinadas palavras, principalmente, pela
complexidade que é a nossa língua portuguesa.
As principais definições para a palavra radical
segundo alguns dicionários são: Relativo ou pertencente à raiz; que parte ou
provém da raiz; relativo à base, ao fundamento, à origem de qualquer coisa;
básico; fundamental. Baseados nestas definições, podemos afirmar que,
dependendo de que origem estejamos a nos referir, ser um radical pode indicar uma
grande qualidade de um indivíduo.
Em relação à fé cristã, quando utilizamos esta
palavra no sentido mais profundo, estamos afirmando que esta pessoa continua
fiel aos princípios ensinados por Cristo; que ela não abre mão destas verdades;
que está disposta a lutar por esta causa até o fim; que não permitirá que nada mude
estes fundamentos; que não cederá, em hipótese alguma, a tentativas de mudar a
sua essência; por fim, que não aceitará intermediários, pois seu desejo é e
sempre será permanecer ligado diretamente à raiz, que, neste caso, é e sempre
será, Jesus Cristo.
Infelizmente, muitos cristãos têm sido
influenciados e contaminados por ensinos pagãos. Quando olhamos a maneira de pregar
e de viver desta grande massa, parece que existem dezenas de “cristos”, tamanha
a disparidade. Muitos cristãos, se é que podemos chama-los assim, não estão
mais ligados à raiz. Estão ligados a uma religião ou líder religioso; a um
dogma; a conceitos meramente filosóficos; a ensinos de demônios (ICo 10.20-21).
O apóstolo Paulo exerceu enorme influência entre
os cristãos e ainda exerce pelo seu expressivo teor doutrinário, contidos no
Novo Testamento, não obstante, jamais tentou usurpar a posição que é tão
somente de Cristo. Ele, escrevendo aos coríntios, os adverte, pois em dado
momento estavam divididos entre a sua liderança e a de Apolo, se esquecendo de
que eles eram apenas instrumentos nas mãos daquele que é o cabeça. Afirmou o seguinte
para eles: “Porque ninguém pode pôr outro
fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (ICo 3.11).
Desse modo, podemos afirmar que o desejo de
Cristo é de que sejamos radicais em nossa fé e não venhamos a abrir mão de tudo
aquilo que Ele mesmo nos ensinou. Ou somos pequenos cristos neste mundo pagão
ou então seremos meros farsantes, adulterados por outros ensinos que não
possuem a Cristo como raiz. Que sejamos cristãos radicais sempre e não nos
preocupemos com o que o “mundo” vai achar de nós.
Juvenal Oliveira
Solus Christus!!!!
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