sexta-feira, 1 de março de 2019

SER RADICAL É COISA DE CRISTÃO?



Em um tempo de tremendo relativismo e generalizações, quando alguém ouve falar sobre uma pessoa com atitudes radicais, logo é discriminada e tida como um perigo para a sociedade.  Hoje, normalmente ela é associada a algum grupo extremista, seja ele de ordem religiosa, política ou ideológica, sempre com uma conotação negativa e danosa. Tem muita gente surfando nesta onda, talvez pela grande influência que a mídia global exerce sobre todos. Será mesmo tal classificação um adjetivo pejorativo? Quais as definições que os dicionários dão ao sentido real da palavra “radical”? Precisamos rever os conceitos quanto ao uso indevido de determinadas palavras, principalmente, pela complexidade que é a nossa língua portuguesa.

As principais definições para a palavra radical segundo alguns dicionários são: Relativo ou pertencente à raiz; que parte ou provém da raiz; relativo à base, ao fundamento, à origem de qualquer coisa; básico; fundamental. Baseados nestas definições, podemos afirmar que, dependendo de que origem estejamos a nos referir, ser um radical pode indicar uma grande qualidade de um indivíduo.

Em relação à fé cristã, quando utilizamos esta palavra no sentido mais profundo, estamos afirmando que esta pessoa continua fiel aos princípios ensinados por Cristo; que ela não abre mão destas verdades; que está disposta a lutar por esta causa até o fim; que não permitirá que nada mude estes fundamentos; que não cederá, em hipótese alguma, a tentativas de mudar a sua essência; por fim, que não aceitará intermediários, pois seu desejo é e sempre será permanecer ligado diretamente à raiz, que, neste caso, é e sempre será, Jesus Cristo.

Infelizmente, muitos cristãos têm sido influenciados e contaminados por ensinos pagãos. Quando olhamos a maneira de pregar e de viver desta grande massa, parece que existem dezenas de “cristos”, tamanha a disparidade. Muitos cristãos, se é que podemos chama-los assim, não estão mais ligados à raiz. Estão ligados a uma religião ou líder religioso; a um dogma; a conceitos meramente filosóficos; a ensinos de demônios (ICo 10.20-21).

O apóstolo Paulo exerceu enorme influência entre os cristãos e ainda exerce pelo seu expressivo teor doutrinário, contidos no Novo Testamento, não obstante, jamais tentou usurpar a posição que é tão somente de Cristo. Ele, escrevendo aos coríntios, os adverte, pois em dado momento estavam divididos entre a sua liderança e a de Apolo, se esquecendo de que eles eram apenas instrumentos nas mãos daquele que é o cabeça. Afirmou o seguinte para eles: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (ICo 3.11).

Desse modo, podemos afirmar que o desejo de Cristo é de que sejamos radicais em nossa fé e não venhamos a abrir mão de tudo aquilo que Ele mesmo nos ensinou. Ou somos pequenos cristos neste mundo pagão ou então seremos meros farsantes, adulterados por outros ensinos que não possuem a Cristo como raiz. Que sejamos cristãos radicais sempre e não nos preocupemos com o que o “mundo” vai achar de nós. 

Juvenal Oliveira
Solus Christus!!!!

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