A maneira como alguém se
comporta diante das intempéries da vida poderá ser crucial para a definição da
sua situação final. Nós precisamos compreender
que não somos meros expectadores ou atores coadjuvantes no palco da existência,
mas, que fazemos parte do elenco principal, ou seja, precisamos interagir para
tornarmos o ambiente favorável.
Vou contar aqui a
história de uma mulher anônima que se encontrava numa situação muito difícil
(Mt 15. 21-28). Sua filha estava espiritualmente enferma; se fosse nos dias
atuais, esta criança seria conduzida imediatamente a um psiquiatra, que por sua
vez, a diagnosticaria estar com um grave problema de ordem psíquica. Mas, o
problema daquela menina era de ordem espiritual. Ela costumava ficar possessa
por demônios repetidas vezes. Não sei se alguém já se deparou com algum caso
assim. É terrível!
Aquela mulher não ficou
parada na zona de conforto. Resolveu buscar a solução para o seu problema;
procurar o socorro e, mais, no lugar e pessoa certa. Não adianta apenas
procurar a ajuda. É preciso discernir onde há a probabilidade de se obter o
sucesso. Ela ouviu falar de um homem que operava muitos milagres. Agora, era
somente encontrar o momento certo para agir. Ela ouviu um grande burburinho na
cidade; era a chegada de Jesus de Nazaré. Depois de ser ignorada por um bom
tempo, teve todos os motivos para desistir, mas, não fez. Três atitudes
daquela mulher foram decisivas para o desfecho de sua história.
A primeira atitude dela
foi a perseverança. Perseverar é não arredar o pé da posição enquanto não obter
uma resposta conclusiva. Muitas pessoas deixam de experimentar a vitória porque
desistem com muita facilidade, diante do primeiro obstáculo. A Bíblia relata um
enorme grupo que venceu pela perseverança. Isaque orou por vinte
anos para que sua esposa engravidasse (Gn 25.20,21, 26). Jacó lutou com o anjo
e disse que não o deixaria, enquanto não fosse abençoado (Gn 32.22-32).
A segunda atitude
daquela mulher que fez a diferença foi a sua ação em adorar. Adorar a Deus não
é cantar apenas. É muito mais que isto. Existem pelo menos três pontos
fundamentais para um verdadeiro adorador. Primeiro, a pessoa reconhece quem
verdadeiramente é, ou seja, um miserável pecador totalmente carente da graça e
misericórdia de Jesus (Is 6). Segundo, reconhece quem Deus é. O único ser digno
de receber toda a adoração (Mt 16.16). Terceiro, compreende que o verdadeiro
adorador, adora a Deus independente das circunstâncias, sejam elas favoráveis
ou desfavoráveis (Dn 3.17-18; At 7.59-60; At 16.25).
A terceira atitude dela
foi crer incondicionalmente. A verdadeira fé se caracteriza pela confiança
inabalável no caráter de Deus. Jesus curou muitas pessoas e na maioria das
vezes, Ele fazia questão de afirmar que a fé delas nEle fizera toda
a diferença.
Desta forma, aprendamos
com esta humilde mulher Cananéia que teve a sua filha liberta pela sua
perseverança, fé e o reconhecimento de que Deus foi, é, e sempre será digno de
toda a nossa adoração, afinal de contas, Ele, sem nós continua sendo Deus, não
obstante, nós, sem Ele, não somos nada.
Juvenal Oliveira
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