Para muitos, as palavras acima descritas são sinônimas. No entanto, ao serem analisadas mais profundamente, percebe-se que são apenas parecidas:
1º O religioso segue e obedece cegamente a um líder terreno, enquanto o cristão, mesmo compreendendo e acatando os princípios de autoridade eclesiástica, tem Cristo como sua maior referência, procurando imitá-lo em tudo.
2º O religioso é ritualista e está apenas preocupado em seguir os dogmas impostos pela comunidade eclesiástica. Já o cristão é sensível à voz do seu Mestre e entende que obedecer a Cristo é melhor do que fazer sacrifícios tolos, como afirmam as Escrituras (1Sm 15:22).
3º O religioso estará sempre preocupado com sua reputação diante dos homens. Jesus os chama de "sepulcros caiados", belos por fora, mas cujo interior exala mau cheiro (Mt 23:27). O cristão, por outro lado, busca ter um coração puro e testemunhar de Cristo a todo momento.
4º O religioso procura conhecer profundamente a Lei e ensiná-la aos outros, mas o cristão busca guardá-la no coração e ensiná-la com seu exemplo de vida (Sl 119:11).
5º O religioso pratica boas obras para tentar garantir sua entrada no céu, enquanto o cristão as realiza porque aprendeu com o Mestre que deve amar ao próximo como a si mesmo. Suas boas obras são um reflexo da sua fé em Cristo e têm como consequência a salvação de sua alma (Ef 2:8-10).
6º O religioso impressiona os homens por meio de um comportamento exteriorizado, mas o cristão toca o coração do Pai com expressões que brotam da alma, muitas vezes invisíveis aos olhos humanos (1Sm 16:7).
7º O religioso acredita estar em um patamar mais elevado em relação àqueles que não cumprem seus rituais, sentindo-se merecedor das bênçãos de Deus (Lc 18:10-14). O cristão entende que foi alcançado pela misericórdia do Senhor e dela depende a cada momento de sua vida.
Os religiosos da época foram severamente advertidos por Jesus por seu comportamento e suas atitudes. Ele chegou a dizer que, se nossa justiça não excedesse em muito a dos escribas e fariseus, de maneira nenhuma entraríamos no Reino dos Céus (Mt 5:20).
Portanto, a quem queremos imitar? O proceder daqueles religiosos ou o exemplo de Cristo?
Soli Deo Glória.Juvenal M. de Oliveira Netto
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