Parece um paradoxo a
Bíblia ser há mais de cinquenta anos o livro mais vendido e lido do mundo,
segundo dados da Biblioteca Benedicto Monteiro, e, mesmo assim, ainda haver tanta
ignorância a respeito do poder transformador de Deus em meio à fragilidade da
natureza humana. Não são poucos os que defendem a premissa de que os “homens
maus” são irrecuperáveis. Segundo matéria publicada pela BBC News Brasil, em 26
de janeiro de 2024, no último censo realizado em 2022, cerca de 55 países previam
a pena de morte em suas legislações. A China lidera o ranking com o maior
número de pessoas executadas. Pessoas cujas vidas foram ceifadas por serem
consideradas imperdoáveis pelos crimes cometidos. No entanto, existem incontáveis
relatos bíblicos sobre pessoas sendo transformadas por Deus a partir de um
arrependimento sincero. Convido você a embarcar comigo na história de um homem alcançado
pela misericórdia de Deus apesar de ter cometido muitos atos cruéis (2 Rs 21; 2
Cr 33).
Manassés começou a reinar aos
doze anos e permaneceu por cinquenta e cinco anos no trono. Ele não somente fez
o que era mau perante o Senhor, bem como foi um dos piores reis da Tribo de
Judá, Reino do Sul. Para aqueles que defendem a ideia de o homem ser resultado
do meio, este é um dos muitos exemplos de que esta filosofia não é verdadeira.
Seu pai, Ezequias, subiu ao trono, encontrando um povo totalmente desviado da
presença de Deus, mergulhado na idolatria. Ele realizou uma grande reforma
religiosa. Destruiu os ídolos e reparou o altar (2 Cr 29). Portanto, Manassés
foi criado tendo como exemplo alguém que temia a Deus e guardava os seus
mandamentos, mas optou por seguir um caminho avesso a tudo o que aprendera
desde pequeno. Cometeu as maiores atrocidades possíveis, praticando coisas
abomináveis, como feitiçaria, necromancia e adivinhações. Chegou ao fundo do
poço espiritual quando queimou seus filhos em sacrifícios aos falsos deuses,
aos quais ele adorava. Foi uma péssima influência para a sua nação, levando as
pessoas a cometerem práticas ainda piores do que os cometidas pelas outras
nações. Yahweh enviou profetas, mas aquele homem estava com o coração
endurecido e não deu ouvidos. O Senhor continua hoje enviando pessoas para
advertir aqueles cujos caminhos são tortuosos. Por amor a Manassés, o Senhor
não desistiu e utilizou sua última ferramenta, o cárcere, o sofrimento e a dor.
Quem sabe você que chegou até aqui nesta leitura também não esteja, como aquele
rei, precisando de uma ação mais incisiva de Deus. Manassés se arrependeu, se
humilhou e orou. O Senhor ouviu sua oração, perdoou os seus muitos pecados e
lhe restituiu o trono (2 Cr 33.13). As atitudes daquele homem já não eram mais
as mesmas, dando provas de um arrependimento legítimo e convincente (2 Cr
33.14-15).
Isto posto, podemos afirmar que não há,
absolutamente, uma pessoa sequer neste mundo inalcançável diante do grande amor
de Deus. Aquilo que era impossível para os homens, o Eterno possibilitou, enviando
seu único filho, Jesus, para morrer em nosso lugar (Rm 5.8). Não desprezemos os
sinais e as inúmeras manifestações de amor advindos do céu, até mesmo aquelas
que, a princípio, parecem vir para nos destruir. Deus continuará insistindo, batendo a porta do
nosso coração com o doce convite: “...Vinde,
benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo;” (Mt 25.34). Para isto, a palavra-chave é “arrependei-vos”.
Juvenal Netto
Excelente texto, querido marido! 👏🏻🙏🏻❤️
ResponderExcluirObrigado minha amada. Te amo.❤️❤️❤️
ExcluirQue o Senhor o inspire na construção de mensagens cristocêntrica como está. O Antigo Testamento sempre apontando para Cristo!
ResponderExcluirObrigado meu irmão pela interação no blog. Soli Deo Glória!
ExcluirDeus continue conduzindo e dando sabedoria para nós abençoe.
ResponderExcluirAmém. Deus abençoe sua vida e ministério!
ResponderExcluirMuito bom! 🙏🏻❤️
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