Imaginem como seria uma civilização onde não
houvesse leis, regras e parâmetros a serem seguidos por cada cidadão? Cada Nação
estabelece as suas próprias normas conforme a sua cultura e experiências vividas
no passado, sempre no intuito de tornar possível e saudável o convívio entre
seus habitantes. Normalmente para cada infração cometida haverá uma
consequência específica previamente estabelecida através de critérios
amplamente discutidos. Alguns Estados chegam a adotar a pena de morte como
punição para determinadas transgressões consideradas mais graves. Veremos nesse episódio a história de uma
mulher a qual se encontrava no corredor da morte, prestes a cumprir sua pena,
no entanto, teve seu destino redirecionado através de um encontro com o Homem
de Nazaré.
O apóstolo João descreveu um acontecimento
marcante envolvendo religiosos e uma cidadã que havia sido apanhada praticando
um ato sexual extraconjugal (Jo 8.1-11). As leis mosaicas eram bastante
rigorosas para quem cometesse tal delito, ambos deveriam ser mortos (Lv 20.10;
Dt 22.22). Os escribas e fariseus levaram-na a presença do Mestre com o
objetivo de coloca-lo a prova, pois, se concordasse com o cumprimento da
sentença, seria tachado como alguém desprovido de misericórdia, contrariando a
base de seus sermões e a sua própria essência. No entanto, se descordasse,
seria acusado de incitar a desobediência contra as leis de Deus. A resposta de
Jesus para aqueles homens foi a seguinte: “Aquele que dentre vós estiver
sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” A reação deles foi
unânime. Saíram todos, um por um, permanecendo apenas a mulher que fora generosamente
perdoada por Jesus.
Aquela mulher teve sua intimidade exposta e passou
por grande constrangimento diante das pessoas, mas, tudo isso era necessário
para que ela acordasse a tempo. O pecado deixa as pessoas assim, adormecidas e
as vezes é preciso que elas passem por um solavanco. O Mestre não a perdoou por constrangimento
provocado por aqueles religiosos maliciosos, muito menos estava sendo complacente
para com o pecado e a lei preestabelecida por Deus através de Moisés. Ele não a
condenou porque percebeu que ela havia se arrependido do que fizera. Ninguém o
engana, pois, pela sua onisciência divina consegue enxergar as entranhas da
alma. O segredo para escaparmos das consequências terríveis do pecado não é
outra coisa a não ser através do arrependimento (Rm 6.23; At 3.19). A ênfase
dada por Jesus ao se despedir da mulher, “vai e não peques mais”,
significa que o seu perdão não pode ser assemelhado a um cheque em branco para
pecar, mas, que o verdadeiro arrependimento obrigatoriamente redundará em
mudança de hábitos e atitudes. Jesus, diferente daqueles religiosos, não
estende o seu dedo acusador sobre a pecadora, mas, a constrange pelo seu amor ao
ponto de fazê-la reconhecer por si mesma quanto à necessidade que possuía de lutar
por mudanças.
Dessa forma, aquela pobre pecadora não desperdiçou
a grande oportunidade que teve de escapar da morte. Teve o privilégio de
conhecer alguém com qualidades ímpares que o distinguia de todas as “religiões”.
Experimentou um ato de misericórdia e de amor quando todos a sua volta a consideravam
um ser ignóbil. Tudo isso só se tornou possível porque Cristo estava presente e
se você está terminando de ler esse texto, isso significa que ainda há
esperança. Ele não mudou e estará sempre disposto a lhe dar uma segunda chance
neste dia que se chama “hoje”.
Juvenal Netto
Amém, louvado seja o Senhor por sua vida meu irmão.
ResponderExcluirGrande homem de Deus! Obrigado, que o Senhor realize proezas na sua vida e ministério.
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