Nesse tempo de pandemia muitas pessoas passaram
pela amarga experiência de serem obrigadas a ficar em quarentena por terem contraído
o coronavírus. Algumas delas distantes até mesmo de pessoas da sua própria casa.
Neste artigo iremos contar a história de um homem que vivia numa quarentena
infinita até o dia em que teve um encontro com o “Médico dos médicos”, chamado
Jesus de Nazaré (Mt 8.1-4; Mc 1.40-45 e Lc 5.12-16).
O evangelho, segundo Marcos, narra o modo como
Jesus ficou profundamente compadecido diante de um homem prostrado aos seus pés
o qual lhe suplicava pela cura de sua lepra, uma doença altamente contagiosa e
incurável que difere da que nós conhecemos hoje como hanseníase. O que impressionou
sobremaneira o Senhor, além de seu estado de humilhação, foi a sua postura de
fé: “— Se quiseres, pode purificar-me” (Mc 1.40). Aquele leproso em nenhum
momento questionou se Jesus tinha ou não poder para curá-lo, isto é, condicionou
seu restabelecimento apenas a pré-disposição do Mestre em atender-lhe a súplica.
Sua atitude nos remete a carta escrita aos Hebreus a qual enfatiza que sem fé é
impossível agradar a Deus, pois, é necessário que aquele que se aproxima dEle creia
que ele existe e que se torna premiador dos que o buscam (Hb 11.6).
O leproso pede para ser purificado e não curado,
talvez, pelo fato dos hebreus acreditarem que a lepra estaria correlacionada ao
pecado. Independente dessa concepção judaica, fato é que existem algumas
características que os tornam semelhantes. Ambos causam separação e
distanciamento; seus efeitos criam deformidades e são terrivelmente mortais (Rm
6.23; Ef 2.12-19).
Não conhecemos maiores detalhes sobre a vida
pregressa desse homem, mas, levando-se em conta todos os protocolos adotados
pela comunidade para impedir o contágio da doença, pode-se chegar a algumas
conclusões. Esse indivíduo, bem como, as
demais pessoas atingidas pela lepra, viviam miseravelmente, independentemente,
de seu poder aquisitivo ou classe social. O isolamento social talvez fosse ainda
mais doloroso do que a própria sentença de morte. Hoje, apesar de termos
perdido centenas de pessoas para a COVI-19 e de não haver cura para a mesma, a
sua letalidade nos humanos é baixíssima se comparada com a doença daquela
época. As pessoas que contraíam a lepra eram colocadas numa quarentena por
tempo indeterminado. Além do isolamento, sabiam que havia poucas hipóteses das
coisas retornarem ao normal e o pior, a possibilidade de nunca mais manterem contato
com os seus familiares, dar um último adeus. Imaginem que situação deplorável,
aguardar silenciosamente a chegada da morte em condições sub-humanas? Quanto
vazio, desespero e dor! Pior do que os efeitos produzidos no corpo, como
feridas, deformações, coceiras, etc., eram os causados na alma.
Logo, chegamos à conclusão de que Jesus não curou
apenas sua lepra, mas, ao fazer isso, lhe restituiu a alegria de viver.
Restaurou os seus relacionamentos,
concedendo-lhe a oportunidade de ser reinserido em seu meio social. Enfim, seu
proceder após ter sido curado, demonstrou que a sua experiência foi ainda mais
profunda. Anunciou a todos com tamanha alegria acerca do seu encontro com Jesus,
demonstrando, significativamente, que fora revigorado também na alma, ou seja,
venceu o dano da segunda morte (Ap 2.11). Aleluia!
Juvenal Netto
Deus cria a partir do nada. Portanto, enquanto um homem não for nada, Deus nada poderá fazer com ele Boa noite amigo.
ResponderExcluirBoa noite. Muito obrigado pela participação. Deus abençoe.
ExcluirAmém meu irmão, louvado seja o Senhor.
ResponderExcluirAmém meu irmão, louvado seja o Senhor.
ResponderExcluirObrigado pela participação. Que o Senhor continue abençoando sua vida e ministério. Shalom
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