Quando sinto a necessidade
de alertar alguém sobre o perigo de não se aperceber sobre a imposição de algo
ruim por ser aplicado sutilmente, em doses homeopáticas, faço uso de uma
experiência muito conhecida e que vou compartilhá-la com vocês. As pessoas mais
velhas afirmam que se jogarmos um sapo numa panela de água fervente, ele
saltará imediatamente, mas, se for colocado dentro dela com água
numa temperatura ambiente e ligarmos o fogo, ele permanecerá ali normalmente. A
água aquecendo lentamente lhe dará uma sensação de conforto e bem-estar tão
grande que ele não perceberá o perigo que está por vir. Ele morrerá cozido sem
esboçar nenhuma reação. Parece que querem fazer o mesmo conosco em relação a
nossa liberdade.
No artigo 5.º da nossa
Constituição está preconizado o seguinte: “Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
…”. No inciso XV, desse mesmo artigo está escrito: “é livre a
locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; ”.
Nos últimos dias, mais um
vídeo viralizou nas redes sociais. Foi o caso de mais uma mulher impedida de
caminhar na praia por policiais militares no Estado do Ceará. Um detalhe nos
chamou a atenção. A imagem de uma praia totalmente deserta, ou seja, não havia
nenhuma razão plausível para que tal abordagem fosse realizada. O Estado do
Ceará deve ter policiais ociosos por falta do que fazer para estar empregando
uma viatura com quatro integrantes de modo a impedir que uma cidadã se locomova
pela orla para praticar uma atividade física. Ainda no Ceará, que por
coincidência tem um Governador eleito pelo partido dos Trabalhadores (PT),
mandou prender mais de vinte pessoas que faziam uma manifestação pacífica
dentro de seus automóveis e ainda, proibiu a utilização de bandeiras do Brasil
e camisas verde e amarelas. Não podemos encarar tais atitudes como normais,
mesmo nas atuais circunstâncias. A nossa liberdade é um dos bens mais preciosos
que existem e não podemos abrir mão dela, em hipótese alguma! Ela foi
conquistada pelo preço de muito sangue derramado para ser ignorada ou banalizada.
Um dos pilares de uma
democracia é haver poderes independentes e harmônicos, guardiões de uma lei
maior, neste caso, a nossa Constituição. Ninguém está acima dessa lei magna,
inclusive, Governadores e Prefeitos. Nem mesmo numa pandemia se justificaria
tanto rigor com um cidadão a não ser que houvesse a comprovação de que ele
estivesse infectado e em isolamento por prescrição médica. Outra medida que
cerceia a nossa liberdade e que parece mais uma atitude politiqueira do que de
prevenção e preocupação com o avanço da pandemia são as barreiras nas rodovias
interestaduais e intermunicipais. Essas barreiras deveriam funcionar, se fosse
comprovada realmente a sua eficácia, sob a égide do governo federal, mas,
graças a uma canetada do STF, extrapolando o seu poder e se intrometendo no
Executivo, foi concedido aos Governadores e Prefeitos tais poderes.
Isto posto, quero invitar
cada cidadão brasileiro a estar atento e não aceitar essas medidas radicais e
ditatoriais que restringem a nossa liberdade e o nosso direito de ir e vir e
põem em risco a nossa democracia. Não permitamos que o medo, muitas vezes imposto
pela grande mídia, nos paralise ou nos torne reféns desses homens sem qualquer
escrúpulo que só querem o poder e a corrupção, ainda, que para atingirem os
seus objetivos, tenham que levar o país ao caos.
Juvenal Netto
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