A existência humana é
marcada por períodos variáveis, os quais podem ser comparados a uma tela nas
mãos de um pintor. Por mais que você tente imaginar qual será o formato da
imagem final, isso só será possível quando ele der os seus últimos retoques. Quando
olhamos pelo retrovisor da história, enxergamos muitos quadros concluídos e,
então, percebemos como a mão de Deus esteve sempre presente conduzindo todas as
situações.
Dentre os infindáveis
atributos do Eterno, gostaria de destacar aqui a sua capacidade de transformar
dor e sofrimento, em vitória e alegria. Quando tudo parece acabado e a derrota insiste
em bater a sua porta, Ele surge inesperadamente mudando totalmente o rumo da
história. Quantos testemunhos teríamos para contar sobre a intervenção divina
ao nosso favor? Seria impossível contabilizá-los. Que o digam as irmãs Marta e
Maria! (João 11).
Elas estavam vivendo num
daqueles dias sombrios e tenebrosos, dos quais ninguém gostaria de experimentar,
um período de luto pela perda do seu amado irmão, Lázaro. Fizeram tudo o que
estava ao seu alcance, inclusive, mandando um mensageiro até a cidade onde estava
Jesus, na esperança de que Ele chegasse em tempo de poder curá-lo.
Infelizmente, era tarde demais, devem ter pensado elas. O que lhes restara era
apenas receberem o conforto de seus amigos e familiares mais próximos. Quem acreditaria que aquele quadro de angústia
pudesse ser revertido? Jesus chega na casa daquelas irmãs acompanhado pelos
seus discípulos ainda em meio a movimentação de pessoas se solidarizando. Marta,
parte ao encontro do Mestre se lamentando pela sua chegada tardia. Afinal de
contas, já fazia quatro dias que Lázaro havia falecido, portanto, era natural
alguém pensar que nada mais pudesse ser feito. O pintor estava quase concluindo
aquele quadro, o qual tinha tudo para ter uma gravura caótica. Uma ilustração
do sofrimento e dor vividos por uma família. Jesus manda reuni-los e faz
questão de reafirmar que jamais chega atrasado; que todo o poder está em suas
mãos (Mt 28.18). Ele ordena que retirem a pedra do sepulcro e chama Lázaro para
fora. A sua voz é como o som de muitas águas que faz o universo estremecer.
Aquele corpo, já em estado de decomposição, começa a ser totalmente restaurado.
Lázaro não ousa ignorar a sua convocação e sai da sua tumba.
Destarte, quero
encorajá-lo a crer que Jesus não mudou e continua exercendo o seu poder de
transformar morte em vida, sofrimento em triunfo. A única condicionante para
experimentarmos o seu extraordinário é confiarmos no seu poder. A sua palavra
diante da suspeição de Marta, foi: “... Não te disse eu, que, se creres, verás
a glória de Deus?” (Jo 11.40)
Juvenal Netto
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