segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O SEU LUGAR NÃO É NA CAVERNA



As cavernas são locais que costumam atrair muitas pessoas, principalmente aquelas com um espírito mais aventureiro. Estes lugares possuem características antagônicas, ao mesmo tempo em que atraem pela beleza, onde rochas são esculpidas por centenas de anos, trazem medo e pânico pela pouca luminosidade, umidade, labirintos, pouca oxigenação e a presença de insetos inconvenientes. A caverna também pode ter um significado muito mais amplo que a fornecida pelos dicionários. Ela pode simbolizar um lugar de refúgio, solidão, paralização e morte. Existiu um homem que experimentou a triste realidade da “caverna”.
Elias foi um profeta muito ativo durante os reinados de Acabe e Acazias no Reino do Norte (aprox. 875-850 a. C.). Ficou bastante conhecido pelos israelitas, principalmente, pelo desafio que fez aos 450 profetas de um falso deus chamado Baal no monte Carmelo. Ele os venceu no momento em que Deus ouviu sua oração e fez descer fogo dos céus, consumindo o sacrifício no altar. Entretanto, após esta grande vitória foi ameaçado pela rainha Jezabel e fugiu, pediu a morte e adentrou numa caverna (I Rs 18 e 19).
Entrar na caverna para o profeta naquela ocasião tinha um significado profundo. Ele estava exaurido física e emocionalmente. Às vezes isto acontece também conosco ao passarmos por momentos de intensas batalhas. Por um breve momento ele perdeu a sua autoestima, pois já não sabia mais quem ele era; perdeu toda a sua motivação, como se algo tivesse sugado toda a sua energia; por fim, ele perdeu a sua visão e direção, já que não sabia mais para onde ir ou o que fazer de sua vida. Quantas pessoas têm entrado na “caverna”, e estão exatamente assim como Elias!
Impressionante, o mesmo Deus que estivera com Elias enquanto tinha forças e vigor, agora vai ao seu encontro para alimentá-lo, encorajar, renovar as suas forças para que pudesse concluir o seu ministério. O Eterno não chega ao seu servo prostrado com um chicote na mão, mas, com a sua mão benevolente estendida, sempre pronta a erguê-lo novamente. Naquele momento de solidão e de conflitos inimagináveis, Deus era o único que poderia arrancá-lo daquele lugar sombrio. E, assim, Ele fez demonstrando a sua fidelidade e amor incondicional. Hoje, este mesmo Deus continua visitando “cavernas” com o intuito de retirar os seus de lá.
Por isso, quero afirmar aqui que ninguém está imune de entrar numa “caverna” por mais comunhão que tenha com o Senhor, devido às circunstâncias difíceis da vida, não obstante, ela jamais será o seu itinerário final. O grande “Eu Sou” visitará você a fim de revigora-lo; pegará firme em suas mãos de modo que não possa soltar a fim de reerguê-lo e o colocar novamente de pé, assim como fez com o profeta, pois o que planejou para ti há de se cumprir.

Juvenal Oliveira

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