As cavernas são
locais que costumam atrair muitas pessoas, principalmente aquelas com um
espírito mais aventureiro. Estes lugares possuem características antagônicas,
ao mesmo tempo em que atraem pela beleza, onde rochas são esculpidas por
centenas de anos, trazem medo e pânico pela pouca luminosidade, umidade,
labirintos, pouca oxigenação e a presença de insetos inconvenientes. A caverna
também pode ter um significado muito mais amplo que a fornecida pelos
dicionários. Ela pode simbolizar um lugar de refúgio, solidão, paralização e
morte. Existiu um homem que experimentou a triste realidade da “caverna”.
Elias foi um profeta
muito ativo durante os reinados de Acabe e Acazias no Reino do Norte (aprox.
875-850 a. C.). Ficou bastante conhecido pelos israelitas, principalmente, pelo
desafio que fez aos 450 profetas de um falso deus chamado Baal no monte Carmelo.
Ele os venceu no momento em que Deus ouviu sua oração e fez descer fogo dos
céus, consumindo o sacrifício no altar. Entretanto, após esta grande vitória foi
ameaçado pela rainha Jezabel e fugiu, pediu a morte e adentrou numa caverna (I
Rs 18 e 19).
Entrar na caverna
para o profeta naquela ocasião tinha um significado profundo. Ele estava
exaurido física e emocionalmente. Às vezes isto acontece também conosco ao
passarmos por momentos de intensas batalhas. Por um breve momento ele perdeu a
sua autoestima, pois já não sabia mais quem ele era; perdeu toda a sua
motivação, como se algo tivesse sugado toda a sua energia; por fim, ele perdeu
a sua visão e direção, já que não sabia mais para onde ir ou o que fazer de sua
vida. Quantas pessoas têm entrado na “caverna”, e estão exatamente assim como
Elias!
Impressionante, o
mesmo Deus que estivera com Elias enquanto tinha forças e vigor, agora vai ao
seu encontro para alimentá-lo, encorajar, renovar as suas forças para que
pudesse concluir o seu ministério. O Eterno não chega ao seu servo prostrado
com um chicote na mão, mas, com a sua mão benevolente estendida, sempre pronta
a erguê-lo novamente. Naquele momento de solidão e de conflitos inimagináveis,
Deus era o único que poderia arrancá-lo daquele lugar sombrio. E, assim, Ele
fez demonstrando a sua fidelidade e amor incondicional. Hoje, este mesmo Deus
continua visitando “cavernas” com o intuito de retirar os seus de lá.
Por isso, quero
afirmar aqui que ninguém está imune de entrar numa “caverna” por mais comunhão
que tenha com o Senhor, devido às circunstâncias difíceis da vida, não
obstante, ela jamais será o seu itinerário final. O grande “Eu Sou” visitará
você a fim de revigora-lo; pegará firme em suas mãos de modo que não possa
soltar a fim de reerguê-lo e o colocar novamente de pé, assim como fez com o
profeta, pois o que planejou para ti há de se cumprir.
Juvenal Oliveira
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