domingo, 31 de maio de 2015

COM ELE VOCÊ ESTARÁ SEMPRE PROTEGIDO



Estava um dia desses indo para a igreja e presenciei uma cena, a qual me chamou a atenção. Três cães atacavam um pequeno gato, enquanto tentava de todas as formas se livrar das investidas deles, até que se viu totalmente indefeso. Suas forças se esvaíram e os cães estavam prontos a concluírem sua emboscada. Não me contive em apenas observar aquela cena. Parei o carro e socorri aquele pobre gato. Os cães diante da minha intervenção se afastaram, e, finalmente, ele conseguiu escapar com vida.

Em muitos momentos das nossas vidas nos sentimos exatamente assim como aquele gatinho, cercados, encurralados, sem saída diante das ameaças dos “cães da vida”. Eles se mostram de variadas formas. Às vezes, na figura de problemas dos mais terríveis, outras, em situações inusitadas e até mesmo através de ataques diretos dos demônios. Aos olhos humanos seria impossível para aquele animal sobreviver diante de uma investida tão hostil e desproporcional, mas, em um dado instante, ouve uma intervenção salvadora e ele escapou.

Nas horas difíceis da vida em que você também vier a se sentir assim, encurralado, prestes a sucumbir, creia que Jesus, o Leão da tribo de Judá, se levantará para te socorrer e proteger. Ele também é chamado de “o bom Pastor”. Aquele que dá a sua vida pelas ovelhas desprotegidas. Por isso, se você andar com Cristo, mal algum conseguirá lhe atingir. Praga alguma chegará a sua tenda.

Juvenal Netto



JESUS E A LEI


Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Mateus 5.17
Em Jesus encontrou a Divindade o seu recipiente e veículo mais perfeito até hoje conhecido; através de Jesus se revelou o eterno “Logos” (verbo) que no princípio estava com Deus e era Deus, do modo mais puro que a humanidade conhece. A pura humanidade de Jesus não contaminou a pura revelação de Deus; em Jesus encontrou o eterno Cristo a sua manifestação mais completa e fiel.
Neste sentido diz o Nazareno: “Eu não vim abolir, mas sim levar a perfeição, a lei e os profetas”.
Infelizmente, andam por aí umas traduções inexatas que dizem “cumprir” em vez de “completar” ou “levar a perfeição”. “Tanto no original grego como na tradução latina da Vulgata está “completa”“ (em grego plerosai, em latim adimplere). Se Jesus tivesse vindo para cumprir a lei antiga, e não para lhe dar perfeição ulterior, não teriam sentido as palavras “foi dito aos antigos”; eu, porém, vos digo; seria ele um dócil discípulo de Moisés, mas não um mestre de perfeição superior.
         O que Jesus acrescenta a lei antiga é a atitude interior, ao passo que a lei antiga se contenta com atos exteriores. A lei de Moisés opera no plano jurídico horizontal, em que operam as nossas leis civis de hoje. Nenhuma autoridade judiciária condena ou absolve um réu em virtude das suas boas ou más intenções internas, mas unicamente em virtude dos seus atos externos. A alçada do magistrado humano é o foro externo, mas para Deus é muito mais importante o foro interno. O pecado não está, propriamente, no ato externo, físico, mas sim na atitude interna, moral.
         Afirma Jesus que homicida não é somente, aquele que, de fato, mata um ser humano, mas também aquele que nutre, ódio em seu coração; adúltero é também aquele que, sem cometer adultério exterior, alimenta em seu coração desejos libidinosos e por isto lança olho cobiçoso a uma mulher.
         Atos são efeitos ou sintomas de uma atitude, que é causa ou raiz. O verdadeiro médico não está precipuamente, interessado em curar os sintomas de uma doença, mas a própria raiz do mal.
         O Cristianismo de Cristo não tem por fim impedir que o homem evite apenas atos maus, ou pratique atos bons, mas sim que crie atitude má.
         Pode alguém fazer o bem sem ser bom, mas ninguém pode ser realmente bom e não fazer o bem.
         Os atos considerados em si mesmos são eticamente neutros, incolores, nem bons nem maus, que lhes confere bondade ou maldade ética é a atitude ou intenção do homem.
         Se Jesus tivesse abolido a lei antiga, que girava, sobretudo em torno de atos teria declarado inúteis os atos externos. Se tivesse apenas cumprido a lei, isto é, executado ao pé da letra aquilo que a lei antiga preceituava, teria declarado suficientes os atos externos.
         Se tivesse abolido a lei antiga, teria sido revolucionário, demolidor; se tivesse apenas cumprido a lei antiga, seria simples tradicionalista conservador. Mas como ao mesmo tempo conservou o que havia de bom na lei antiga e lhe acrescentou um novo elemento bom, é ele um verdadeiro evolucionista no terreno espiritual-moral. Sobre a base do passado e do presente, ergue o Mestre o edifício do futuro. Não basta que pratiquemos atos externamente bons, é necessário que sejamos internamente bons.


JAIRO DE SOUZA

A ARMADURA DE DEUS



Por mais que busquemos a tão almejada "paz", as guerras fazem parte dos grandes palcos descritos pela humanidade ao longo da história. O que muda são as intensidades das batalhas, os motivos e os personagens, que se deslocam pelos diversos continentes. Algo que nos chama a atenção são os momentos finais, quando o exército com maior superioridade precisa consolidar de vez sua vitória, encurralando o inimigo em seu próprio território. Normalmente, esses são os episódios mais dolorosos, nos quais não há lugar para erros, distrações ou medo.

Não temos autoridade bíblica para prever com exatidão o fim dos tempos, apenas sinais descritos por Jesus, como a parábola da figueira, e outros acontecimentos que marcariam os dias de sua volta (Mt 24). É notório que muitos episódios já podem ser vistos atualmente. O Senhor dos Exércitos concluirá seu plano de extinguir de uma vez por todas o mal, tipificado pelo Diabo, seus anjos rebeldes e todos os homens que negarem a Cristo (Jo 3.16-18). Precisamos estar focados, concentrados, vigilantes, equipados e bem treinados para poder vencer. Devemos ter a certeza de que toda a estratégia, os mais profundos segredos e as formas de agir diante dos ataques furiosos do nosso inimigo estão descritos na Bíblia, onde estão as coordenadas para a vitória. O único modo de o Diabo atingir a Deus é derrotar a mim e a você. Ele usará toda a sua perspicácia para isso, pois sabe que jamais terá qualquer chance contra o Eterno. Por isso, não podemos brincar de ser cristãos. Nosso adversário não brinca e está ao nosso derredor, incansavelmente, rugindo como se fosse um leão, buscando uma oportunidade para nos tragar (1Pe 5.8). O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, faz uma síntese sobre o assunto "Batalha Espiritual", utilizando como ilustração a figura de um soldado romano da época (Ef 6.10-20). Baseados nesse texto, observaremos alguns princípios que devem ser examinados cuidadosamente por aqueles que não querem ser surpreendidos.

1º - O apóstolo começa afirmando que toda a nossa força vem do Senhor e que, sem Ele, é simplesmente impossível vencer. Ou seja, devemos reconhecer que só é possível derrotar o inimigo quando estivermos na total dependência de Deus.

2º - É necessário utilizar o discernimento dado pelo Espírito Santo, entendendo que a nossa luta cotidiana não é contra as pessoas, mas contra os espíritos malignos que agem através delas, inclusive na vida dos crentes, se derem lugar a eles.

3º - Precisamos tapar as brechas. Com uma pequena cunha de madeira, é possível abrir espaço para derrubar uma porta. Devemos ter cuidado com as "raposinhas" (Ct 2.15), isto é, com as mentirinhas do cotidiano, com os chamados "pecadinhos de estimação". A única coisa que a Bíblia confere ao Diabo a paternidade é a mentira; por isso, Paulo nos adverte a estarmos sempre utilizando o cinto da verdade.

4º - O nosso parâmetro de justiça será sempre o Senhor, ainda que consideremos uma utopia conseguirmos alcançá-la. Quantos têm fracassado e sucumbido pelo mau testemunho de homens que agem com injustiça devido ao domínio do pecado.

5º - Ter uma atitude egoísta nunca deve ser uma opção. Deus nos chamou para sermos seus instrumentos, propagando o evangelho e não apenas para alcançarmos o céu. No campo de batalha, o bom soldado sempre arriscará sua vida em prol de um companheiro ferido. Estejamos, então, sempre com os pés calçados com o evangelho da paz, prontos a retransmitir a mensagem que recebemos gratuitamente.

6º - Devemos empregar com eficácia a fé, nossa arma de defesa mais poderosa. As circunstâncias dizem: "Você não vai conseguir." O Diabo diz: "Você não é páreo para mim." A nossa fé diz: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fl 4.13); "Porque maior é aquele que está conosco do que aquele que está no mundo" (1Jo 4.4).

7º - Devemos nos apropriar da verdade de que nada será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8.31-39). Os discípulos, certa feita, voltaram de sua missão maravilhados porque, ao nome de Jesus, sinais e maravilhas eram realizados, e até os demônios fugiam. Jesus os adverte, ensinando que o maior motivo da alegria não deveria ser esse, mas o fato de terem os seus nomes escritos no Livro da Vida, ou seja, a garantia da salvação. O mais importante em nós é o espírito, o sopro de vida, e ele estará sempre protegido pelo capacete da salvação.

8º - É imprescindível que estejamos aptos a manejar bem a Palavra de Deus, espada do Espírito (2Tm 2.15). Ela pode ser utilizada tanto para defesa quanto para o ataque. Afinal de contas, o próprio Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja (Mt 16.18). Não preciso, necessariamente, ser um teólogo para ter as credenciais de quem maneja bem a Palavra. Preciso apenas estar disposto a meditar nela diariamente e manter uma vida de oração para estar sensível aos seus ensinamentos, iluminado pelo Espírito Santo (Js 1.7-9). Tão importante quanto manejá-la bem é colocá-la em prática em toda a nossa maneira de viver, para que não corramos o risco de, pregando aos outros, nós mesmos sermos pegos em condenação (1Co 9.27).

Portanto, amados irmãos, estejamos sempre prontos e conscientes do que nos aguarda para não sermos surpreendidos, pois o tempo está próximo (Ap 1.3).

Juvenal Netto



SERÁ QUE VOCÊ DESEJA MESMO “ZOAR”?



Havia, em um passado bem distante, uma cidade cuja transgressão e promiscuidade eram tão grandes que chegaram ao conhecimento do Altíssimo. Ele, o justo juiz, não poderia ficar inerte ou insensível diante de tamanha podridão, talvez algo parecido com o que observamos na sociedade atual. Então, decidiu intervir imediatamente e destruir a cidade de Sodoma com todos os seus habitantes. No entanto, fez isso com muita tristeza, pois a criação é a sua obra-prima. Mas havia ainda um obstáculo: Ele não poderia destruir o justo junto com os ímpios.

Assim, Deus enviou seus mensageiros para alertar apenas uma família — e não era qualquer uma, mas uma com parentesco próximo de seu grande amigo, Abraão. O estado daquela cidade era tão terrível que os homens tentaram abusar sexualmente até mesmo dos anjos enviados pelo Senhor. Porém, Deus tinha um escape, um refúgio, uma solução para Ló e sua família: eles deveriam caminhar para "Zoar". Ali estariam a salvo, livres e totalmente libertos da ira divina.

A cidade de Zoar, para nós hoje, simboliza a Nova Jerusalém, a cidade santa, preparada para todos os salvos, aqueles justificados pelo sangue do Cordeiro. Infelizmente, a mulher de Ló, apesar da grande manifestação do amor do Pai, preferiu "olhar para trás". Como consequência, fracassou e foi transformada em uma estátua de sal. A expressão "olhou para trás", em hebraico, significa literalmente "demorou-se". Para aquela mulher, os desejos e a luxúria de Sodoma foram mais fortes do que o desejo de alcançar a salvação, pois ela "demorou-se" em se decidir.

Hoje, uma grande multidão age como a mulher de Ló, demorando-se em escolher entre os prazeres do mundo — representados pela antiga Sodoma — e a vida eterna. É preciso decidir entre os banquetes transitórios oferecidos pelo mundo e a garantia da vitória, do livramento e da libertação total, simbolizados pelo que a Bíblia chama de céu.

Embora a expressão "livre-arbítrio" não apareça explicitamente nas Escrituras, podemos perceber esse conceito nitidamente. Deus sempre esteve preocupado com sua criação e continua enviando mensageiros. Sua igreja proclama incansavelmente ao mundo que o Senhor não tem prazer na morte de nenhum homem. Assim como a direção dada à família de Ló foi buscar abrigo em Zoar, para nós, no presente, a única saída é buscar aquele que é o caminho, a verdade e a vida: Jesus de Nazaré (Jo 14.6).

Portanto, qual será a nossa decisão? Sodoma ou Zoar (o céu), oferecido gratuitamente por meio do sacrifício vicário de Cristo? A mulher de Ló estava a um passo da vitória, mas preferiu voltar. Para aqueles que já saíram de Sodoma, o conselho é tomar essa mulher como exemplo e não cometer o mesmo erro. Não é tempo de retroceder! "Aquele que lança a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus", disse Jesus (Lc 9.62). Avancemos, então, confiantemente para Zoar!

Juvenal Netto

sexta-feira, 29 de maio de 2015

NADANDO CONTRA A CORRENTEZA



Apesar de nunca ter vivido tal experiência, já ouvi muitos relatos de pessoas que quase perderam suas vidas em um mar ou rio revolto, devido a fortes correntezas. Nadar contra elas é algo extremamente fatigante, até mesmo para os mais exímios nadadores. A única diferença entre um nadador profissional e um principiante ou afogado é o tempo de resistência e a capacidade de não entrar em pânico. Os mais experientes nesse assunto ensinam estratégias, tais como: mudar a direção do nado, procurar um ângulo perpendicular ou desbordar até chegar à terra firme.

Também é possível se deixar levar pelo movimento das águas e ver onde se vai parar, sem um destino definido ou a certeza de que se conseguirá chegar vivo ao fim. Nunca ouvi nadadores, por mais habilitados que sejam, incentivarem alguém a persistir no nado frontal contra a correnteza. Segundo eles, quem insiste nessa tática acabará se cansando e, dependendo da distância a ser percorrida, será vencido pelo cansaço. A tendência é o esgotamento, a fadiga e, por fim, o afogamento.

Para muitas pessoas, a vida se tornou como nadar contra uma grande correnteza, que constantemente tenta arrastá-las para lugares e posições indesejáveis. Quem nunca teve essa sensação de estar lutando contra uma força maior? Empregar muita energia sem conseguir sair do lugar e, pior, ver as forças se esvaírem.

Vivemos em um mundo dominado pela corrupção, onde a ética foi descartada, e os valores morais, no presente século, são considerados ultrapassados. Soma-se a isso a tentativa de banalizar a família tradicional e dar ênfase às relações homoafetivas. O que fazer para vencer todos esses obstáculos?

A homossexualidade sempre existiu, e todos têm conhecimento dessa realidade. No entanto, querer impor essa prática de forma generalizada ultrapassa todos os limites. O pior de tudo é que esse comportamento vai além de nossas fronteiras — é um fenômeno global, com exceção de alguns países conservadores. Quem defende e luta pela manutenção de princípios como ética, honestidade, bons costumes e a família tradicional precisa estar consciente de que enfrentará forte oposição. Um exemplo dessa realidade são os heterossexuais assumidos que defendem a prática homossexual.

Um dos assuntos em pauta atualmente é a homofobia, uma palavra muitas vezes aplicada de forma equivocada, intencional e manipuladora. À luz dos dicionários, "homofóbico" define-se como um agressor físico de pessoas assumidamente homossexuais. No entanto, um indivíduo não pode ser classificado como tal pelo simples fato de se posicionar contra essa prática no campo das ideias. A verdade é que tentam transformar o errado em certo de maneira impositiva e irracional.

Quem nunca enfrentou resistência no ambiente de trabalho? No conceito imposto pela estrutura social, quem sabe mais e tem as melhores ideias são sempre os mais graduados, os chefes, os que estão no comando — ou, em linguagem militar, os que possuem a maior patente. Mas será que esse princípio está correto? Quantas pessoas com grande potencial para progredir e avançar estão paralisadas porque lutam diariamente contra os poderes dessa organização? Quem se atreve a discordar ou questionar é tachado como rebelde, infiel ou até mesmo problemático. Quantos líderes sequer ouvem seus liderados? E, quando o fazem, é apenas para cumprir um protocolo, pois, na verdade, suas decisões já estão tomadas.

No campo da fé, a luta parece ainda mais intensa, pois a dificuldade começa dentro da própria igreja. Muitas pessoas estão estagnadas, mas, quando percebem que alguém está se movimentando para fazer algo, são as primeiras a colocar obstáculos. Com um espírito crítico, tentam desanimá-las com frases como: "Isso já foi feito aqui, mas não deu certo"; "As pessoas deste lugar são de coração duro"; "A igreja tal já tentou isso e falhou"; "Você não está preparado"; "Eu tenho uma ideia melhor". Infelizmente, o Diabo encontra muitos colaboradores para dificultar nossa caminhada, tornando a correnteza ainda mais forte.

No campo jurídico, a situação não é diferente, pois grande parte de seus membros já não é confiável. Basta observar as sentenças e os processos para concluir que tudo depende do poder aquisitivo. Pessoas que praticam os mesmos crimes recebem decisões diferenciadas conforme sua influência. A seu favor, contam com advogados renomados, muitos deles "amigos" de juízes e desembargadores. Você já tentou entrar com uma ação contra instituições federais ou grandes empresas? A dificuldade é imensa.

Essa crise do chamado “petróleo” é apenas a ponta do iceberg, pois o esquema de propina e corrupção está enraizado em quase todos os setores da sociedade. Todos os domingos, há alguém sendo investigado e preso por falcatruas, segundo matérias do Fantástico, transmitidas pela Rede Globo. O sistema corrompeu as camadas mais altas da sociedade. Recentemente, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, pediu aposentadoria, mesmo tendo ainda 10 anos para permanecer no exercício de suas funções. Com certeza, ao tomar essa decisão, ele se sentiu como alguém impossibilitado de lutar contra esse gigante.

No início, falei que existe uma estratégia humana para vencer as correntezas empregando menos energia. No entanto, ao tratar-se das situações corriqueiras da vida, enfrentadas por todos — principalmente pelos cidadãos de bem, obedientes a Deus e à Sua Palavra —, creio que a solução seja um pouco diferente.

Jesus, no Sermão do Monte, afirma que devemos entrar pela porta estreita:

"Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela. Porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mateus 7:13-14).

A porta estreita significa continuar guerreando contra essas forças. Não há atalhos nem desbordamentos. É preciso encarar os desafios com perseverança. A correnteza simboliza o mundo e todo o seu sistema, que tenta, a todo momento, nos fazer desistir.

Portanto, enfrentemos a correnteza com fé, crendo que Jesus de Nazaré nos dará força suficiente para vencermos o cansaço e chegarmos ao porto seguro.

"Não veio sobre nós tentação que não fosse humana, mas fiel é Deus, que não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar; antes, com a tentação, dará também o escape" (1 Coríntios 10:13).

Vale a pena seguir em frente, pois, ao final, nossa vitória será completa.

Juvenal Netto

terça-feira, 26 de maio de 2015

TALVEZ A ESPERANÇA ESTEJA NO “PÓ”

Por muitos anos, acreditei que o orgulho, a altivez de espírito, enfim, a arrogância, fossem características exclusivas dos ricos e poderosos. Com o passar do tempo e já bem mais maduro, cheguei à conclusão de que estava totalmente equivocado. A altivez e a arrogância são características inerentes aos seres humanos, talvez devido à ação danosa do pecado herdado do primeiro homem, independentemente de sua condição social ou financeira. Já tive o privilégio de conhecer e conviver com pessoas que, apesar de serem ricas e influentes na sociedade, demonstravam uma incrível humildade e simplicidade. Do mesmo modo, conheci pessoas pobres, carentes, desprovidas de todos os recursos indispensáveis para se viver com um mínimo de dignidade e, nem por isso, deixaram de ser orgulhosas e prepotentes.

Deus escolheu uma tribo chamada Israel para servir de modelo para os demais povos. Eles foram educados e preparados para influenciar o mundo, mas esse povo tinha, entre tantos outros defeitos, um que enfurecia o Criador. Por diversas vezes, Deus usava os Seus profetas para advertir aquela tribo, e uma das expressões divinas que se tornou recorrente no Antigo Testamento foi: “Este povo é de dura cerviz”, ou seja, de coração endurecido, resistente à mudança. Parecia que suas colunas estavam permanentemente engessadas, impedindo-os de se curvarem, mesmo diante das piores experiências possíveis.

O profeta Jeremias escreveu um livro chamado Lamentações. Esse nome não foi dado por acaso, pois trata-se da narrativa de um povo que sofreu terrivelmente o cativeiro babilônico por aproximadamente 70 anos. Diante do poder do exército inimigo na época, liderado por Nabucodonosor, seria quase impossível para aquela tribo libertar-se da escravidão e voltar a ter uma vida livre e feliz.

Hoje, apesar de o contexto ser totalmente diferente do daquela época, existem multidões sofrendo horrores semelhantes, tais como: miséria em todos os aspectos, desde a social até a conceitual; aprisionamento nas mais variadas formas, seja em um relacionamento problemático, seja no uso indiscriminado de entorpecentes; enfermidades de diversas origens, principalmente as chamadas psicossomáticas, ou seja, doenças da alma. Além disso, há ainda a presunção e a altivez, que fazem com que muitos se recusem a se curvar, acreditando que, sozinhos, poderão vencer as lutas do dia a dia.

O profeta, ao se deparar com a situação daquele povo, começa a descrever seus lamentos, como se tentasse mostrar-lhes que existia uma saída, talvez a única. A verdade é que não havia uma solução mágica, sem esforço ou mudança. Era preciso, antes de tudo, retirar o gesso das costas. Eles precisavam reconhecer seus erros e, ao fazê-lo, curvar-se diante dAquele que poderia transformar suas vidas para sempre: o Senhor do universo.

No versículo 29 do capítulo 3, Jeremias apresenta uma solução simples para o problema daquela tribo, utilizando a seguinte expressão: “Ponha a boca no pó, talvez ainda haja esperança”. Mas o que ele queria dizer com isso?

Em primeiro lugar, aquelas pessoas precisavam reconhecer sua pequenez, impotência, miserabilidade, fragilidade e limitação. Precisavam abandonar a arrogância, a presunção, a autossuficiência e a autoconfiança. Para um homem, pôr a boca no pó significa curvar-se completamente até que seus lábios toquem o solo e sua coluna forme um ângulo convexo. É a imagem da criatura rendendo-se totalmente ao Criador.

Em segundo lugar, Jeremias sugere que, ao fazerem isso, poderia haver esperança. Ou seja, havia uma grande probabilidade de Deus intervir na situação, no problema, na luta, no desafio — enfim, de mudar a história daquele povo. Assim como fez com Israel, dando-lhe uma segunda chance e permitindo que voltassem para sua cidade natal para recomeçarem suas vidas livres da opressão e do cativeiro.

O termo “dura cerviz” aparece na Bíblia cerca de 18 vezes, enquanto a palavra “humilhar” e suas derivações aparecem aproximadamente 69 vezes. Para cada advertência de Deus sobre a condição e a causa do sofrimento de Seu povo, Ele ordena três vezes mais que se humilhem, como condição básica para serem tocados e libertos.

Portanto, se as coisas estão difíceis — para não dizer impossíveis —, sigamos a orientação do profeta Jeremias e curvemo-nos totalmente diante dAquele que tem poder para operar infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós: Cristo Jesus. Pois, à luz da Bíblia, não nos resta outra opção senão essa. (Lc 14.11 e 18.14; Ef 3.20)


Soli Deo Glória

Juvenal M. de Oliveira Netto

NUNCA HOUVE

  • Nunca houve tantos templos religiosos de variados credos e, ao mesmo tempo, tantas pessoas que ainda não conhecem a Deus, pelo menos é o que demonstram pela forma como vivem.

  • Nunca houve tantos escândalos e o surgimento de tantos falsos ensinos ligados à religião, apesar da multiplicação dos cursos de Teologia e do aparecimento de inúmeros teólogos nas diversas ramificações religiosas deste imenso Brasil. Além disso, a quantidade de exemplares da Bíblia, em variadas traduções, comercializados a todo momento aquece o chamado "mercado da fé".

  • Nunca houve tantas pessoas que se apostataram da fé, que não querem mais saber de Deus e da religião, devido às frustrantes e decepcionantes experiências vividas no meio dos chamados “religiosos”.

  • Nunca houve tanto liberalismo entre aqueles que professam sua fé em Cristo, a ponto de não haver mais distinção entre “justos” e “ímpios”. A realidade hoje é que as pessoas não se convertem de fato (no grego, metanoia – mudança de mente e atitudes), mas apenas se filiam a alguma ramificação religiosa e a seguem cegamente, como se ela estivesse acima do próprio Deus.

  • Nunca houve tanta falta de amor, a ponto de os animais serem mais valorizados do que os seres humanos. Por incrível que pareça, no Brasil, é mais fácil alguém ser preso por maltratar um animal do que por cometer um homicídio, apesar de toda a regulamentação jurídica.

  • Nunca houve tanta inércia por parte da comunidade cristã brasileira que, apesar de ter crescido significativamente em comparação com o século passado, não provoca mudanças em nosso país. São como sal dentro do saleiro: não influenciam, não se posicionam, aceitam tudo com a maior naturalidade. Muitos são espectadores assíduos das novelas da Globo, que, na maioria das vezes, abordam temas diabólicos e perniciosos para toda a sociedade, como homossexualidade, adultério e destruição das bases familiares.

  • Nunca houve tantos sinais da volta de Cristo. Ele mesmo disse: “Aprendei, pois, esta parábola da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas.” (Mateus 24:32-33).

Portanto, tudo o que está acontecendo não é sinal de que Deus perdeu o controle da situação, mas a certeza de que tudo já estava previsto e de que a volta de Cristo está cada vez mais próxima. Façamos como as virgens prudentes, que mantiveram suas lamparinas cheias de azeite e prontas para a chegada do Noivo.

MARANATA – Oh, vem, Senhor Jesus!

Soli Deo Glória

Juvenal M. de Oliveira Netto

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A QUEM DEVEMOS ADORAR

           

A primeira coisa a ser observada é o significado da palavra “adoração”. Muitos têm sua própria ideia sobre o que ela significa, mas precisamos definir seu conceito corretamente.

O termo "adoração" geralmente se refere a atos específicos de religiosos direcionados a um ser sobrenatural, podendo ser uma divindade ou até mesmo algo material, como o dinheiro.

No hebraico, a palavra “adoração” significa servir, prostrar-se. Para distinguir o "servir" como ato de adoração do "servir" como um serviço secular comum, notemos o seguinte: o "servir" em adoração envolve dedicação exclusiva, como "servir de corpo e alma", ou seja, a pessoa se devota completamente à sua deidade. Não se trata de um serviço rotineiro, mas sim de uma obediência incondicional.

O brasileiro tem como característica ser místico, religioso por natureza, ou seja, tende a acreditar em tudo. Ele se entrega de corpo e alma à divindade em que crê como a solucionadora de todos os seus problemas. Para expressar bem essa realidade, há um dito popular que fala sobre aqueles que acendem uma vela para “Deus” e outra para o “Diabo”.

O grande dilema não é o fato de o homem adorar, se prostrar ou servir a uma divindade, mas sim se está fazendo isso à pessoa certa, ao Deus verdadeiro.

Por volta do ano 1520 a.C., nasceu um homem chamado Moisés, com uma missão: libertar o povo de Israel, que estava cativo no Egito. Moisés questiona a Deus e pergunta:

“Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? O que lhes direi? Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: ‘EU SOU’ me enviou a vós outros.” (Êxodo 3:13-14)

O “EU SOU” (YAHWEH), o autoexistente, o Eterno, o único Deus Criador dos céus e da terra, este sim deve ser adorado e servido de corpo e alma.

Esse Deus amou o mundo de tal maneira que deu, doou o seu único Filho, Jesus Cristo, para que todo aquele que nele crer não morra (a segunda morte, a morte eterna), mas tenha a vida eterna (Jo 3:16).

Perceba que em nenhum momento me referi ao termo “religião”, pois isso é secundário. Não tem a maior importância se não crermos na Bíblia como a Palavra inerrante de Deus, o manual do Criador, a bússola que nos norteará pelos caminhos mais profundos e eternos.

E por que devemos “adorar” somente a Jesus? Porque Ele exige exclusividade (Is 42:8; Tg 4:4-6; Jo 3:18, 8:32-36, 14:6; Lc 16:13), e a Bíblia diz que Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2:5). Além disso, Ele é o único que pode nos garantir a vitória sobre o nosso maior inimigo: a morte.

A Bíblia declara que, assim como Ele ressuscitou e venceu a morte, todos os que crerem nele também ressuscitarão. Essa é a nossa maior recompensa. Por isso, vale a pena adorá-lo exclusivamente com todo o nosso ser. (1Co 15)

Soli Deo Glória 
Juvenal M. de Oliveira Netto

domingo, 24 de maio de 2015

O GRANDE DESAFIO DE VIVERMOS NO EQUILÍBRIO

      

 O ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos, o local onde vivem e todas as relações que estabelecem entre si e com o meio. Há um equilíbrio fantástico na natureza criada por Deus: tudo está interligado. No entanto, o homem tem interagido com seu habitat de forma danosa e desequilibrada, causando destruição e gerando um dos principais problemas ambientais da atualidade, os quais, segundo grandes cientistas, podem ser irreversíveis.

Na Física, o equilíbrio significa o estado de um corpo que se mantém sobre um apoio sem se inclinar para nenhum dos lados. Isso parece simples e óbvio, mas o homem parece agir mais como um pêndulo, realizando um movimento oscilatório de vaivém: ora em uma extremidade, ora em outra. Contudo, o desejo de Deus para todos nós, em todos os aspectos da vida, é o equilíbrio, demonstrado e ensinado por Ele em toda a sua criação.

Em décadas passadas, vivemos no Brasil o período chamado de "Ditadura Militar", em que se afirmava que éramos cerceados de direitos essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade justa e para a promoção de uma alta qualidade de vida para todos, ou pelo menos para a maioria. Dizia-se que tudo era censurado e reprimido, e isso parecia se refletir até na educação familiar, com pais altamente ríspidos e autoritários, que não conseguiam dialogar com seus filhos e resolviam tudo na base da força.

Clamou-se por mudanças e, hoje, finalmente, saímos das garras daquela ditadura que parecia cruel. Mas será mesmo? Tínhamos tudo para melhorar, crescer, sair do subdesenvolvimento e alcançar patamares mais altos. No entanto, optamos por avançar demais, indo para o extremo oposto: o neoliberalismo. Atualmente, o que se define como democracia, na verdade, não seria uma anarquia? Onde não há limites, onde não se pode dizer "não" a um filho, onde não há respeito nem o cumprimento de regras e normas?

Tornamo-nos uma terra sem lei, onde traficantes ostentam seus fuzis livremente à luz do dia, enquanto as autoridades policiais, impotentes, sentem-se engolidas por um sistema altamente falido. Enquanto isso, os cidadãos de bem vivem enclausurados em suas próprias residências, dependendo cada vez mais de equipamentos de segurança para garantir sua sobrevivência.

No mundo competitivo e consumista em que vivemos, outro desafio é manter o equilíbrio em relação à nossa vida financeira. Como viver sem avareza, sem ser dominado pelo dinheiro e, ao mesmo tempo, sem agir de forma irresponsável nos gastos? Como evitar o consumismo compulsivo? Muitos administram suas finanças de forma desequilibrada e pagam um alto preço por isso. Mas esse não é o desejo do Pai para nós. Seu desejo é que sejamos mordomos equilibrados (Sl 62:10b; Pv 30:8; Mt 6:24).

Poderíamos escrever centenas de páginas sobre o equilíbrio nas diversas áreas da vida—profissional, sentimental, emocional—mas quero finalizar abordando a questão do equilíbrio na vida espiritual.

Para isso, é necessário fazer subdivisões, dada a abrangência e a importância do tema.

1. Equilíbrio entre conhecimento bíblico e devoção

Podemos identificar dois grupos extremistas nas diversas ramificações cristãs:

  • O primeiro grupo afirma que os milagres cessaram e que eram apenas para o passado, a fim de identificar Jesus como Deus. Para defender essa tese, mergulham na "letra" e se preocupam excessivamente com a teoria e o conhecimento. Usam palavras rebuscadas para impressionar seus ouvintes, desprezam reuniões de oração e vigílias, e não insistem na oração buscando milagres.
  • O segundo grupo, igualmente extremista, desdenha do conhecimento bíblico aprofundado e coloca ênfase excessiva na profecia, em subidas ao monte, revelações e sinais.

Quem está certo? Nenhum dos dois!

Jesus repreendeu severamente os religiosos da época—escribas e fariseus—afirmando que estavam errados porque não conheciam as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22:29).

Precisamos conhecer a Bíblia para não sermos enganados por falsos profetas, pois ela é a única profecia selada (Gl 1:8; Ap 22:18-19). Mas também não podemos ignorar a importância da oração. O próprio Jesus nos incentiva a insistir na oração, como demonstrado na parábola do juiz iníquo (Lc 18:1-14). Afinal, "a letra mata, mas o Espírito vivifica" (2Co 3:6).

2. Equilíbrio entre ministério e família

Outro erro comum é o extremismo na obra ministerial. Há pessoas que, no afã de realizar a "Obra do Senhor", acabam perdendo seus próprios familiares. De que adianta ganhar muitas almas para Deus e perder sua própria família para o Diabo? Isso acontece porque seguem um caminho extremo.

Além disso, nem tudo o que se chama "Obra do Senhor" de fato o é. Para alguns, o ministério não passa de uma simples terapia ocupacional. Prova disso é que, apesar de gastarem energia em diversas tarefas, não vemos frutos que testifiquem a verdadeira Obra de Deus.

Por outro lado, há aqueles que negligenciam completamente seu chamado em nome de uma dedicação exagerada à família. Eles sabem que lidam com vidas e têm uma grande responsabilidade, mas a ignoram, como um médico que faz o juramento de salvar vidas e, depois de um tempo, passa a exercer sua profissão sem o menor compromisso.

Qual é o desejo de Deus?

Que estipulemos nossas prioridades sem negligenciar nenhuma delas. O chamado ministerial deve ser vivido de forma equilibrada.

3. Equilíbrio entre fé e razão

Há aqueles que espiritualizam tudo, colocando qualquer situação na conta de Deus ou do Diabo. Vivem como extraterrestres, distantes da realidade, acreditando em todos os modismos religiosos sem verificar sua autenticidade na Bíblia. Para eles, tudo precisa ter uma explicação sobrenatural e são facilmente enganados por falsos profetas, pois se deixam levar pela emoção.

Em contrapartida, há os que desprezam completamente o mundo espiritual. Vivem como se o céu fosse aqui na Terra, focam apenas no presente e debocham da batalha espiritual, avaliando tudo apenas pela razão.

Precisamos encontrar o meio-termo entre fé e razão. Deus exige santidade, mas não nos tira do convívio com aqueles que vivem em trevas. Precisamos discernir entre enfermidades comuns e aquelas de origem espiritual.

Paulo escreveu a Timóteo:
"Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, amor e de moderação (equilíbrio)" (2Tm 1:7).

O desejo de Deus para nossas vidas, em todas as áreas, é que vivamos de forma equilibrada. Para isso, precisamos do Espírito Santo agindo e reinando em nós, a fim de que nosso pêndulo fique travado ao centro, longe dos extremos. Dessa forma, experimentaremos uma vida equilibrada no centro da vontade de Deus.


Soli Deo Glória 

Juvenal M. de Oliveira Netto

APRESENTAÇÃO DA ORQUESTRA NA 57ª ASSEMBLÉIA DA CONVENÇÃO BATISTA LITORÂNEA1


APRESENTAÇÃO DA ORQUESTRA NA 57ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CONVENÇÃO BATISTA LITORÂNEA


sexta-feira, 22 de maio de 2015

CRISTÃO OU RELIGIOSO?




Para muitos, as palavras acima descritas são sinônimas. No entanto, ao serem analisadas mais profundamente, percebe-se que são apenas parecidas:

1º O religioso segue e obedece cegamente a um líder terreno, enquanto o cristão, mesmo compreendendo e acatando os princípios de autoridade eclesiástica, tem Cristo como sua maior referência, procurando imitá-lo em tudo.

2º O religioso é ritualista e está apenas preocupado em seguir os dogmas impostos pela comunidade eclesiástica. Já o cristão é sensível à voz do seu Mestre e entende que obedecer a Cristo é melhor do que fazer sacrifícios tolos, como afirmam as Escrituras (1Sm 15:22).

3º O religioso estará sempre preocupado com sua reputação diante dos homens. Jesus os chama de "sepulcros caiados", belos por fora, mas cujo interior exala mau cheiro (Mt 23:27). O cristão, por outro lado, busca ter um coração puro e testemunhar de Cristo a todo momento.

4º O religioso procura conhecer profundamente a Lei e ensiná-la aos outros, mas o cristão busca guardá-la no coração e ensiná-la com seu exemplo de vida (Sl 119:11).

5º O religioso pratica boas obras para tentar garantir sua entrada no céu, enquanto o cristão as realiza porque aprendeu com o Mestre que deve amar ao próximo como a si mesmo. Suas boas obras são um reflexo da sua fé em Cristo e têm como consequência a salvação de sua alma (Ef 2:8-10).

6º O religioso impressiona os homens por meio de um comportamento exteriorizado, mas o cristão toca o coração do Pai com expressões que brotam da alma, muitas vezes invisíveis aos olhos humanos (1Sm 16:7).

7º O religioso acredita estar em um patamar mais elevado em relação àqueles que não cumprem seus rituais, sentindo-se merecedor das bênçãos de Deus (Lc 18:10-14). O cristão entende que foi alcançado pela misericórdia do Senhor e dela depende a cada momento de sua vida.

Os religiosos da época foram severamente advertidos por Jesus por seu comportamento e suas atitudes. Ele chegou a dizer que, se nossa justiça não excedesse em muito a dos escribas e fariseus, de maneira nenhuma entraríamos no Reino dos Céus (Mt 5:20).

Portanto, a quem queremos imitar? O proceder daqueles religiosos ou o exemplo de Cristo?

Soli Deo Glória.

Juvenal M. de Oliveira Netto