sexta-feira, 11 de agosto de 2023

REFÚGIO: A ÚNICA CIDADE SEGURA

 


O Calcanhar de Aquiles dos habitantes das grandes cidades brasileiras chama-se violência urbana. Um problema que tira a paz das famílias e afeta a qualidade de vida de milhares de pessoas. Por esse motivo existe um êxodo gigantesco; gente de todas as classes sociais fugindo dos conflitos, os quais se aproximam cada vez mais de suas residências. A grande questão é: onde encontrar um local seguro?

O povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito e conduzido a Canaã, uma terra altamente produtiva, a qual poderia oferecer grandes possibilidades de recomeço a uma população que vinha sofrendo há tanto tempo. Nesse período, Israel era formado por doze tribos, sendo essa terra repartida entre onze delas. Deus tinha uma missão exclusiva para a tribo de Levi. Foi ela a responsável pela espiritualidade dos israelitas. Manter esse povo fiel às leis e aos mandamentos entregues a Moisés era um grande desafio. Para tanto, receberam 48 cidades posicionadas estrategicamente de forma a alcançar toda a área ocupada (Nm 35.7). As leis eram bem rígidas para uma nação que seria um protótipo para o mundo (Dt 19.21). No entanto, apesar de toda severidade, havia um público que ficaria desprotegido. A Bíblia os chama de “homicidas involuntários”, o que seria chamado hoje de culposo, ou seja, onde não há a intenção de matar. Os levitas receberam mais uma atribuição, dentre as cidades supramencionadas, deveriam separar seis delas, as quais seriam utilizadas como cidades de refúgio (Nm 35.9-15). Como naquela época não existiam tribunais, nem juízes, aqueles que porventura viessem a cometer um crime de forma “involuntária”, estariam sujeitos a vinganças por parte dos parentes das vítimas, algo que poderia redundar em um grande banho de sangue inocente. Essas pessoas eram colocadas nesses locais e lá permaneciam até que fossem julgadas por uma comissão de anciãos formada por integrantes de cada tribo. Somente poderiam sair dali após a morte do sumo sacerdote. Para elas o único local seguro era permanecer nos limites territoriais dessas localidades.

As cidades de refúgio, alegoricamente, apontam para Cristo. Quando uma pessoa tem um encontro com ele, permanece pecador, entretanto, agora “involuntário”, assim como aqueles homicidas do Antigo Testamento. Para esse pecador a sua segurança não está mais em um lugar, mas, exclusivamente na pessoa de Jesus (Jo 5.24, 10.27-30). Ministrando a uma multidão ele disse para seus ouvintes não temerem aqueles que matam apenas o corpo, mas, ao que tem poder para, além de matar, lançar suas almas no inferno (Lc 12.4,5).

À vista disso, eis a oportunidade para todos os que andam temerosos e aflitos. Infelizmente, não encontraremos nenhum lugar cem por cento seguro nesse mundo. Se você ainda não teve uma experiência com Cristo, isto é, peca sem peso na consciência, hoje é o dia para tomar essa decisão e encontrar descanso, mesmo em meio as incertezas desse mundo tão cruel. Caso já tenha optado por isso, lembre-se de que sua segurança está condicionada a permanecer sob a proteção de Cristo, porque fora dele não há salvação (Mt 11.28-30; Lc 11.21,22; At 4.12; Hb 2.1-3).

Juvenal Netto

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