sexta-feira, 25 de junho de 2021

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XXV

 


O que dizer diante do testemunho de alguém que teme ao verdadeiro Deus; que possui o hábito de jejuar e orar constantemente e ainda demonstra amor pelo próximo através de ofertas voluntárias? Espiritualmente falando, pela ótica humana, essa pessoa seria um religioso exemplar, afinal, está cumprindo os mandamentos basilares da fé.  A história de Cornélio nos revelará uma realidade diferente, apontando o caminho para alcançarmos uma espiritualidade plena, capaz de transcender as normas prescritas pelos mortais e que atenda aos fundamentos instituídos pelo criador.

Cornélio era um oficial do exército romano da corte chamada Italiana estabelecida em Cesaréia (At 10.1). Mesmo não sendo judeu, adorava ao Deus de Israel e demonstrava ser um homem muito piedoso e fervoroso em sua fé.  Certo dia, durante o seu momento de oração, por volta das três horas da tarde, teve uma visão. Um anjo lhe apareceu confirmando que suas orações, bem como seus atos de benevolência, chegaram até a presença do Altíssimo. Entretanto, precisava conversar com um homem chamado Simão Pedro que lhe daria instruções acerca do que deveria fazer para alcançar a salvação de sua alma, ou seja, o simples fato de suas orações serem ouvidas não significava, necessariamente, que não houvesse atitudes a serem mudadas em sua vida. A reação de Cornélio confirmou o temor que possuía, pois, imediatamente, mandou alguns de seus servos irem ao encontro de Pedro. Depois de quatro dias, o apóstolo Pedro chega em sua casa acompanhado por outros discípulos. Cornélio reúne toda sua família e servos, conta a Pedro sobre sua visão e diz estarem todos prontos para ouvirem o que o Eterno reservara para eles. Pedro ministra a mensagem do evangelho falando a respeito da obra redentora de Cristo. Testemunhou sobre a missão do Filho de Deus o qual foi preso, açoitado e pregado numa cruz, tendo ressuscitado ao terceiro dia como havia preanunciado. Venceu a morte e foi constituído pelo Pai como Juiz de vivos e mortos.  Ressaltou que a partir de então, Jesus passou a ser o único mediador entre Deus e o homem e que somente nEle há remissão de pecados mediante a fé (At 10.41-42). Lucas, o autor do livro de Atos dos Apóstolos, afirma que nesse momento, o Espírito Santo veio de forma sobrenatural sobre as pessoas que pertenciam à casa de Cornélio, testificando que elas haviam se rendido a Cristo. Cornélio foi o primeiro gentio a se tornar cristão, sendo batizado com os demais presentes os quais optaram por imitá-lo em sua decisão. Esse encontro do centurião com o Senhor tem muito a nos ensinar.

Cornélio não queria ser apenas um religioso aprisionado a dogmas ou a mandamentos de homens, mas, estava disposto a fazer qualquer coisa que pudesse aproximá-lo mais do Senhor. Existem indivíduos que vivem exatamente como esse centurião, oram, jejuam e até fazem caridade, no entanto, ainda lhes falta um encontro com Jesus.

Outras pessoas condicionaram sua fé ao surgimento de um anjo para mostrar-lhes o caminho a ser seguido. No entanto, quem foi designado para anunciar as boas novas do evangelho a Cornélio não foi o anjo, mas, Pedro, ou seja, essa missão foi outorgada, exclusivamente, a igreja de Cristo. Hoje, além dos propagadores do evangelho, temos as Sagradas Escrituras que foram seladas, algo que Cornélio não possuía no seu tempo. A Bíblia descreve todo o plano da salvação estabelecido por Yahweh para a humanidade.  Mostra ao homem o que deve fazer para ter os seus pecados perdoados e como manter uma vida de comunhão plena com Deus.

Logo, baseados na experiência vivida pelo centurião Cornélio chegamos à conclusão que a única e verdadeira religião converge para Cristo, pois, ele mesmo afirmou insistentemente que ninguém conseguiria chegar até Deus a não ser por seu intermédio (Jo 14.6).

Juvenal Netto


4 comentários:

  1. Amém meu irmão. Louvado seja o Senhor por sua vida. Que Deus continue te usando poderosamente como instrumento dEle na produção desses textos abençoados e de uma boa literatura.

    ResponderExcluir
  2. Um forte abraço meu nobre amigo. Deus abençoe ricamente!

    ResponderExcluir