segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XIV

 


O ano de 2020 ficará marcado na história pelo surgimento de uma pandemia que abalou as estruturas de todos os habitantes deste planeta. O que parecia exclusividade de cenas de filmes de terror, se tornou realidade diante da perplexidade, medo e incertezas, vividos pelas grandes massas. Quanta gente não foi atingida ao ponto de entrar em desespero! Nessas horas, a tendência natural do ser humano é buscar socorro em algum lugar ou pessoa, mas, nem sempre ele conseguirá uma resposta profícua como foi o caso de um homem que estava com o seu filho muito doente (Mc 9.14-29).

Marcos descreve o dilema vivido por um pai cujo filho, único, era constantemente assolado por um espírito maligno o qual o lançava no chão, fazendo-o espumar e ranger os dentes. De acordo com o relato do próprio pai, ele chegava a se lançar no fogo e na água, ou seja, sua vida era colocada em risco usualmente. Um problema crônico que trazia dor e sofrimento tanto para o garoto, como também para toda a família, ao vê-lo daquela forma. Acredita-se que pela frequência desses ataques e pelo tempo convivendo com esses inconvenientes, pois a origem se deu ainda na sua infância, os seus pais já deviam ter batido em muitas portas à procura de ajuda. Dessa vez esse homem resolveu procurar os discípulos de Jesus na esperança de que pudessem curá-lo, afinal de contas a fama de milagres operados pelo seu Mestre se propagavam por toda aquela região. O resultado foi decepcionante tendo em vista que apesar de todo o aprendizado e a experiência adquirida não foi suficiente para expulsarem o espírito que oprimia mais uma vez o menino. Jesus chega no local e se depara com um tremendo alvoroço causado principalmente pelo fracasso dos seus discípulos em meio a questionamentos por parte dos escribas. O pai do menino se aproxima de Jesus e conta de forma detalhada o que se passava com o seu filho e como tentara mais uma vez libertá-lo, procurando os seus discípulos. Ele foi muito franco ao dizer que depois de inúmeras tentativas fracassadas, sua fé havia se esvaído e chega a usar um termo que incomodou sobremaneira o Mestre: “—... se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos (Mc 9.22b).” Jesus lhes disse: “Se podes! Tudo é possível ao que crê (Mc 9.23).” Repreendeu aquele espírito surdo-mudo e libertou o menino para sempre.

Muitas pessoas fracassam quando buscam a solução para o seu transtorno na pessoa errada. Outros até sabem onde buscar, mas, se sentem indignas e optam por um possível intermediário, utilizando um atalho assim como fez aquele pai. Deus abomina o pecado, não obstante, o seu amor pelo pecador é incondicional e ele estará sempre com os seus ouvidos atentos ao seu clamor (Is 1.18, 59.1). Na carta aos Hebreus, o autor afirma que todo aquele que se aproxima do Senhor deve crer que ele existe e não apenas isso, mas, que se torna premiador daqueles que o buscam (Hb 11.6). A outra lição que aprendemos com esse encontro é que devemos ser sempre sinceros. Ele confessou sua incredulidade. É como se quisesse dizer para Jesus que se dependesse do tamanho de sua fé, exclusivamente, retornaria para casa com o seu filho enfermo e apela para a sua misericórdia. Ele conseguiu tocar o coração do Mestre e foi vitorioso! Quem sabe não experimentemos também um milagre como esse?

Juvenal Netto

4 comentários:

  1. É verdade meu irmão. Que Deus continue te abençoando e te usando para escrever textos abençoadores

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  2. Se Cristo vos libertar, verdadeiramente sereis livres

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