sexta-feira, 17 de abril de 2020

A KRIPTONITA DO HOMEM


Numa situação de guerra, se você quiser vencer o inimigo, uma das primeiras coisas a fazer é conhecer as suas vulnerabilidades. A humanidade tem enfrentado ao longo dos séculos uma infinidade de conflitos, dos quais já foram vitimadas milhares e milhares de pessoas.  Além desses, existe ainda um ainda mais danoso, permanente e invisível, que acontece sem que as pessoas se apercebam. São seres espirituais já sentenciados ao inferno, os quais tem um único propósito que é o de levar o máximo de pessoas com eles para esse lugar.
Desde o Éden, quando Eva e Adão pecaram, uma enorme brecha foi aberta, mantida e transmitida para todas as gerações futuras. A humanidade se tornou frágil, suscetível a toda sorte de males. Temos dificuldade em fazer o bem, como Paulo disse com muita propriedade (Rm 7.19). Somos inclinados a todo o tipo de comportamentos negativos, talvez, seja por isso a necessidade de haver tantas leis regulamentares e disciplinares em todas as sociedades.
Os nossos inimigos são seres espirituais, poderosos e evoluídos. Sabem como nos atingir pelo simples fato de nos conhecerem muito bem. Eles estão conscientes dos pontos mais frágeis que cada um possui. Fazendo aqui uma ilustração, até mesmo o grande super-homem que parecia imbatível. Voava, tinha visão além do alcance e etc., possuía uma fragilidade. Ainda nessa linha de raciocínio, qual seria a kriptonita dos humanos? Ou seja, quais seriam os seus pontos mais expostos?
Diria que dois aspectos se destacam dentre as inúmeras fraquezas existentes nas pessoas, de maneira indistinta. O apego ao dinheiro e, consequentemente, a tudo o que ele pode oferecer, e o encanto pelo poder. Por esses dois atrativos já tive a amarga experiência de ver coisas inacreditáveis. Familiares que se desentenderam e nunca mais foram os mesmos, e, em alguns casos, chegaram até a cometer homicídio, pela disputa da herança. Casais que se agridem e se separam sem ao menos pensarem no destino de seus filhos; vivem como se fossem adversários e não parceiros, numa disputa constante, onde só existem perdedores. As melhores e mais admiráveis amizades já foram desfeitas por esses arqui-inimigos.  Alguns são capazes de negar a própria fé, mesmo conscientes de todas as consequências futuras. Uma vez ouvi certa pessoa afirmar o seguinte: “não pergunte a alguém se ela será capaz de se corromper, e sim qual será o seu preço?”. Confesso que já fiquei tentado em crer nessa afirmativa! Pelo poder e pelo dinheiro as pessoas são capazes de trair, mentir, subornar, enganar, difamar, maltratar, negar a fé e até mesmo matar. Poder e dinheiro, essas são as duas iscas mais utilizadas pelos demônios, pois sabem que muitos sucumbirão diante de tamanha tentação.
À vista disso, vem a seguinte pergunta: o que fazer para não cair nessa cilada sagaz? Diria que a vigilância constante e a dependência total de Deus (Mt 26.41). O apóstolo Paulo nos dá uma dica quando diz o seguinte:
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gl 2.20) 

Juvenal Netto



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