quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

QUANTO VALE A NOSSA INTENÇÃO




Certo homem tinha dois filhos e chegando ao primeiro disse: ­ – ­Filho vá hoje trabalhar na minha plantação de uvas. E este respondeu: – Não quero! Mas, depois mudou de ideia e foi. O pai chegou até o outro filho e disse a mesma coisa.  Ele respondeu: – Sim senhor! Mas, não foi. Qual dos dois filhos fez a vontade do seu pai?
Esta ilustração foi utilizada por Jesus para esclarecer alguns religiosos de sua época sobre a necessidade de transformar meras intenções em ações (Mt 21. 28-32). Enfatizou que não basta apenas falar sobre o que se deve fazer, mas, demonstrar fazendo; não basta apenas ter o conhecimento acerca do que Deus quer de nós, mas, estarmos dispostos a obedecê-lo. Os escribas e fariseus eram rigorosíssimos com as pessoas sobre as práticas da lei judaica e demonstravam ter muito conhecimento sobre ela, no entanto, não foram capazes de perceber a chegada do filho de Deus. Ao invés disto o rejeitaram e inflamaram as pessoas contra Ele.
Quantas vezes nossas mentes são preenchidas por pensamentos piedosos. Pensamos sobre a necessidade de realizarmos visitas nos hospitais ou nos presídios; ajudarmos um amigo que se encontra em apuros; distribuirmos alimentos aos mais necessitados ou ainda, pensamos em parar de beber, fumar ou fazer qualquer outra coisa danosa a nossa alma. Pensar algo que vá trazer benefícios ao próximo e a nós mesmos é fantástico! A Bíblia diz: “... tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” (Fl 4.8). Às vezes, só pelo fato de possuirmos boas intenções, vem sobre nós certo sentimento narcisista. Chegamos a achar que somos bons apenas por termos a intenção de fazermos alguma coisa boa. Quem nunca utilizou, ainda que apenas no pensamento, a célebre frase: – Oh Senhor tu sabes o quanto eu gostaria de realizar tal coisa, mas... Até parece que conseguiremos convencer a Deus pelas nossas tão generosas intenções e que Ele vai nos entender por não termos colocado em prática tudo aquilo que almejamos fazer!
Os dois filhos da história tiveram intenções diferentes, mas o que contou mesmo foi o resultado final e não o projeto inicial. Portanto, chegamos à conclusão de que uma boa intenção sem ação, não tem valor algum. Não serve para nada.  Provavelmente, o inferno será inaugurado por inúmeras pessoas muito bem intencionadas. Como por exemplo, o caso do rei Agripa que confessou ter ficado a um passo de se converter ao cristianismo após ter ouvido uma exposição detalhada e eloquente do evangelho através do apóstolo Paulo (At 26.28). Mas, preferiu pagar para ver ao continuar negando ao Salvador.
Então, não tenha a intenção de fazer, faça; não tenha a intenção de ser uma bênção, decida ser a partir de hoje; não tenha a intenção de mudar, mude; não tenha a intenção de um dia se render a Cristo, mas, se entregue hoje mesmo a Ele. Jesus falou para aqueles religiosos que muitas prostitutas teriam precedência sobre eles no reino dos céus pelo simples fato de haverem crido nEle e se arrependido de seus pecados.

Juvenal Oliveira

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