O
apóstolo Paulo sempre esteve preocupado com a saúde espiritual da igreja, o que
redundaria em um crescimento saudável. Ele não se contentava apenas em pregar o
evangelho e abrir uma nova igreja, mas, em fazer discípulos de Cristo. Antes de
prosseguir é necessário esclarecer que quando falamos em igreja não estamos nos
referindo meramente a edifícios, construções ou templos e sim a pessoas.
Baseado
em um trecho da carta de Paulo a igreja de Éfeso, serão extraídos aqui alguns
princípios, fundamentais para o crescimento da comunidade cristã (Ef 4. 5 -
5.2). O primeiro princípio é não haver
lugar nesta comunidade para a falsidade. Todos devem sempre falar a verdade,
tendo a consciência de que mentir não é apenas narrar algo que não aconteceu,
mas, deixar de ser sincero. A dissimulação destrói qualquer organismo e é um
dos grandes problemas nos relacionamentos cristãos.
O
segundo princípio é o de buscar incessantemente o amadurecimento e o domínio
próprio. Estamos sujeitos a nos irar o tempo todo, como humanos falíveis que
somos, não obstante, não podemos permitir que esta ira se estenda e venha a se
transformar em rancor. O cristão maduro resolve o seu problema diretamente com
a pessoa ofendida/ofensora e não com terceiros, sendo humilde para reconhecer o
seu erro e pedir perdão. O conselho do apóstolo é não permitir que a ira venha
a se transformar em pecado.
O
terceiro princípio é manter a vigilância sempre. A falta de vigilância pode tornar
ineficazes horas de oração. É por isto que o Mestre nos adverte sobre a
importância não apenas de orarmos, mas, a de vigiarmos sempre, para não cairmos
em tentação, dando lugar ao diabo (Mt 26.41). Muitas comunidades têm sofrido
pela ação dos demônios, que agem muitas vezes em nossa falta de vigilância. Dar
lugar ao diabo significa deixa-lo ocupar um lugar que é seu; ser influenciado a
tomar uma decisão que é totalmente sua. Na coletividade, basta uma pessoa dar
lugar ao inimigo para que todos estejam sujeitos a serem atingidos juntos.
O
quarto princípio é buscar apenas o que é seu por direito. No meio cristão não
pode haver inveja ou ciúmes, pois cada um recebeu pelo menos um talento da
parte de Deus para ser cultivado e gerar muitos frutos. Ao invés de ficarmos
atentos ao que o outro está fazendo, devemos, ao invés disto, estarmos focados
em cumprir o nosso chamado específico (Mt 25.15).
O
quinto princípio é possuir lábios que edificam. Tiago nos alerta quanto ao
perigo da língua e diz que duma mesma fonte não pode jorrar água doce e salobra
(Tg 3.12). Uma igreja triunfante é composta por pessoas que utilizam os seus
lábios sempre para trazer edificação para as pessoas que estão a sua volta,
independente do lugar onde estejam.
O
sexto princípio é não abrir mão da plena comunhão com o Espírito Santo. Não
basta possuir o Espírito, mas, é preciso ser cheio dEle (Ef. 5.18). O Espírito
Santo é uma pessoa e como tal, pode se entristecer com as nossas atitudes. O
cristão que é cheio do Espírito Santo jamais dá trabalho para os seus líderes,
pelo contrário, vive trabalhando e glorificando o nome de Cristo.
O
sétimo e último princípio é procurar ser um imitador de Cristo sempre. Uma
igreja triunfante não é aquela composta por pessoas perfeitas, mas, composta
por “pequenos cristos”, ou seja, pessoas que, apesar de serem falhas, jamais
verão o pecado com naturalidade; seguirão firmes, buscando a santidade e com o
seu olhar focado no alvo, que é o próprio Cristo.
Juvenal Oliveira
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