domingo, 2 de setembro de 2018

UMA IGREJA RELEVANTE PARA UM TEMPO OPORTUNO



É muito triste vermos o êxodo que está ocorrendo na Venezuela, e, diferente da Síria, não é por causa da guerra, mas por um regime opressor que tem levado o país a um estado profundo de miséria, apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Diariamente milhares deles tentam escapar de sua terra natal, cruzando a fronteira rumo a países vizinhos na esperança de sobreviverem como um dos instintos primários de todos os seres humanos. É bom que nós brasileiros acompanhemos com muita atenção o que está acontecendo neste país vizinho, em especial a igreja, que recebeu uma missão importantíssima por parte do Criador para fazer a diferença onde quer que ela esteja inserida. Existem pelo menos quatro atitudes que esta igreja deve observar a fim de que possa ter êxito nesta missão que lhe fora outorgada pelo próprio Deus (At 1.8).
A primeira atitude de uma igreja relevante é a de exercer o seu sacerdócio com excelência, ou seja, interceder diuturnamente pela sua nação e governantes (Ap 1.6; 1Pe 2.9). Um povo que acredite que todo o poder emana não do próprio povo, muito menos de líderes terrenos e sim de Deus. O Eterno transformou no passado um grande rei conquistador e temido por todos os homens em um ser medíocre que passou a comer capim e a pastar como um animal, como foi o caso do rei Nabucodonosor, para demonstrar quem é que manda de forma absoluta (Dn 4.33). Por outro lado ser um intercessor e crer que Deus pode tudo não significa que a sua missão seja apenas esta, simplesmente orar e deitar no berço esplêndido do comodismo como muitos fazem. Esta é apenas a principal delas (IICr 7.14; ITm 2.2).
A segunda atitude de uma igreja relevante é a de testemunhar acerca do poder transformador do evangelho de Cristo. A Bíblia trás uma série de conceitos éticos e morais que servem para nortear o comportamento humano de forma abrangente. A igreja deve demonstrar sua fidelidade a estes ensinamentos na prática, vivendo de acordo com eles e demonstrando para o mundo como deve ser o proceder do homem a fim de que possa obedecer a Deus e, consequentemente, vir a experimentar a melhor forma de viver sobre esta terra. Diante de uma sociedade confusa e distante do Senhor, que menospreza conceitos comportamentais básicos sobre a ideologia de gênero, o aborto, a corrupção, a importância da família, o respeito às leis e as autoridades, etc., a igreja tem por dever se posicionar, vivendo de maneira tal que traga luz a este mundo em trevas (Mt. 5.13-16; At 2.42-47; Rm 1.16). 
A terceira atitude de uma igreja relevante é a de expor oralmente a vontade de Deus para as pessoas, pregando o evangelho de Cristo até que Ele volte (II Tm 3.16). Como foi afirmado no parágrafo anterior sobre a importância das pessoas observarem os ensinamentos de Deus através da Bíblia, cabe à igreja ensinar não apenas sobre o plano da salvação, mas, todo o seu desejo para que uma sociedade seja saudável (ITm. 1.9-11). Princípios ensinados pelo próprio Cristo, principalmente, quanto ao amor ao próximo, devem ser ensinados amplamente. Apenas este, não desprezando os demais, já servirá como base para se estabelecer uma linha mestra de conduta social. Quem ama o seu próximo não fará nada que lhe possa trazer algum tipo de prejuízo; não roubará; não trará danos, como por exemplo, o caso da corrupção generalizada que ceifa milhares de vidas, através do desvio de dinheiro público que poderia ser empregado na área da saúde; não colocará uma ideologia acima do valor que cada ser humano possui. Uma igreja relevante é aquela que interage proativamente em sua sociedade, lhe mostrando o caminho a ser seguido (Mt. 22.36-40).
Por fim, a quarta e última atitude de uma igreja relevante é a daquela que cumpre os seus deveres legais (Mt. 22.21). Enquanto ela está na terra, deve seguir e cumprir as leis dos homens, com a única exceção para aquelas que venham de encontro aos mandamentos divinos. A igreja foi presenteada com o dom do discernimento e da inteligência para coibir democraticamente, através do seu voto, que homens maus assumam o poder e venham a criar leis que afastem ainda mais as pessoas do Pai. E, ainda, não apenas votando, mas, usando este discernimento para influenciar outras pessoas, ajudando-as a enxergar a malícia que muitas vezes está por detrás das capas daqueles que querem o poder meramente pelo poder, para continuarem a usurpar os direitos das pessoas (Pv. 29.2). Que estes milhões de cristãos espalhados por todo este território seja relevante para o nosso país num momento tão importante como este. Os cristãos podem e devem fazer a diferença neste amado solo brasileiro.

Juvenal Oliveira 

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