É muito triste vermos
o êxodo que está ocorrendo na Venezuela, e, diferente da Síria, não é por causa
da guerra, mas por um regime opressor que tem levado o país a um estado
profundo de miséria, apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do
mundo. Diariamente milhares deles tentam escapar de sua terra natal, cruzando a
fronteira rumo a países vizinhos na esperança de sobreviverem como um dos
instintos primários de todos os seres humanos. É bom que nós brasileiros
acompanhemos com muita atenção o que está acontecendo neste país vizinho, em
especial a igreja, que recebeu uma missão importantíssima por parte do Criador
para fazer a diferença onde quer que ela esteja inserida. Existem pelo menos
quatro atitudes que esta igreja deve observar a fim de que possa ter êxito
nesta missão que lhe fora outorgada pelo próprio Deus (At 1.8).
A primeira atitude de
uma igreja relevante é a de exercer o seu sacerdócio com excelência, ou seja,
interceder diuturnamente pela sua nação e governantes (Ap 1.6; 1Pe 2.9). Um
povo que acredite que todo o poder emana não do próprio povo, muito menos de
líderes terrenos e sim de Deus. O Eterno transformou no passado um grande rei
conquistador e temido por todos os homens em um ser medíocre que passou a comer
capim e a pastar como um animal, como foi o caso do rei Nabucodonosor, para
demonstrar quem é que manda de forma absoluta (Dn 4.33). Por outro lado ser um
intercessor e crer que Deus pode tudo não significa que a sua missão seja
apenas esta, simplesmente orar e deitar no berço esplêndido do comodismo como
muitos fazem. Esta é apenas a principal delas (IICr 7.14; ITm 2.2).
A segunda atitude de
uma igreja relevante é a de testemunhar acerca do poder transformador do
evangelho de Cristo. A Bíblia trás uma série de conceitos éticos e morais que
servem para nortear o comportamento humano de forma abrangente. A igreja deve
demonstrar sua fidelidade a estes ensinamentos na prática, vivendo de acordo com eles e demonstrando para o mundo como deve ser o proceder do homem a fim de que
possa obedecer a Deus e, consequentemente, vir a experimentar a melhor forma de
viver sobre esta terra. Diante de uma sociedade confusa e distante do Senhor,
que menospreza conceitos comportamentais básicos sobre a ideologia de gênero, o
aborto, a corrupção, a importância da família, o respeito às leis e as autoridades,
etc., a igreja tem por dever se posicionar, vivendo de maneira tal que traga
luz a este mundo em trevas (Mt. 5.13-16; At 2.42-47; Rm 1.16).
A terceira atitude de
uma igreja relevante é a de expor oralmente a vontade de Deus para as pessoas,
pregando o evangelho de Cristo até que Ele volte (II Tm 3.16). Como foi
afirmado no parágrafo anterior sobre a importância das pessoas observarem os
ensinamentos de Deus através da Bíblia, cabe à igreja ensinar não apenas sobre
o plano da salvação, mas, todo o seu desejo para que uma sociedade seja
saudável (ITm. 1.9-11). Princípios ensinados pelo próprio Cristo,
principalmente, quanto ao amor ao próximo, devem ser ensinados amplamente.
Apenas este, não desprezando os demais, já servirá como base para se estabelecer
uma linha mestra de conduta social. Quem ama o seu próximo não fará nada que
lhe possa trazer algum tipo de prejuízo; não roubará; não trará danos, como por
exemplo, o caso da corrupção generalizada que ceifa milhares de vidas, através
do desvio de dinheiro público que poderia ser empregado na área da saúde; não colocará uma ideologia acima do valor que cada ser humano possui.
Uma igreja relevante é aquela que interage proativamente em sua sociedade, lhe
mostrando o caminho a ser seguido (Mt. 22.36-40).
Por fim, a quarta e
última atitude de uma igreja relevante é a daquela que cumpre os seus deveres
legais (Mt. 22.21). Enquanto ela está na terra, deve seguir e cumprir as leis
dos homens, com a única exceção para aquelas que venham de encontro aos
mandamentos divinos. A igreja foi presenteada com o dom do discernimento e da
inteligência para coibir democraticamente, através do seu voto, que homens maus
assumam o poder e venham a criar leis que afastem ainda mais as pessoas do Pai.
E, ainda, não apenas votando, mas, usando este discernimento para influenciar
outras pessoas, ajudando-as a enxergar a malícia que muitas vezes está por detrás
das capas daqueles que querem o poder meramente pelo poder, para continuarem a
usurpar os direitos das pessoas (Pv. 29.2). Que estes milhões de cristãos
espalhados por todo este território seja relevante para o nosso país num
momento tão importante como este. Os cristãos podem e devem fazer a diferença
neste amado solo brasileiro.
Juvenal Oliveira
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