domingo, 16 de setembro de 2018

A ALTERNÂNCIA DE PODER É FUNDAMENTAL PARA A DEMOCRACIA



Às vezes costumamos fazer uso constante de determinada palavra e só temos uma vaga ideia sobre ela e para desenvolver o tema aqui proposto se faz necessário que compreendamos o real significado da palavra “democracia”. Ela se caracteriza por um regime político em que o povo é que governa, elegendo periodicamente representantes dentro de suas propostas para o desenvolvimento e a criação de leis com o intuito de abranger as condições sociais, econômicas e culturais de um determinado grupo de pessoas.
A democracia fica ameaçada quando algum grupo político permanece muito tempo no poder, pois ele pode viciar todo o sistema, criando leis que lhes favoreça; venham a utilizar a máquina pública em seu favor, aparelhando o Estado, usando o erário público em benefício próprio, tornando as eleições subsequentes desiguais. Lembrando que para que este regime funcione plenamente todos os candidatos, a qualquer cargo que seja, deve competir sem privilégio algum.
A eleição recente de Donald Trump, do Partido Republicano, nos Estados Unidos, apesar de toda a perseguição da mídia, se deu pela conscientização política de um povo culturalmente bem mais evoluído que o nosso. O país vinha sendo governado por Barack Obama, do Partido Democrata, há oito anos consecutivos e eles perceberam que a democracia estava correndo risco. Precisavam eleger alguém que representasse uma oposição ao atual partido no poder. E foi justamente o que eles fizeram ignorando as diversas tentativas de manipulação da mídia.
            A democracia no Brasil está na UTI, dentre tantos fatores, o principal deles é que o país vem sendo governado há décadas consecutivas pelo mesmo grupo político. Diferente dos Estados Unidos, que possuem apenas dois partidos, declaradamente opostos em ideias entre si, no Brasil existem mais de trinta partidos políticos. Este número exagerado de partidos, além de dificultar a governabilidade do presidente, trazer gastos astronômicos para os cofres públicos, ainda confunde a cabeça do povo. Não fica muito claro quem é situação ou oposição. A última eleição, por exemplo, dois candidatos de partidos diferentes disputaram o segundo turno das eleições, Dilma do PT e Aécio Neves, do PSDB, não obstante, faziam parte do mesmo grupo político que já vinha se mantendo no poder. Era uma oposição de mentirinha para enganar o povo. Prova desta tese foi quando a podridão da operação Lava Jato veio à tona, revelando que as mesmas empreiteiras financiavam ambas as campanhas e que os dois partidos estavam envolvidos nos esquemas de corrupção. Um grupo de partidos que se uniu para enganar o povo, se perpetuar no poder e sugar, até a última gota, todas as nossas riquezas.
A realidade política hoje é a seguinte: De um lado um grupo de partidos socialistas moderados unidos, que se auto-intitula “centrão” e alguns partidos socialistas mais extremados, ambos representando o atual governo e que está no poder a 23 anos. Do outro lado, como oposição autêntica ao atual grupo político, está Jair Messias Bolsonaro, do PSL, considerado de extrema direita e outros partidos nanicos que se dizem de direita. A tendência natural das coisas é que se Bolsonaro não ganhar as eleições no 1º turno, terá que enfrentar praticamente sozinho, todos os seus adversários juntos no 2º turno. Que façamos como os americanos, ignorando a mídia e os institutos de pesquisas tendenciosos e fraudulentos e votemos então pela saúde de nossa democracia, alternando o poder neste país.

Juvenal Oliveira

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