Um homem saiu a passear com seu filho disposto a
lhe demonstrar, na prática, mais uma de suas preciosas lições de vida. Se
aproximaram de um grande penhasco e aquele pai desafiou o menino a empurrar uma
grande rocha ladeira abaixo. O garoto muito obediente partiu em direção a
pedra, se esforçou por alguns minutos, mas, retornou cabisbaixo devido ao seu
evidente fracasso. O pai insistiu o encorajando a usar toda a sua força. Pela
terceira vez ele volta, com o semblante caído diz ser uma tarefa impossível,
tendo em vista a sua fragilidade física. O pai chamou o seu filho e ambos se dirigiram
até a pedra. Ele disse ao menino: — Filho, você não usou toda a sua força; não
compreendeu ainda que eu sou toda a sua força? Juntos, eles finalmente moveram
a pedra do penhasco.
Não tem como não se emocionar ao ouvir o
testemunho sobre o encontro de Bartimeu. Marcos nos conta que Jesus estava
saindo da cidade de Jericó acompanhado, como sempre, por uma grande multidão.
Na beira do caminho havia um homem cego que mendigava. Ao ouvir que Jesus
passava por ali, começou a gritar: — Jesus, filho de Davi, tem compaixão de
mim! As pessoas o repreendiam e pediam para que ficasse quieto, mas, ele gritava
ainda mais alto. O seu clamor chegou aos ouvidos do Mestre fazendo-o parar. Ele
pede para que o trouxessem. Assim o fizeram e Jesus restabeleceu a sua visão
(Mc 10.46-52).
Bartimeu sabia que Jesus estava saindo da sua
cidade e imaginou que essa poderia ser a sua última oportunidade. Ele não a
desperdiçou. Um grande equívoco que muita gente comete é o de subestimar as
oportunidades, acreditando sempre que outras surgirão. Na verdade, por mais
inteligente, rico e bem informado que uma pessoa possa ser, jamais poderá
prever o que irá acontecer nos próximos minutos de sua vida. É exatamente por
isso que o Senhor nos adverte a busca-lo enquanto se pode achar e invoca-lo
enquanto está perto, pois, chegará o momento em que todas as portas se fecharão
(Is 55.6).
Para obter o seu milagre aquele cego entendia que
necessitaria atrair sobremaneira a atenção de Jesus. Ele empenhou todas as suas
energias e soltou a voz com todo ímpeto. Para ele naquele momento nada mais
importava a não ser obter a cura para a sua enfermidade e solucionar todos os
seus problemas. Em meio a muitas vozes, naquele instante, a sua sobressaiu
sobre as demais, chegando ao ponto de fazer o Mestre parar. Engana-se quem
pensa que essa experiência vivida por Bartimeu é algo exclusivo. Jesus continua
com os seus ouvidos atentos ao clamor daquele que possui um coração contrito; que
decidiu busca-lo com todas as suas energias.
Isso posto, diante do seu pedido de socorro, tendo
como inspiração as mesmas atitudes desse cego, pela fé, quero encorajá-lo,
repetindo a mesma frase utilizada pelos discípulos de Jesus: “Tem bom ânimo;
levanta-te, o Mestre te chama” (Mc 10.49). Lembre-se, você ainda não usou toda
a sua força!
Juvenal Netto
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