sábado, 16 de janeiro de 2021

ENCONTROS NOTÁVEIS – SÉRIE XV

 


Como é gratificante quando alguém percebe sua necessidade e age a seu favor de maneira voluntária antes mesmo que venha lhe solicitar ajuda, não é mesmo? Essa atitude proativa se torna ainda mais relevante quando se trata de algo que mudará por completo o seu futuro. Foi exatamente isso que aconteceu com uma mulher religiosa segundo o relato de Lucas (Lc 13.10-17).

Em tempo de pandemia, infelizmente, tem sido observado um expressivo grupo de pessoas que vem perdendo o hábito de ir ao templo, substituindo essa reunião tão solene pelas transmissões via internet. Entretanto, desde que a igreja cumpra rigorosamente os protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades competentes e você não possua nenhuma comorbidade ou esteja na faixa etária de alto risco, pode-se chegar a conclusão que estará mais seguro ali do que em inúmeros outros lugares públicos, como, por exemplo, supermercados, lojas e filas de Banco. Os judeus sempre zelaram por manter o costume de se reunirem para adoração, leitura e estudo das Escrituras. Jesus pregava em todos os lugares, mas, diversas vezes utilizou a sinagoga para cumprir esse propósito. Numa dessas ocasiões, enquanto ensinava, ele se depara com uma mulher enferma a qual vinha sofrendo há dezoito anos com um espírito de enfermidade que a deixava encurvada. O Mestre a convida, impõe-lhe as mãos e a cura daquele terrível mal. O evangelho de Lucas não fornece maiores detalhes acerca dessa pessoa, no entanto, é possível supor que ela tivesse o hábito de ir frequentemente à sinagoga. Já imaginaram se ela fosse vencida pelo desânimo e deixasse de congregar? Provavelmente, ela estaria sentenciada a morrer enferma.

Algumas pessoas podem defender a tese de que o templo é apenas uma construção como outra qualquer e, ainda, argumentarem que Deus não é preso, limitado a essa edificação, pois, é onipresente, ou seja, está em todos os lugares simultaneamente. Elas não estão erradas ao manterem essa linha de raciocínio, não obstante, quando um grupo de pessoas decide se reunir voluntariamente num local específico para prestar um culto a Deus, esse lugar ganha uma nova conotação. No ajuntamento de crentes há encorajamento, despertamento, apoio mútuo, renovo espiritual, comunhão e desenvolvimento dos dons e talentos (At 2.42). A igreja primitiva possuía esse hábito de se reunir constantemente para oração e estudo das Escrituras (At 2.46). O autor da carta aos Hebreus também chama a atenção de alguns cristãos que estavam deixando de congregar, enfatizando que tal prática deve ser intensificada proporcionalmente a medida que os últimos dias se aproximam (Hb 10.25).

Dessa forma, ressaltamos que todos devem zelar pela saúde espiritual de vossas vidas através de seus momentos devocionais diários, mas, além disso, devem se reunir constantemente com outros cristãos para adorar a Deus, assim como fazia aquela mulher anônima e foi beneficiada por Jesus. O salmista afirmou que um dia nos seus átrios, vale mais do que mil (Sl 84.10).

Juvenal Netto

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