domingo, 15 de dezembro de 2019

UM APELO EMOCIONANTE A DEUS


As maiores oportunidades não surgirão na vida com frequência, pelo contrário, elas costumam aparecer e desaparecer numa fração de segundos. Elas podem abranger quaisquer áreas da vida. Por isso todos devem estar muito atentos; de olhos bem abertos para agir na hora certa e com muita sabedoria e discernimento.
Havia um homem chamado Bartimeu que era cego de nascença e por isto mendigava diariamente a entrada da cidade de Jericó (Mc 10. 46-52). Certo dia ele ouviu um som de muitas vozes e deve ter perguntado o que estaria acontecendo por ali. Ao ouvir que era Jesus de Nazaré passando, logo começou a gritar. Aquele homem era cego, mas conseguiu enxergar algo que muita gente sã não consegue; pessoas que são capazes de acreditar até em papai Noel, mas, não creem no Filho de Deus. Ao chamar Jesus de “Filho de Davi”, um título messiânico, aquele homem estava reconhecendo a sua divindade. Ele percebeu que era Deus quem estava passando e sabia que aquela poderia ser a sua única oportunidade para alcançar a sua bênção. Apesar dos obstáculos que se apresentaram na forma de pessoas insistindo para que ele se calasse, pois estaria incomodando o Mestre, mais alto ele gritava. Muita gente perde a oportunidade porque desiste diante da primeira barreira. As maiores vitórias são conquistadas através de intensos combates.
Os gritos daquele cego chamam a atenção de Jesus porque ele apela para duas características da sua natureza divina, a compaixão e a misericórdia. Bartimeu ao proferir a frase “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim”, ele estava afirmando para o Mestre que somente Ele era capaz de sentir a sua dor; capaz de compreender a fundo a extensão de todo o seu sofrimento. Pura verdade, só Deus é capaz de sentir a nossa dor e se compadecer de nós (Sl 103.13). Novamente ele grita: – Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim! A palavra misericórdia na Bíblia tem um sentido espetacular que transcende as definições dos dicionários. É como se alguém que estivesse condenado à morte por ter cometido diversos crimes, fosse absolvido pelo juiz, contrariando a lei sem qualquer atenuante. Bartimeu queria dizer o seguinte para Jesus: – Não me trate segundo as minhas imperfeições, falhas e delitos, Senhor. Eu reconheço que não sou merecedor. Jamais eu e você receberemos alguma coisa da parte de Deus por causa dos nossos méritos. Não é pelas nossas qualidades, mas, apesar de nossos erros.
Aquelas palavras vieram como uma flecha no peito do Nazareno. Ele reage. Podia até ter enviado um mensageiro a fim de saber o que aquele cego queria, mas, resolveu voltar e ir pessoalmente até ele. Diante de nossas necessidades, Ele quer tratar direto conosco e não através de intermediários (ITm 2.5). Ele, como Deus onisciente sabia o que aquele homem precisava, mas fez questão de lhe perguntar e aproveitar a oportunidade para estreitar o seu relacionamento com ele. Deus quer ouvir de nossos próprios lábios o que nos inquieta a fim de poder se aproximar também de nós. – Eu quero ver Senhor. Foram as palavras do cego. A sua resposta foi surpreendente. – Vai, a tua fé te salvou. Disse Jesus.
Portanto, amados leitores que essa experiência vivida por Bartimeu possa nos encorajar a fazer o mesmo diante das adversidades da vida. O que eu e você precisamos é apenas acreditarmos que Jesus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que viermos a lhe pedir (Ef 3.20). Bartimeu pediu a cura para sua cegueira e Jesus fez a obra por completo curando corpo, alma e espírito. Como consequência desse ato de amor, ele decide voluntariamente lhe seguir. 

Juvenal Oliveira

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