quarta-feira, 24 de julho de 2019

JORNALISMO MILITANTE


A nossa tão jovem democracia está vivendo um momento muito delicado. Saímos de um ciclo ideológico que durou aproximadamente duas décadas e que nos deixou marcas profundas. O sistema educacional foi avaliado recentemente e ocupamos as últimas colocações no ranking em relação ao resto do mundo. Conseguiram deixar a maior e mais rentável empresa estatal, a Petrobrás, em estado de quase falência. Experimentamos níveis de corrupção nunca antes vistos, chegando a ser considerado um dos maiores da história da humanidade. Esta corrupção generalizada que teve origem no topo da pirâmide influenciou todas as camadas mais inferiores, provocando o caos social; as facções criminosas se organizaram e se fortaleceram; os fuzis, que são armas de guerra, passaram a ser usados com a maior naturalidade pelas ruas e vielas em meio às multidões de transeuntes, com o aval e proteção dos integrantes dos chamados “direitos humanos”; explosões de caixas eletrônicos e roubos de carga de fazerem inveja aos maiores produtores de filmes americanos. Crianças expostas à erotização com a desculpa esfarrapada de uma suposta liberdade de expressão artística. E muitos outros dados de fazer qualquer cidadão de bem deste país chorar de tanta tristeza.
Quando o país finalmente acorda e resolve mudar, elegendo um candidato de oposição. Fazendo aqui um parêntese, há muito tempo que o país não sabia o que era oposição de verdade, pois todos os partidos se uniram para enriquecerem à custa dos trabalhadores brasileiros, ou seja, a oposição era somente para “inglês” ver. PSDB, PT, PDT, PMDB e CIA, todos juntos no mesmo esquema de corrupção. Bendita Lava Jato! Agora, surgem grupos poderosos tentando minar o governo diariamente a qualquer custo. Dentre eles estão os jornalistas, alguns freelancers e outros a serviço de grandes emissoras de rádio e televisão, como a Rede Globo, a BAND, a rádio CBN e muitas outras. Desrespeitando a vontade do povo que elegeu o seu presidente democraticamente.
A função básica de um jornalista é informar, relatar fatos, comunicar. Isto tudo com muita seriedade e responsabilidade, não abrindo mão, em hipótese alguma, da verdade. Mas, infelizmente, não é isto que temos visto atualmente em nosso país. O que temos observado são jornalistas militantes que querem forçar uma barra o tempo todo em cima de uma informação, transformando muitas vezes fatos reais em “fake news”. Recentemente, fiquei perplexo com o Datena, até então, muito conceituado pelo seu posicionamento firme contra as coisas erradas; fazendo o papel de um repórter altamente crítico. Simplesmente, ele tentou colocar em dúvida os procedimentos utilizados pelo então juiz federal Sérgio Moro na operação lava jato, baseados em vazamentos duvidosos e ilegais realizados por hackers contratados pelos bandidos do colarinho branco a valores bilionários. Espera aí, a decisão do juiz Sergio Moro foi confirmada pelas instâncias superiores. Quer dizer então que todas as Instituições como Ministério Público, Polícia Federal e vários integrantes do Poder Judiciário estão agindo fora da lei? É isso mesmo? Que país é este? Que forçação de barra é esta!?
O que torna a situação ainda mais preocupante é que esta classe de “profissionais” exerce um poder de influência gigantesca em todo o país. Eles conseguem esconder notícias relevantes; enfatizar algumas de pouca importância e manipular a sua maneira tantas outras, conseguindo mudar o sentido das coisas, isto é, transformam fatos positivos em negativos, pois lhes acrescentam os seus pensamentos e posicionamentos ideológicos, seja por pura ideologia ou por outros interesses como dinheiro, status, manutenção do emprego, poder, etc.
Assim sendo, conclamamos esta estimada classe que retorne urgentemente as suas origens e que separem o joio do trigo. Todos os jornalistas precisam decidir se querem ser fiéis as suas profissões ou se querem ser militantes, caso venham a optar pela última, devem abandonar o “título” de jornalista e terem a coragem de assumirem a sua postura de um mero idealista ou militante, sem a menor preocupação em expor a verdade dos fatos de modo imparcial. E, viva as redes sociais!!! Senão, seria muito pior. A eleição já terminou. É hora de nos unirmos por um Brasil melhor, independentemente de nossas ideologias.

Juvenal Oliveira Netto

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