quinta-feira, 15 de agosto de 2019

TODO VASO UM DIA PRECISARÁ SER RESTAURADO


Quase todas as substâncias existentes na natureza sofrem algum tipo de deterioração com o passar do tempo. O ferro enferruja, a madeira apodrece, a tinta perde a sua cor, a prata escurece e até o bronze perde o seu brilho com a formação do azinhavre. Os vasos de barro depois de alguns anos de uso também perdem algumas de suas propriedades, principalmente pela ação da umidade e já não são tão belos conforme no inicio. São vários os agentes responsáveis por todo este dano.
Muitas vezes Deus usa através de sua Palavra, que é a Bíblia, exemplos práticos e corriqueiros para nos trazer algum tipo de ensinamento. No livro do profeta Jeremias, o homem é comparado a um vaso de barro, com características frágeis, mas, que foi formado exatamente como planejado pelo oleiro; pelo manusear de suas habilidosas e soberanas mãos. Este oleiro genial capaz de criar todo o universo, que alguns o chamam de Elohim, agora resolve dar o seu toque final, o homem passa a ser a sua verdadeira obra prima.
Infelizmente, esta magnífica criação também está suscetível à deterioração. A única diferença está nos agentes causadores. São inúmeras as pessoas que perderam a sua originalidade; não são mais as mesmas de algum tempo atrás; perderam o seu brilho, o seu primeiro amor, a sua alegria e já não “encantam” mais. Neste mundo que jaz no maligno, todos nós somos expostos diuturnamente a influências danosas; ações violentas e homicídios o tempo todo num verdadeiro culto ao ódio, muitas vezes sem causa alguma; indiferença àqueles que estão vivendo na miséria; atritos nos relacionamentos, onde as mágoas e os ressentimentos se enraízam nos corações ao ponto de criar-lhe uma película de pedra; apatia, indiferença a tudo e a todos, principalmente, em relação à espiritualidade, onde a religião se tornou tão atraente que acabou tomando o lugar do próprio Deus, aí, quando a ficha cai, percebemos o quanto estamos distantes dEle.
O profeta Jeremias narra que a Palavra do Senhor veio a ele, mas, com uma condicionante: “Dispõe-te e desce a casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.” (Jr 18.2). Quando percebemos que estamos como a um vaso quebrado ou apenas deteriorado pelas inúmeras ações deste mundo cruel, a primeira atitude a ser tomada é a de se dispor e buscar a mudança, a restauração ou até mesmo a cura, isto é, tomar a iniciativa, neste caso, em direção àquele que pode realizar todas as coisas, o grande “Oleiro” do universo. Outra atitude a ser tomada é a de “descer”, que significa se humilhar; se colocar na posição de servo; reconhecer a sua insignificância; se despir de toda a altivez e prepotência; se entregar por inteiro aquele que lhe criou. Jeremias é levado a uma visão de um vaso sendo construído que, por algum motivo, se quebra nas mãos do oleiro. O oleiro em posse daquela matéria recomeça a sua obra e refaz aquele vaso, agora perfeito, bonito, atraente, pronto para ser usado.
Desta forma, o Senhor ensina ao profeta: “Não poderei Eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?” (Jr 18.6a). Quem sabe você neste momento não esteja se sentindo como a um vaso quebrado, inútil, imperceptível, abandonado, sem qualquer serventia. Os agentes, que os chamamos de problemas, lhe causaram males terríveis que você não sabe mais como resolvê-los. Jesus, o Oleiro dos oleiros, tem a fórmula do seu DNA nas mãos e pode lhe restaurar por inteiro. Creia nisso!
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11.25).

Juvenal Oliveira Netto

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