Quase todas as substâncias existentes na
natureza sofrem algum tipo de deterioração com o passar do tempo. O ferro
enferruja, a madeira apodrece, a tinta perde a sua cor, a prata escurece e até
o bronze perde o seu brilho com a formação do azinhavre. Os vasos de barro
depois de alguns anos de uso também perdem algumas de suas propriedades,
principalmente pela ação da umidade e já não são tão belos conforme no inicio.
São vários os agentes responsáveis por todo este dano.
Muitas vezes Deus usa através de sua Palavra,
que é a Bíblia, exemplos práticos e corriqueiros para nos trazer algum tipo de
ensinamento. No livro do profeta Jeremias, o homem é comparado a um vaso de
barro, com características frágeis, mas, que foi formado exatamente como
planejado pelo oleiro; pelo manusear de suas habilidosas e soberanas mãos. Este
oleiro genial capaz de criar todo o universo, que alguns o chamam de Elohim, agora
resolve dar o seu toque final, o homem passa a ser a sua verdadeira obra prima.
Infelizmente, esta magnífica criação também está
suscetível à deterioração. A única diferença está nos agentes causadores. São
inúmeras as pessoas que perderam a sua originalidade; não são mais as mesmas de
algum tempo atrás; perderam o seu brilho, o seu primeiro amor, a sua alegria e
já não “encantam” mais. Neste mundo que jaz no maligno, todos nós somos expostos
diuturnamente a influências danosas; ações violentas e homicídios o tempo todo num
verdadeiro culto ao ódio, muitas vezes sem causa alguma; indiferença àqueles que
estão vivendo na miséria; atritos nos relacionamentos, onde as mágoas e os ressentimentos
se enraízam nos corações ao ponto de criar-lhe uma película de pedra; apatia,
indiferença a tudo e a todos, principalmente, em relação à espiritualidade,
onde a religião se tornou tão atraente que acabou tomando o lugar do próprio
Deus, aí, quando a ficha cai, percebemos o quanto estamos distantes dEle.
O profeta Jeremias narra que a Palavra do Senhor
veio a ele, mas, com uma condicionante: “Dispõe-te e desce a casa do oleiro, e
lá ouvirás as minhas palavras.” (Jr 18.2). Quando percebemos que estamos como a
um vaso quebrado ou apenas deteriorado pelas inúmeras ações deste mundo cruel,
a primeira atitude a ser tomada é a de se dispor e buscar a mudança, a
restauração ou até mesmo a cura, isto é, tomar a iniciativa, neste caso, em
direção àquele que pode realizar todas as coisas, o grande “Oleiro” do universo.
Outra atitude a ser tomada é a de “descer”, que significa se humilhar; se
colocar na posição de servo; reconhecer a sua insignificância; se despir de
toda a altivez e prepotência; se entregar por inteiro aquele que lhe criou.
Jeremias é levado a uma visão de um vaso sendo construído que, por algum
motivo, se quebra nas mãos do oleiro. O oleiro em posse daquela matéria
recomeça a sua obra e refaz aquele vaso, agora perfeito, bonito, atraente, pronto
para ser usado.
Desta forma, o Senhor ensina ao profeta: “Não
poderei Eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?” (Jr 18.6a).
Quem sabe você neste momento não esteja se sentindo como a um vaso quebrado,
inútil, imperceptível, abandonado, sem qualquer serventia. Os agentes, que os
chamamos de problemas, lhe causaram males terríveis que você não sabe mais como
resolvê-los. Jesus, o Oleiro dos oleiros, tem a fórmula do seu DNA nas mãos e
pode lhe restaurar por inteiro. Creia nisso!
“Disse-lhe Jesus: Eu
sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;”
(Jo 11.25).
Juvenal Oliveira Netto
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