Uma das maiores estratégias de satanás,
pelo menos no Brasil, não é impedir que alguém tenha algum tipo de contato com o
evangelho ou com a igreja, mas, torna-lo improdutivo dentro dela. São milhares
de pessoas frequentando assiduamente os inúmeros templos espalhados por este
imenso país, no entanto, apenas um pequeno percentual está disposto a servir de
verdade; a empreender todas as suas forças por aquele que entregou a sua vida
por nós.
Jesus conta uma parábola sobre alguém que saiu a
semear. As primeiras caíram à beira do caminho e os pássaros a comeram antes
que pudessem germinar. Outro tanto caiu entre as pedras e por haver pouca
terra, nasceram, mas, logo vieram a morrer, pois não criaram raízes. Uma
terceira parte caiu entre os espinhos, nasceram e cresceram, entretanto, foram
sufocadas e não chegaram a frutificar. A quarta e ultima parte caiu em terra
fértil e produziu muito fruto.
O Mestre explica o significado desta parábola
para os seus discípulos. Ele afirma que a semente é a palavra de Deus. A que caiu
a beira do caminho é aquele que a ouve, mas vem o diabo e coloca dúvidas no seu
coração, impedindo que venha a crer e a ser salvo. A que caiu no meio das
pedras é aquele que a ouve, mas, não é capaz de criar raízes, logo se desvia
por qualquer motivo. A que foi lançada por entre os espinhos é aquele que a
ouviu e creu, mas, o cuidado com o mundo e as riquezas o impediu que se
tornasse frutífero (Lc 8. 4-15).
Existe um número expressivo de pessoas que estão
dentro das igrejas que se assemelham a esta terceira categoria de sementes.
Pessoas que ao ouvirem falar de Jesus e do seu plano para salvar o homem, logo vieram
a crer e se entregaram a Ele. Começaram a caminhar para o templo super
empolgados. Depois de algum tempo continuam crendo em Jesus; continuam
frequentando as reuniões; continuam cumprindo alguns ritos impostos pela
religião. Mas, se tornaram meros figurantes; comparecem não para adorar, mas,
apenas para assistirem ao culto e “bater cartão”. São contados como membros e
fazem parte das estatísticas religiosas reformadas, não obstante, não se doam e
nem se disponibilizam para fazerem algo para o reino de Deus. Pessoas cujos
frutos não chegam a amadurecer. Diferente das sementes anteriores, esta chega a
germinar e a crescer, mas, há um obstáculo para que venha a dar fruto, os
espinhos. Jesus afirma que estes espinhos nada mais são do que uma preocupação
exacerbada com as coisas deste mundo como, relacionamentos, emprego, diversões,
riquezas, etc., como se o reino prometido por Ele fosse aqui na terra.
Uma coisa é certa, enquanto há vida, também há
esperança. Esperança de permitirmos que estes espinheiros sejam arrancados a
fim de que possamos produzir muito fruto, senão, acontecerá exatamente como Jesus
disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e
siga-me. Porquanto quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a
vida por minha causa achá-la-á.” (Mt 16.24-25).
Juvenal Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário