domingo, 17 de fevereiro de 2019

EVANGÉLICOS NÃO PRATICANTES?!!





O Brasil possui a maior população católica do mundo, segundo pesquisa realizada em 2010, pelo Pew Research Center, um centro de pesquisa com sede em Washington. Acredita-se que esta realidade foi fruto do trabalho intenso realizado por missionários portugueses desde a chegada deles aqui por volta do ano de 1500. Não querendo desmerecer, em hipótese alguma, a influência exercida pelos católicos no Brasil, mas, um dado importante deve ser levado em consideração ao se realizar um senso como este. Existe um grande percentual de pessoas que afirmam pertencer à igreja católica, talvez por vergonha de assumirem que não seguem a nenhuma religião, não obstante, comparecem esporadicamente aos templos e pouco sabem sobre a sua religião e doutrina. Estes se auto denominam “católicos não praticantes”. Este termo até bem pouco tempo atrás era exclusividade deles. Todo aquele que afirmava ser um cristão protestante, já estava implícito que era praticante.
Nas últimas décadas houve um crescimento exorbitante das igrejas protestantes no país, surgindo também uma nova forma de denomina-las. Hoje, apesar das incontáveis ramificações, nomes e doutrinas, normalmente elas são intituladas como “evangélicas”. Só fazendo um parêntese, muitas delas não poderiam ser consideradas como tal pelas divergências teológicas proeminentes que apresentam. Toda esta expressão numérica mexeu com a cultura e até mesmo com o linguajar dos brasileiros, que, até então, eram influenciados somente pelos católicos. Em meio a esta explosão numérica, surge também uma nova categoria de “cristãos”, os evangélicos não praticantes. É isto mesmo, parece mentira, mas, é verdade! Pessoas que, ao serem questionadas sobre qual seria a sua religião, respondem que são “evangélicas”, mesmo sem estarem comprometidas com qualquer que seja a denominação religiosa. Daí advém a seguinte pergunta: É possível alguém ser um evangélico não praticante?
        A intenção aqui não é entrar no mérito da soteriologia, a doutrina da salvação, pois, isto é muito peculiar, exemplo disto é a experiência de um dos ladrões crucificados com Jesus que recebera a redenção nos seus últimos instantes de vida (Lc 23.43). Mas, é, no mínimo, intrigante ver uma pessoa afirmar ser uma seguidora de Cristo, entretanto, sem ter compromisso algum com Ele e com a sua noiva, a igreja. Se esta falta de prática se resumisse apenas a frequência nos cultos, algo, que também por si só já é bem questionável, mas, normalmente vai além desta inconstância (Hb 10.25). Um não praticante tende a voltar às velhas práticas mundanas e abomináveis aos olhos de Deus (1Jo 2.15-17). Seu comportamento tende a ficar cada vez mais parecido com o daqueles que não o temem e já não se nota diferença alguma entre ambos. Pior ainda do que isto, é a perda gradativa da comunhão com o Senhor, pois esta pessoa já não ora e nem lê a Bíblia mais com frequência como dantes. O resultado é o esfriamento, mesmo estando consciente de todas as implicações que envolvem a vida daqueles que se distanciam do Eterno.
         Por conseguinte, chega-se a conclusão de que as pessoas que se enquadram neste grupo, estão andando na corda bamba e correm sério risco de serem recebidas pelo Noivo no dia do Juízo com a seguinte saudação: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.23).

Juvenal Oliveira

5 comentários:

  1. Para esse tipo de evangélico,temos que orar muito para que um dia ele aceite o senhor Jesus como seu único Salvador.

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  2. Muito interessante o assunto, pois e a preocupação em todas as denominações religiosas.

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  3. Não tem como ficar encima do muro. Pois não existe muro.

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  4. É um assunto de tamanha relevância para os dias atuais, principalmente no Brasil, pois na mesma proporção que há um suposto "crescimento" numérico da igreja, há também de pessoas que tiveram algum contato com a palavra, foram "evangelizadas" e, por algum motivo se afastaram da comunhão. Diga-se de passagem, que, quando a pessoa se afasta apenas da comunhão com as pessoas, isto não oferece tanto risco, entretanto, quando esta mesma pessoa magoada, perde também a comunhão com Deus, aí a situação fica crítica. Pois enquanto ela está em comunhão com o Senhor, Ele pode tratar, mágoas, curar feridas, restaurar, etc. e esta pessoa jamais abandonará o seu ministério que todos recebem juntamente ao se entregarem a Cristo. Uma coisa é certa a igreja não pode fazer vista grossa a este assunto, pois não adianta pregar o evangelho para novas pessoas e deixar estas para trás.

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  5. A igreja não salva ninguém. Quem salva é Cristo, não obstante, é nela onde prestamos culto de adoração coletivamente a Deus. É nela onde desenvolvemos nossos dons e talentos; é nela onde nos fortalecemos na fé, ao ajudarmos uns aos outros; é nela onde trocamos experiências e conhecimento acerca da palavra e, aí, há crescimento mútuo. Isto tudo deve acontecer apesar das decepções, frustrações, etc., pois ela é composta de redimidos que não conseguiram ainda alcançar a perfeição. Por isto que a Bíblia vai nos orientar a olharmos sempre para Jesus, autor e consumador da nossa fé. O julgamento será individual e cada um prestará contas a Deus sobre os seus atos aqui na terra e, ainda, o rigor será maior para aqueles que conhecem a Palavra, pode ter certeza disto.

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