A eleição de Donald Trump a presidência da
maior potência bélica e econômica do mundo tem trazido muitas preocupações e
incertezas devido ao que apresentou durante a sua campanha, demonstrando
posicionamentos polêmicos em variados temas discutidos. Dentre tantas
incógnitas, pelo menos uma conclusão o mundo pode chegar com o resultado destas
eleições, vivemos em meio a uma grave crise de lideranças globais. Homens que arrastem multidões voluntariamente;
que possuam atributos inquestionáveis que cheguem ao ponto de fazer de seus
seguidores pessoas determinadas, confiantes e que sonhem mais alto.
Jesus Cristo é considerado o maior líder de
todos os tempos por grandes pensadores do passado e presente. Conseguiu
influenciar milhares e milhares de pessoas; sua liderança e ensinamentos deixam
a todos atônitos, inclusive pessoas céticas, que o admiram, independente de fé,
cultura ou religião. O mundo seria outro se houvesse homens determinados a
exercerem as suas lideranças utilizando a figura deste Homem-Deus como
parâmetro.
Uma das marcas de um verdadeiro seguidor de
Cristo deve ser prioritariamente a semelhança que possui com Ele. Existem
aqueles que reconhecem que estão muito aquém deste objetivo e procuram uma
justificativa pelo fato dEle ser Deus. Quando se estuda a Bíblia
sistematicamente, Jesus Cristo é reconhecido como tendo duas naturezas, sendo
uma celestial e outra terrena, ou seja, sentia fome, sede, frio, etc (Mt.
1.18-23, 4.2, 21.18; Jo 19.28) . É evidente que nenhum ser humano conseguirá
ser totalmente igual a Ele, entretanto, pelo testemunho de milhares de
discípulos seus, chega-se a conclusão de que é sim possível pelo menos tornar-se
parecido.
Paulo corajosamente disse para os seus filhos
na fé que eles deveriam ser seus imitadores assim como ele era de Cristo, isto
é, deveriam imitar as suas atitudes até que as pessoas conseguissem identifica-las
de forma inconfundível (1Co 11.1) . Pedro e João logo após a ascensão de Cristo
foram reconhecidos como sendo discípulos de Jesus após terem respondido com tamanha
ousadia, intrepidez e sabedoria as indagações feitas pelos integrantes do
Sinédrio, um tipo de Tribunal religioso judaico. Eles apresentavam traços,
gestos, palavras e comportamentos que os tornava visivelmente parecidos com
Jesus (At 4.13).
O mundo está exaurido pelas religiões; pelos
líderes que não inspiram confiança; pela frieza absurda existente entre os
seres humanos e entre a sua relação com a natureza. A resposta que a igreja
cristã pode dar para este mundo em trevas e sem esperança é a de contagiá-lo
pela influência pautada tão somente na vida e exemplos de Cristo, sendo fiéis
imitadores seus. Seguindo e guardando os seus ensinamentos quanto à prática do
amor ao próximo, humildade, mansidão, benignidade, pureza de coração,
obediência e santidade. É isto que todos precisam, ainda que não tenham se
apercebido disto.
Juvenal Mariano de Oliveira Netto
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