Após completar seis anos de um terrível
terremoto de magnitude 7.0 que atingiu o Haiti matando mais de 100 mil pessoas
e deixando milhares de pessoas desabrigadas, uma nova catástrofe o atinge,
desta vez foi o furacão Matthews que matou mais de mil pessoas e deixou cerca
de um milhão e meio de pessoas em condições de extrema precariedade.
Nestas horas de dor e sofrimentos alheio, surgem
aqueles que querem a todo custo desvendar os mistérios ou descobrir as razões
pelas quais aquele povo vem passando por tamanhas adversidades. Enquanto uns
tentam culpar a Deus outros afirmam que o próprio povo deve ser o culpado por
algum ato de desobediência ou rebeldia cometido. Na verdade o que menos importa
neste momento são as suas causas, mas a situação em que eles se encontram.
Precisam de ajuda urgente; precisam sair deste estado de miséria física,
emocional e espiritual.
Ainda que cheguemos a uma conclusão hipotética
de que os Haitianos não tem buscado em Deus a solução para os seus problemas, o
amor dEle é tão grande que jamais os abandonaria como já demonstrou inúmeras
vezes com civilizações passadas; um exemplo deste amor incondicional foi
demonstrado aos Assírios. Em um determinado momento da história (750 AC) eles se
tornaram tão terríveis que eram temidos por todos os demais povos, pois os matavam
com requintes de crueldade. Deus ordena
um homem chamado Jonas para que vá a cidade de Nínive e anuncie a todos os seus
moradores que eles precisavam se arrepender e mudar o seu estilo de vida. A
mensagem do profeta provocou mudanças severas em toda a população que foi
perdoada e regenerada. A intenção aqui não é comparar os ninivitas com os
haitianos, mas revelar a extensão do amor de Deus capaz de usar de todos os mecanismos
para resgatar um povo por mais desprezível que pareça ser e por mais distante
que esteja dEle.
Enquanto no Brasil as igrejas evangélicas
lutam por espaços cada vez menores, o Haiti clama por profetas que, assim como
Jonas, venham também a anunciar-lhes o caminho do arrependimento e da salvação.
É indiscutível que todo o auxílio é bem vindo, eles precisam muito de ajuda
humanitária, de recursos financeiros para poderem reconstruir o seu país,
todavia, toda esta ajuda terá um efeito meramente temporário se não for
trabalhado neles outras questões de ordem emocional e espiritual. A igreja brasileira
pode e deve fazer isto, ao invés de ficarmos construindo templos nos mesmos
quarteirões, poderíamos investir em outros lugares onde há reais necessidades
da pregação do evangelho. A igreja contemporânea está para o Haiti assim como
Jonas estava para Nínive.
Desta maneira, se visualiza o mesmo Deus, com
a mesma intensidade de longanimidade e amor querendo mudar a sorte dos
haitianos, a fim de poderem experimentar dias melhores, mais esperançosos, com
menos tempestades, para isto a sua ferramenta hoje é a sua igreja, a noiva do Cordeiro.
Juvenal Mariano de Oliveira Netto
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