quarta-feira, 10 de agosto de 2016

IMPOSSÍVEL: TEMIDA PELOS HOMENS IGNORADA POR DEUS



      Não tenho conhecimento de que haja em outro lugar, tão grande concentração de relatos onde o homem é estupefacto pelo sobrenatural, quanto na Bíblia. Centenas de pessoas que estavam prestes a aceitar a derrota final e foram surpreendidas pelo agir de Deus.

   A vida é muito bela, cheia de momentos alegres, experiências indescritíveis, não há nada mais precioso do que isto. Apesar desta beleza toda, nem tudo são flores e na mesma proporção, somos obrigados a lidar com desafios, obstáculos e com as tempestades que surgem inopinadamente. A maioria das dificuldades que enfrentamos é contornável, ou seja, conseguimos resolver com as ferramentas disponíveis neste mundo. O grande dilema não é os obstáculos ou as vicissitudes e sim quando elas se tornam “impossíveis” de ser vencidas, pelo menos pelo prisma humano.

   O Dr. Lucas em sua narrativa fala sobre a história de uma viúva que havia perdido a esperança, pois a única coisa que havia lhe restado na vida, ela acabara de perder, o seu filho único (Lc. 7.11-17). Naquela época tornar-se viúva era muito difícil, pois ainda não havia sistema previdenciário ou pensão. Perder o filho para ela era como se o chão tivesse fugido dos seus pés. Surgiram diante dela as impossibilidades. Impossibilidade de reverter o seu sofrimento, dor e de voltar a ser feliz; incapacidade de ter alguém que pudesse cuidar dela e lhe prover o seu sustento; enfim, inviabilidade de ter o seu filho de volta.

   Uma multidão acompanhava o cortejo fúnebre na tentativa inútil de lhe demonstrar apoio e tentar amenizar a sua dor. Durante o percurso, talvez ela ao caminhar, pensasse que tudo havia terminado; que não havia mais qualquer razão para viver. Talvez ela tivesse indagado: porque Senhor ele e não eu? Agora ela se depara com outra multidão que, diferente da que a seguia, parecia experienciar uma situação totalmente antagônica, pois as pessoas estavam esperançosas, alegres e confiantes. Em poucos segundos ela deve ter pensado: qual seria a razão de tamanha euforia? A frente daquela multidão havia um Homem-Deus que operava sinais e prodígios, por isso tanta gente o seguia. Pessoas que, assim como aquela mulher, já haviam recebido alguma sentença, mas criam que somente Jesus poderia mudar as suas histórias de vida.

   Jesus ao se encontrar com aquela viúva desesperada, frágil, desafortunada, sentenciada, teve compaixão dela, ignorou o caixão que representava a impossibilidade, tocou no defunto, ressuscitando-o dentre os mortos.

   Por conseguinte, a experiência vivida por esta viúva prova que no dicionário de Deus não existe a palavra “impossível”. Incentiva-nos a não desistir facilmente, mesmo diante de toda inverossimilhança humana, tendo também o equilíbrio para compreender que Deus não é obrigado a intervir sempre, mas que Ele sabe o que é melhor para nós e que a última palavra será sempre Dele. (Gn. 18.10-14; Is. 43.13; Mt. 7.7-8; 28.18; Lc. 1.37; Jo. 11. 25,40).

Soli Deo Glória!!!!
Juvenal Mariano de Oliveira Netto

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