segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

MENSAGEM DE FIM DE ANO (2020-2021)

 


O simples fato de estar tendo o ensejo de ler essa mensagem é motivo suficiente para conseguir enxergar algo positivo em meio a um ano inusitado, dominado por noticiários ruins e previsões apocalípticas. Muitas pessoas já no início do segundo semestre, afirmavam, contundentemente, que ao chegarem no final dele, não haveria nenhuma razão para celebrações. Será que elas acertaram em seus diagnósticos tão precoces?

Muitas famílias sofreram a perda de um integrante e isso realmente é algo muito triste e lamentável. Os humanos não estão e nunca estarão preparados para encarar a realidade nua e crua da morte, entretanto, houve uma grande manipulação quanto a informação por parte da grande mídia em relação às vítimas com a finalidade de causar pânico na população e aumentar a sua audiência. Tudo isso com o apoio ditatorial do Supremo Tribunal Federal (STF) e alguns políticos inescrupulosos que viram no momento a grande oportunidade para usurpar ainda mais. Imaginem, todas as compras sendo realizadas sem licitação, ou seja, uma verdadeira farra com o nosso dinheiro suado. Muitos hospitais de Campanha foram montados e desmontados com o número ínfimo de pacientes, enquanto o, então, Ministro da Saúde, Dr. Mandetta, dizia para a população ficar em casa e só procurar atendimento médico quando sentisse falta de ar.  De acordo com dados obtidos no site “https://transparencia.registrocivil.org.br/registros”, o número de óbitos no país vem aumentando gradativamente nos últimos anos. Acreditamos que seja em virtude do aumento da população. O que nos chama a atenção é que no ano de 2016 tivemos um aumento de 12,4% e em 2018 de 11,8%, enquanto em 2020 de apenas 10,6%.  Esses dados provam que o percentual do número de mortos se comparados com o ano anterior, referentes aos anos de 2016 e 2018 foram maiores que os do ano atual. Reforçando a ideia de que a intenção aqui não é menosprezar a gravidade do problema, muito menos desdenhar do sofrimento alheio, mas, comprovar através de dados oficiais que estão tentando nos manipular, nos amedrontar para, então, nos dominar.  Nossa liberdade vem sendo colocada a prova todos os dias e há quem diga que tudo isso faz parte de um grande plano arquitetado meticulosamente por globalistas, intitulado de “a nova ordem mundial”, enquanto, outros julgam que tudo não passa de mais uma “teoria da conspiração”. Fato é que muitas coisas estranhas vêm acontecendo no decorrer desse ano, e, mais do que nunca, precisamos estar atentos. Um excelente momento para relembrar a eminente frase do irlandês John Philpot Curran (1750—1817): “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.

O grande desafio é manter um olhar otimista mesmo quando todos os poderes parecem conspirar contrariamente. Precisa-se enfatizar que o número de curados foi incomparavelmente maior ao daqueles que sucumbiram, principalmente, pelo fato que muitos morreram com e não pelo COVID-19; sem contar aqueles que morreram por outras causas e foram diagnosticados fraudulentamente por esse mesmo motivo. Mesmo aumentando a dívida que poderá acarretar sacrifícios futuros para todos os cidadãos brasileiros, o auxílio emergencial pode suprir as necessidades básicas de milhares de pessoas. Todos os países tiveram que lidar com o problema, mas, graças a Deus, o Brasil tem se saído muito bem, se o compararmos com as maiores economias do mundo. Alguns itens da cesta básica aumentaram consideravelmente de preço, é verdade, no entanto, não houve desabastecimento, algo que era temido por todos, logo no início da crise.

Muitos templos tiveram que fechar as suas portas ou restringir pela metade o acesso de seus fiéis, entretanto, nunca se propagou tanto o evangelho como nesses dias, através das redes sociais e transmissões dos cultos ao vivo, ou seja, a igreja continuou pregando fervorosamente as boas novas e teve muita gente sendo alcançada pela graça de Deus em sua própria residência.

Se a quarentena imposta gerou ansiedade e depressão em alguns, por outro lado, possibilitou a muitas famílias permanecerem reunidas por longos períodos, algo que já não era mais possível pela correria do mundo pós-moderno. Outro fator positivo no seio familiar foi a necessidade de superproteger os mais idosos, uma oportunidade ímpar de corrigir erros do passado e reacender a chama do amor que vem sendo apagada gradativamente no âmbito familiar. Os pais tiveram a oportunidade de reassumir a responsabilidade quanto a educação de seus filhos, ao invés de transferi-la para os professores. Quem sabe não revejam seus conceitos para o futuro quanto a esse aspecto?

A instabilidade fez estremecer as colunas que sustentam as nossas vidas. Um momento muito propício para reavaliarmos nossos conceitos. Muitos ricos sofreram igualmente aos pobres e nem mesmo com toda a sua fortuna e os melhores planos de saúde, ainda assim, nada disso foi capaz de poupar-lhes a angústia, nivelando a todos, indistintamente.

Quando debruçamos nos livros para estudar a história das civilizações, nos deparamos com superações fantásticas. Comunidades que experimentaram o caos e que, ao invés de se curvarem diante dele, o utilizaram como estimulante para se reerguerem e saírem ainda mais fortes. Um exemplo clássico desse fato foi o que aconteceu com o Japão após ter sido atingido por duas bombas atômicas e hoje ocupa o terceiro lugar na economia mundial. Diante de tudo que passamos neste ano temos uma escolha a fazer: ficarmos olhando para o passado, nos lamentando como um cão que lambe as suas feridas ou seguirmos adiante dispostos a recuperar tudo aquilo que porventura tenhamos perdido. O mundo será outro pós-2020, independentemente, se o que aconteceu foi planejado ou não.

Desse modo, chegamos à conclusão de que apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas, saímos vitoriosos mais uma vez. Convido vocês neste período apropriado a olharem para 2021 como alguém que tem na mesa muitas folhas de papel em branco, um lápis e uma borracha. Essas folhas em branco simbolizam a minha e a sua vida. O primeiro passo é não esquecermos de quem nos proporcionou os meios e tornou tudo isso possível ao manter o nosso fôlego de vida até aqui; aquele que é poderoso para nos conduzir em triunfo e possui os melhores planos e soluções, desde que estejamos dispostos a lhe ouvir e obedecer. Outro ponto a ser observado é compreender que o lápis estará em nossas mãos, ou seja, não devemos criar expectativas nos outros, pois, somos os verdadeiros autores dessas narrativas. Por último, não devemos esquecer que teremos sempre uma borracha a nossa disposição; uma ferramenta valiosíssima a qual servirá para apagar os nossos erros, desde que haja arrependimento, e, nos possibilitará a hipótese de reescrever a nossa trajetória.

 

Que Deus lhe abençoe tremendamente neste ano de 2021!

São os sinceros votos de Juvenal Netto e família.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

NATAL: TRAZENDO A MEMÓRIA O QUE PODE NOS TRAZER ESPERANÇA

 


As circunstâncias mais difíceis da vida minam a esperança, roubam a alegria e faz muita gente desistir de seus sonhos. Como manter o otimismo e a perseverança em meio a tantas notícias ruins e perspectivas ainda piores para o futuro? Convido a todos vocês voltarem os olhos para Israel, considerada a nação escolhida por Deus e de onde surgiu aquele que mudaria para sempre a história da humanidade (2Cr 6.6).

O que mantinha a chama da esperança viva no coração dessa gente tão sofrida, era a promessa do próprio Deus de enviar um libertador (Mq 5.2). Alguém ainda mais poderoso do que o grande rei Davi. Um líder capaz de trazer a paz definitiva e conduzir a nação rumo a prosperidade e manter o domínio supremo sobre todos os seus algozes. Para tanto, o Senhor dos Exércitos, o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, lançava mão dos seus profetas para se comunicar com o povo e reafirmar os seus propósitos. Uma forma de mostrar-lhes que tudo estava sobre o seu domínio e que na hora certa, ele interviria favoravelmente. Esse diálogo constante do Eterno para com Israel funcionava como uma espécie de combustível, capaz de faze-los suportar as piores crises e não desistirem nunca.  Entretanto, chega o momento em que Deus simplesmente se cala. São quatrocentos anos de silêncio! Quanta dúvida deve ter pairado sobre eles? Será que Deus se esqueceu de nós? Porventura, seria tudo fruto de nossa imaginação e que, na verdade, ele nunca existiu? Eles tiveram motivos suficientes para hesitar, mas, o Senhor dissipa, de uma vez por todas, a insegurança ao comissionar o anjo Gabriel de modo a informar Maria quanto a sua decisão em escolhê-la como seu instrumento para dar à luz ao Salvador (Lc 1.30-33).

O nascimento de Jesus não é simplesmente o cumprimento de uma profecia voltada exclusivamente para o povo judeu, muito menos a chegada de mais um profeta ou alguém com poderes sobrenaturais que arrastaria multidões. É a manifestação do maior ato de amor que o gênero humano já experimentou. A ação de um Deus determinado em resgatar a todos, indistintamente, chegando ao ponto de abrir mão, ainda que de forma temporária, de seu trono de glória para se vestir de homem, como nós, sujeito aos mesmos sentimentos, dores e tentações e estabelecer uma nova e eterna aliança. 

Portanto, quando olharmos para a manjedoura devemos condicionar nossa mente a compreender o seu sublime significado. Deus está no controle de todas as coisas e cumpre as suas promessas (1Jo 2.25). Ele deu provas de seu magnânimo amor pelas pessoas enviando o seu unigênito para morrer em nosso lugar e ainda nos presenteou com o seu Espírito, chamado “o Consolador”, para habitar em nós e nos ajudar a vencer (Rm 5.8; Jo 14.16). Quitou nossa dívida e tornou possível o sonho de estarmos com ele um dia no paraíso (Hb 7.26-28).  Quando entendemos essas verdades, nada e ninguém conseguirá arrancar essa confiança inabalável que possuímos em Cristo. Isto é NATAL!

Que Deus esteja abençoando toda a sua casa neste Natal. Boas festas!!

Juvenal Netto e família

sábado, 22 de agosto de 2020

O MILAGRE É O MEIO, NÃO O FIM

 


É impressionante o número de pessoas espalhadas por esse imenso planeta que está nesse exato momento passando por alguma tempestade. Os problemas são os mais variados possíveis, não obstante, eles se repetem na vida de milhares. São enfermidades de ordem física, emocional e até mesmo espiritual; decepções amorosas; vícios; falta de emprego que gera uma série de outros problemas, etc. Para a maioria deles existe solução, ainda que haja a necessidade da aplicação de grandes energias, entretanto, há alguns que nenhum ser no planeta Terra conseguirá resolver. A esses, nós o condicionamos a necessidade de um milagre.

Havia um homem na cidade de Gadara que vivia atormentado diuturnamente por espíritos imundos. Ninguém conseguia contê-lo ou tratá-lo. Andava pelos sepulcros gritando dia e noite e se ferindo com pedras. Aos olhos dos moradores dessa comunidade aquele moribundo estava sentenciado a viver assim até a morte. Todavia, o que elas não sabiam é que chegaria ali um homem capaz de libertar os cativos, Jesus, o Nazareno (Mc 5.1-20).

Segundo a narrativa de Marcos, O gadareno vivia sob o domínio de uma “legião” de demônios. Uma legião equivalia a um exército de seis mil soldados romanos. Marcos relata ainda que Jesus deu ordem aos espíritos imundos para que se retirassem da vida daquele indefeso ser. Eles não ousaram desobedecer à voz do que tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18). O gadareno agora era um novo homem, livre, curado, liberto, pronto para recomeçar a sua vida. Fica tão grato pelo milagre que acabara de obter, que decidiu ir atrás de Jesus. Quando o Mestre saía da cidade logo viu aquele ex-endemoniado lhe seguindo, Ele parou e disse: “Vai para a tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.” (Mc 5.19). Ao tomar essa atitude, Jesus estava dizendo para o seu novo discípulo que sair da sua cidade para segui-lo fisicamente, significaria estar abandonando a sua missão. Afinal de contas, o milagre que acabara de receber não era um fim, mas, o início de muitos outros a serem realizados na vida de muitos, através da sua instrumentalidade e testemunho.

Isto posto, talvez você também já tenha passado por uma experiência parecida, ou seja, tenha experimentado um verdadeiro milagre e, assim como o gadareno, inocentemente, quis se aproximar de Jesus, se refugiando dentro de um templo. Quem sabe Jesus não está reafirmando também para você hoje: — Volta para sua cidade e anuncia com intrepidez o que eu lhe fiz. Entre no templo para adorar e saia disposto a servir e cumprir a sua missão.

Juvenal Netto

domingo, 19 de julho de 2020

A IGREJA ESTÁ SENDO O FIEL DA BALANÇA


Sempre houve na humanidade uma tendência a se inclinar para o mal, por isto a necessidade de haver tantas leis, a maioria delas, impondo regras e limites as ações instintivas dos humanos. Quando estudamos o comportamento das sociedades civilizadas desde o princípio, o que detectamos é a experiência delas vivendo em períodos cíclicos de caos e normalidade. Quantas guerras, onde milhares de pessoas tiveram as suas vidas ceifadas! Quando utilizo a palavra “caos”, estou me referindo a todas as consequências amargas oriundas muitas vezes de atitudes perversas das pessoas, como violência, morte, destruição, calamidades, pestes, depravações, corrupção, etc.

Um dos efeitos da globalização é o avanço rápido de determinadas ideias e comportamentos, os quais nem sempre são saudáveis. Em se tratando do Brasil, nas últimas décadas vem passando por inúmeras mudanças de ordem sociológica, em grande parte, por políticas ideológicas e a influência de movimentos externos.  As séries, filmes e programas televisivos incentivam o tempo inteiro a homossexualidade, a violência, o aborto, o uso indiscriminado de drogas lícitas e ilícitas e muitas outras coisas que nada agregam a sociedade. Diante desta triste realidade universal, qual seria o papel da igreja?

Tenho visto muitos cristãos tentando fatiar as suas vidas em diversas áreas, como, por exemplo, vida espiritual, profissional, sentimental e social, como se isso fosse possível. A vida é uma só e essas áreas estão entrelaçadas e são indivisíveis. Uma afeta ou beneficia a outra. Existe cristão que considera um erro se envolver com a política como se isso fosse até pecado. O cristão autêntico deve viver focado no alvo, que é o céu com Deus, não obstante, enquanto permanecer neste mundo, deverá viver em sociedade e participar das decisões comunitárias, as quais impactarão a vida de todos, inclusive a sua. Não quero afirmar com isto que o cristão, necessariamente, deva se candidatar a algum cargo público, mas, que precisa estar atento e participar dos debates, principalmente, por ser sal e luz deste mundo.  Ou vocês julgam que ser sal e luz implica apenas em pregar o evangelho para os perdidos?

Por fim, diante da atual conjuntura social e política em que vivemos no Brasil, pode-se afirmar que a igreja tem sido o fiel da balança. Diante dos grandes movimentos progressistas e liberais que incentivam o aborto, a ideologia de gênero, a liberação das drogas, a destruição da família tradicional e a banalização de tudo, inclusive da corrupção. A igreja vem sendo o grande obstáculo para os esquerdistas exercerem o domínio total sobre o nosso amado solo verde e amarelo pelos princípios que ela crê e dissemina. Portanto, não nos surpreendamos se em breve viermos a passar por grandes perseguições neste país.  O próximo alvo dos comunistas no Brasil será destruir a igreja. Jesus advertiu os seus discípulos e disse o seguinte:  

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.” (Mt 10.16)

Que Deus abençoe o nosso amado Brasil!!

Juvenal Netto

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O PASTOR QUE AGRADA A IGREJA


(ALUSIVO AO DIA DO PASTOR - 14JUN20)

Dificilmente encontraremos um pastor que nunca tenha se sentido pressionado pelo seu rebanho durante o exercício de seu ministério. Talvez esse seja um dos motivos pelos quais muitos deles já tenham adoecido e alguns até abandonado o seu chamado.  
Apesar de reconhecer que obter cem por cento de aceitação numa comunidade não passa de pura utopia, pois, nem mesmo Jesus conseguiu tal proeza, todavia, o homem chamado por Deus precisa estar atento aos anseios do seu rebanho. Ele precisa discernir as inúmeras vozes que se levantam no meio da multidão, principalmente aquelas que demonstrem oposição, mas, que nem sempre deixam de estar em consonância com os propósitos de Deus. Quais seriam as credenciais mínimas exigidas por uma igreja ao buscar um novo obreiro?
Cristãos maduros certamente compreendem que jamais encontrarão um líder perfeito, não obstante, a primeira característica que eles esperam dele é que seja temente a Deus e fiel à sua Palavra. A Bíblia afirma que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. (Pv 9.10). Um líder temente a Deus jamais banalizará o pecado. Será um fiel portador da mensagem divina ainda que seja obrigado a confrontar grande parte de seus ouvintes. Andará diuturnamente na total dependência do Senhor, consciente de que sem Ele, nada, absolutamente nada, poderá fazer. O temor a Deus impedirá que o seu ministério se transforme em um emprego como outro qualquer ainda que seja submetido a desafios constantes.
Mesmo diante de suas limitações e imperfeições, a igreja não renunciará a um homem que primeiramente cumpra bem a missão de atender as demandas do seu lar. A Bíblia coloca como condicionante para aqueles que almejam desempenhar qualquer função de liderança no meio da congregação que sejam bons mordomos da sua própria casa. (ITm 3.4,5,12). A esposa do pastor não deve ser, necessariamente, uma pastora, mas, uma auxiliadora que compreenda, aceite e lhe dê todo o suporte para cumprir o seu chamado.
A terceira característica que toda igreja busca num pastor é que a sua motivação primária em cumprir o seu ministério seja o amor pelas almas. A preocupação com a administração eclesiástica, apesar de ser relevante, não pode se tornar mais importante que a propagação do evangelho e o cuidar das pessoas. Numa comunidade onde a maioria das pessoas foi regenerada através de uma experiência genuína com Cristo, buscará um pastor determinado em agradar exclusivamente a Deus. O Espírito Santo lhes concederá o discernimento para compreenderem que se esse líder estiver debaixo da direção do Senhor, simultaneamente, estará também agradando a sua Noiva.  
Assim sendo, para um pastor que teme a Deus, cuida bem da sua família e ama pregar a Palavra e zelar pelas ovelhas, mesmo diante de suas inúmeras fraquezas, não faltará igreja que o queira como seu líder. A Noiva de Cristo está a procura não de líderes perfeitos, mas, de homens segundo o coração de Deus.

Juvenal Netto

segunda-feira, 8 de junho de 2020

PIBSPA: 87 ANOS ANUNCIANDO AS BOAS NOVAS DO REINO


A nossa PIB da Aldeia neste onze de junho de 2020 completa oitenta e sete anos de organização na cidade de São Pedro da Aldeia. Milhares de pessoas têm passado por ela; muitos já dormem no Senhor, outros estão servindo ao bom Mestre em outros lugares e dezenas ainda estão congregando nela, dentre estes, eu e a minha família. Quero aproveitar esse momento tão sublime para contar um pouco sobre a minha história de amor por essa oitentona.
No ano de 1992, tive uma experiência transformadora com Cristo. Tudo aconteceu durante um culto realizado no local de trabalho por cristãos de várias denominações. Fui impactado pelo poder da Palavra e decidi confessar a Jesus como meu Senhor e Salvador. Comecei então a orar pedindo a Ele que me desse uma direção de onde deveria congregar.  Algumas semanas se passaram, até que caminhando pela calçada da rua Dr. Antônio Alves, pude perceber um templo pequeno, com letras desgastadas pelo tempo e uma construção logo atrás. Interessante, que apesar de ter nascido na cidade e estudado no Colégio Estadual Dr. Feliciano Sodré por oito anos consecutivos, nunca tinha percebido que havia um templo Batista naquele local. Deve ser por isso que sou determinado na ideia de se colocar letreiros, tamanho gigante nas fachadas dos templos. Quem sabe até com lâmpadas de neon de modo a chamar mesmo a atenção de todos aqueles que transitam pelas ruas. Percebi que tinha um jovem no pátio interno da igreja. Assim que ele me viu parado na calçada, se aproximou e me perguntou o que eu desejava. Nem imaginava naquele momento que aquele rapaz franzino, na verdade, era o Antônio Cláudio de Souza Rosas, Pastor-presidente da PIB da Aldeia. Ele foi muito gentil e atencioso comigo. Me convidou a participar das atividades da igreja e disse que havia ali um grupo de jovens que ficaria muito feliz em poder contar com a minha presença entre eles. Comecei a frequentar os cultos e a participar da classe preparatória para o batismo com a irmã Vilma Antunes de Mattos Pinheiro. Como fiquei feliz em dar o meu testemunho durante um culto para novos convertidos realizado pelo casal Walmir Nóbrega e Heidi, responsáveis pelo ministério de evangelismo. Meu batismo ocorreu no dia 11/06/1993, momento em que ela completava o seu sexagésimo aniversário. Fui escolhido naquele mesmo ano para ser vice-presidente da Unijovem, trabalhando sob a liderança do irmão André, filho dos irmãos Manoel José da silva e Nilza França. Quantos finais de semana estive na casa dessa família tão preciosa e aquele suco de graviola que somente a Nilza sabia fazer? Tínhamos uma juventude muito atuante e unida. Realizamos diversas programações voltadas para o público jovem, em especial quero destacar o “AME COM CRISTO”, onde eu, o César Augusto de Souza e o Olavo Pereira Pinheiro, resolvemos sair das quatro paredes e realizar cultos evangelísticos no Clube da Cidade (SPEC), com a participação de várias bandas da região. No início do ano de 1995, como líder dos jovens, decidi cumprir uma missão muito especial, que mudaria para sempre o meu futuro. A tarefa era reintegrar uma jovem chamada Nilcéia Coelho Cádimo, a qual havia sido criada na PIBSPA, mas, se desviara ainda na adolescência, e, estava retornando para os caminhos do Senhor.  Fazendo um parêntese aqui, o pai dela, o irmão Nercy Cádimo, hoje é o membro mais antigo dela. Confesso que inicialmente não havia nenhuma intenção por minha parte senão ajudar espiritualmente aquela moça, mas, como Deus tem os seus próprios planos, no dia 4 de dezembro de 1995, decidimos dar início a um relacionamento. Passamos por muitas lutas e provações, mas, o Senhor nos deu a vitória e no dia 24 de janeiro de 1998, no seu templo ainda inacabado, selamos diante de centenas de testemunhas a nossa aliança de amor eterno. Uma cerimônia realizada pelos pastores, Antônio Cláudio e Elson de Souza, primo de minha esposa. O pastor Elson, filho mais velho de um casal muito atuante, o Diácono Altir de Souza e Marta Cádimo, foi o responsável pelo projeto de arquitetura para a construção do nosso novo santuário, deixando um grande legado para todos nós. Um pouco antes de nos casarmos, por motivos particulares, a Nilcéia pediu o seu desligamento da PIB e passou a frequentar uma Congregação Presbiteriana próxima à sua casa. Tentei permanecer na PIBSPA, mas, depois de seis meses de casados, percebi que seria inviável estarmos congregando em lugares diferentes, por isso, em julho de 1998, decidi me desligar para acompanhar a minha esposa.  Congregamos em algumas comunidades de diferentes denominações, sempre muito envolvidos com a obra, as quais foram muito úteis para o nosso crescimento espiritual, pois tivemos a oportunidade de ampliarmos a nossa visão concernente ao cristianismo reformado. Nesse período Deus fez grandes coisas em nós e através de nós, dentre elas, quero destacar dois significativos presentes, os quais foram o nascimento de duas pérolas, a Débora e a Esther. A Débora começou a demonstrar interesse pela música muito cedo. Aos três anos ela já cantava na congregação. Depois que ela foi alfabetizada, começamos a procurar alguém que pudesse lhe dar aula de algum instrumento musical a escolher.
 No ano de 2007 fomos informados quanto à existência de um projeto de musicalização infantil, coordenado pelo Ministro de Música Josinei Silvério da Costa e sua auxiliar, a seminarista Josiane Gil da Costa. Matriculamos as duas e a Débora, além da musicalização, começou também a ter aulas de piano com o Josinei. Nessa época congregávamos na 2ª Igreja Batista em Iguaba Grande. Josinei e a sua irmã Josiane apesar de tecerem muitos elogios as duas meninas e demonstrarem interesse em tê-las mais por perto, sempre foram muito éticos, pois sabiam que éramos muito envolvidos na SIBIG. No início do ano de 2013 fui designado para trabalhar no Rio de Janeiro e como só estaria na região nos fins de semana, resolvi entregar todos os meus cargos. Nesse período as meninas estavam bastante envolvidas na música da PIBSPA e visando o crescimento delas, decidimos em família retornarmos para a nossa igreja de origem. Fora 15 anos distantes dela e agora ela tinha outra formatação. Mais da metade da membresia havia sido mudada, entretanto, fomos tão bem recebidos que nos sentimos em casa novamente. Como Deus sempre tem os seus desígnios, aprouve a ele que as nossas filhas, assim como nós, também fossem batizadas ali e no culto do dia 31 de dezembro de 2013 elas passaram pelas águas batismais. Nasciam ali mais dois frutos da PIB da Aldeia sob os olhares de inúmeras testemunhas, em especial, a de dois pais super emocionados em verem a concretização da sua casa sendo toda salva por Jesus. Deus é fiel!
Como o tempo passa rápido e já se passaram sete anos desde o nosso retorno para essa tão amada igreja. Tivemos várias experiências magníficas, como, por exemplo, as viagens missionárias, as Feiras Bíblicas, a confirmação do chamado da Débora e muitas outras. Também vivemos períodos muito difíceis, como a saída do Josinei, ainda no primeiro ano do nosso retorno. Problema de saúde, o qual me obrigou a recuar naquilo que sempre amei que foi fazer a obra do Senhor, todavia, Deus sempre manifestou o seu poder não apenas na minha casa, mas, na vida de toda essa grande família cristã.  
A fidelidade do Senhor tem sido expressiva e manifesta desde o lançamento da pedra fundamental há oitenta e sete anos quando um grupo de cristãos decidiu abrir nesta cidade uma porta para a entrada no reino dos céus. Desde então, quantas vidas foram salvas, curadas, libertas e encaminhadas para o seminário durante todos esses anos! Fazemos menção a todos aqueles que já partiram, como, a irmã Aurídea, incansável na tarefa de evangelizar; sempre com um bloco de folhetos em suas mãos a distribuir por onde quer que andasse. Em breve nos reencontraremos todos no lar celestial. Será uma grande festa! Agradecemos a todos aqueles que passaram pela PIBSPA e que hoje estão frutificando em outros lugares, glorificando o nome do Senhor e honrando o bom nome desta instituição. Alguns exercendo o ministério pastoral como o Pr. José Crisóstomo de Souza, na PIB em Jardim das Acácias; o Pr. Carleonel, na Ig. Batista Diante do Trono; o Pr. César Augusto de Souza, na Ig. Batista da Libertação; o Pr. Marcos Moret, na PIB em Jardim Peró, Cabo Frio; o Pr. Elson de Souza, na Ig. Batista no Garcia, na Bahia; o Pr. Pedro Crispim, na PIB em Porto do Carro; o Pr. Paulo Cosendey, na Ig. Batista em Jardim América, Itaguaí; o Pr. Walmir Nóbrega, na Ig. Batista em Samburá, Cabo Frio; o Pr. Alexandre Marques, na Ig. Batista Memorial em Iguaba Grande e muitos outros que não conheci. Clamamos a Deus pelas pessoas que foram evangelizadas ali, mas, que por algum motivo, se encontram desgarradas do rebanho. Que o Senhor use de misericórdia para com as vossas vidas. Honramos a todos os obreiros que serviram a Jesus nela desde a sua organização até os dias atuais, na pessoa dos Pastores, Elildes Junio Macharete Fonseca, o presidente, Alexandre Tavares Barreto, Alexandro Abrantes Santana e Raphael dos Santos Antero Pereira. Em especial, o meu profundo agradecimento a vida do pastor emérito Adelmo Coelho de Oliveira (in memoriam), o qual marcou a história dessa congregação pelo longo tempo em que a liderou. Não poderia deixar de mencionar também a vida do pastor Cléber Jotta Araújo Mendonça, que foi batizado, encaminhado para o seminário e consagrado ao ministério pela PIB da Aldeia, assumindo a sua liderança como Pastor-presidente e permanecendo nela por quase vinte anos. Seremos eternamente gratos ao Pr. Cléber por ter preparado e batizado as nossas filhas. O Pr. Cleber deixou um enorme legado, primeiro por ter sido membro exclusivo desta igreja desde a sua infância até o momento em que passou o seu cargo de liderança. Segundo, porque organizou a PIB em Jardim das Acácias e inaugurou a Congregação no Recanto do Sol e o Ponto de Pregação na Rua do Fogo, dentre muitos outros feitos, tudo para a glória do nosso bondoso Mestre. Outro nome que não poderia deixar de mencionar é o do Pr. Antônio Cláudio de Souza Rosas, o qual me recebeu com todo o carinho, batizou, doutrinou, realizou o nosso casamento e foi um instrumento relevante na construção do nosso templo atual. Independente de quaisquer circunstâncias, ele merece o nosso reconhecimento por tudo o que fez.
Por último, não menos importante, quero demonstrar a minha gratidão a Jesus pela vida de cada membro deste corpo. Que sejamos testemunhas fiéis do nosso Salvador, dando continuidade com excelência a obra iniciada em 11 de junho de 1933 pelos cristãos batistas da época. O maior presente de aniversário que essa quase centenária poderá receber, será a agregação de muitas almas transformadas e libertas pelo poder do evangelho de Cristo. Portanto, mãos à obra amados irmãos, pois somos todos PIB da Aldeia! Rumo ao centenário.

Juvenal Netto