terça-feira, 25 de julho de 2017

EM TEMPOS DIFÍCEIS A MELHOR COISA É INVESTIR

   Diante das incertezas que permeiam o mercado financeiro, aumentam proporcionalmente a preocupação com o futuro e a busca por algum investimento que possa oferecer maior confiabilidade e segurança. Daí vem a seguinte pergunta: qual seria a melhor e mais segura forma de investir o seu capital? Este assunto tira o sono de muita gente. Pessoas extremamente preocupadas com o futuro, ou melhor, aflitas em manterem um alto padrão de vida até o fim.

   Uma excelente forma de investimento é a semeadura. Com alguns grãos nas mãos um agricultor colhe uma grande safra. O seu trabalho basicamente é semear. Lançar ao solo as melhores sementes que em contato com uma terra fértil, germinará, gerando milhares de novos grãos. Agora, nem todos tem aptidão para a agricultura e, na verdade, só utilizei este exemplo para que você possa entender onde queremos chegar, pois, o sentido que quero adotar aqui para “semeadura” vai além do literal.

   A Bíblia diz o seguinte: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá.” (Gl 6.7). Esta “lei da semeadura” se aplica a todas as áreas da vida e não tem como dar errado. Quem planta feijão, não colherá outra coisa a não ser este grão.

   Os jovens que almejam um bom emprego devem observar atentamente e investirem nesta semeadura, neste caso, será a dedicação persistente aos estudos, ainda que seja preciso abrir mão momentaneamente de outras coisas. Tem gente reclamando da vida e colocando a culpa em Deus porque ganha muito pouco e não consegue um bom emprego. Ela ignorou a lei da semeadura. Gastou todo o seu tempo na juventude com entretenimento e não se preocupou em estudar. É claro que existem outros fatores a serem considerados.

   Como temos lidado com as pessoas idosas? Tem gente que pensa que nunca envelhecerá e tratam estas pessoas com desprezo. Olhe o que você está semeando, pois, poderá ter o desprazer de receber o mesmo tratamento, aí, será tarde demais para o arrependimento. Esta regra é válida não apenas para o tratamento com os idosos, mas se aplica aos demais relacionamentos (Lc 6.31; IJo 4.7; Rm 13.8).

   Que relacionamento temos desenvolvido para com Deus? Temos observado as suas orientações descritas na Bíblia? No início deste texto afirmei que este seria o melhor investimento. A lei da semeadura descrita nas Escrituras se destaca como o melhor e mais seguro investimento que o homem possa fazer uso, pois foi instituída pelo próprio Deus e os seus resultados transcendem o mundo físico (Lc 12.20). Quem as observa, e as coloca em prática, começa a colher os seus frutos ainda na terra, mas o maior resultado dela será mesmo na eternidade.

   Portanto, O conselho de Jesus para aqueles que querem garantir o seu futuro é semear, buscando a Deus em primeiro lugar e as demais coisas Ele vos acrescentará (Mt 6.33; Is 55.6; ICo 2.9; Jr 29.13; IJo 2.17; Gl 6.8-9; Sl 127.1-2).
 
Juvenal Oliveira

quarta-feira, 19 de julho de 2017

DEUS PODE PREPARAR UMA MESA NO DESERTO?

Se esta pergunta tivesse partido de um ateu ou de uma pessoa que não soubesse nada sobre Deus, seria naturalmente compreensível, mas vindo de um povo que acabara de ver coisas extraordinárias acontecerem, é, no mínimo, incongruente.
O salmista faz uma síntese do período compreendido entre a saída dos israelitas do Egito; sua peregrinação pelo deserto durante quarenta anos; a chegada à terra prometida e a divisão dela pelas doze tribos (Sl 78). O que chama a atenção neste texto é o comportamento de uma população ingrata, rebelde e incrédula que teima em arguir a Deus em tudo. Eles cometem pelo menos três grandes erros que servem de lição para nós hoje.
O primeiro erro foi não reconhecerem o que Deus vinha fazendo no meio deles. A partir do versículo onze, o salmista relata como Deus operou grandes milagres ainda no Egito, para libertá-los da escravidão que já perdurava quatrocentos e trinta anos; narra como Deus abrira o mar vermelho para que pudessem escapar do exército de Faraó e como Ele os guiava no deserto através de uma coluna de nuvem durante o dia a fim de protegê-los do sol escaldante e das altíssimas temperaturas e durante a noite com uma coluna de fogo para aquecê-los do frio intenso. Fez fluir água da rocha e pão caía do céu diariamente para alimentá-los (maná). Mas tudo isto, por incrível que pareça, ainda não era o suficiente para aqueles descrentes.
O segundo erro foi querer que tudo acontecesse do seu jeito e no seu tempo. O versículo dezoito afirma que eles tentaram contra Deus exigindo um cardápio “ao seu gosto”.
O terceiro erro (vs.19) foi limitar o poder de Deus ao fazerem a petulante pergunta se Ele seria capaz de lhes preparar uma mesa, um banquete, em pleno deserto, ou seja, colocaram em cheque um dos atributos incomunicáveis do Senhor, a sua onipotência.
Quantas vezes repetimos os mesmos erros ao ignorarmos as grandes coisas que Deus faz por nós constantemente. Talvez você neste exato momento não esteja conseguindo se lembrar de nenhuma delas também. Que tal então começar perguntando para o carteiro quando chegará a sua fatura com a quantidade de oxigênio que utilizou este mês? Quantas vezes queremos que Deus faça as coisas da nossa maneira e no nosso tempo, como Marta e Maria que disseram para Jesus que ele havia chegado atrasado. Ele jamais se atrasa, pois sabe como e quando fazer as coisas. Quantas vezes nos portamos com terrível incredulidade e duvidamos do poder do Eterno.

Finalizando, o que nos deixa perplexos é saber que Deus é pura misericórdia. O escritor diz que apesar de tudo isto, quando eles se arrependiam, Deus perdoava as suas iniquidades e não os destruía, antes desviava a sua fúria (vs. 38). Que Deus é este?! É por isto que nos prostramos e lhe rendemos glórias e aleluias, pois assim ele também age conosco diante de nossos murmúrios!!! 

Juvenal Oliveira

terça-feira, 11 de julho de 2017

A PROMESSA TRANSCENDE A LEI

A PROMESSA TRANSCENDE A LEI
A Bíblia é um livro maravilhoso e tem como finalidade mostrar ao homem o que deve fazer para se aproximar de Deus, não obstante, dela surgem também inúmeras interpretações errôneas que acabam trazendo confusão e impedindo que o homem usufrua tudo aquilo que ela lhe proporciona.
O apóstolo Paulo dá uma verdadeira aula teológica para um grupo de cristãos que havia se distanciado da verdade bíblica, os Gálatas. Pessoas que estavam confusas quanto ao que deveriam fazer para serem salvas. Esta confusão se deu pelo fato de terem se infiltrado pessoas que colocaram a autoridade apostólica de Paulo em cheque, ensinando outro evangelho que tentava trazer de volta os rituais judaicos como condicionantes para a salvação.
Paulo cita Abraão, o nosso pai na fé, afirmando que ele creu e isto lhe foi imputado como justiça e, em consequência disto, Deus lhe fez uma promessa, que através dele todas as nações da terra seriam benditas, como afirmam as Sagradas Escrituras (Gl 3.6-8). O seu descendente, Jesus Cristo, seria aquele que estenderia esta bênção a todos os povos por intermédio da fé e não pelas obras da lei ou por dogmas religiosos (Gl 3.16).
Depois da promessa feita ao pai Abraão mais de quatrocentos anos se passou, as transgressões se multiplicaram em Israel chegando ao ponto de Deus ter que estabelecer leis até que viesse o Descendente a quem se referia à promessa, Jesus de Nazaré (Gl 3.19). Moisés então recebe as tábuas da lei no monte Sinai.
As leis e os dogmas não foram capazes de justificar o homem, pois ninguém era capaz de cumpri-la integralmente, e, todos, pela lei, estariam condenados à morte (Rm 8.3; Tg 2.10).
Cristo nos redimiu da maldição da lei, fazendo-se maldição em nosso lugar, pois estava escrito que maldito seria todo aquele que fosse pendurado no madeiro (Gl 3.13).
Aleluia! Cristo foi o único que conseguiu cumprir plenamente a lei mosaica a fim de que todo aquele que nele crer seja totalmente justificado por Deus. Paulo ainda afirma para os cristãos da Galácia que toda a lei se resume em uma única coisa: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Gl. 14).
Portanto, amados do Senhor, tenhamos este mesmo entendimento de que jamais seremos justificados pelas obras da lei ou por aquilo que fizermos, mas, exclusivamente, pela fé em Cristo. Não uma fé morta, irracional e infrutífera, e sim uma fé verdadeira que se revelará pelo testemunho de alguém que procura imitar a Cristo em tudo, principalmente quanto ao amor incondicional ao próximo. A promessa de Deus para estes, que transcende a qualquer esforço humano e ritualista, é a vida eterna com Ele.

Juvenal Oliveira