quinta-feira, 17 de outubro de 2019

A INSENSIBILIDADE PODE SER FATAL!


A pele é o maior órgão do corpo humano e possui inúmeras funções como proteção, reserva de nutrientes, regulação da temperatura, conter terminações nervosas sensitivas, etc. São as estimulações que admitem captar, de imediato, o que sentimos no ambiente onde estivermos inseridos, como dor, tato, pressão e muitos outros; esta sensibilidade é um mecanismo de defesa do corpo humano e sem ela, ou seja, o oposto disto que seria a insensibilidade, ficaríamos expostos a uma série de riscos que poderiam nos levar a morte.
Existe outro tipo de insensibilidade ainda mais perigosa do que a do corpo; a da alma, esta é capaz de produzir um efeito ainda mais danoso que a Bíblia vai denominá-la de segunda morte (Ap 20.14). Davi, o segundo rei do povo de Israel viveu uma experiência marcante neste sentido. Ele fora escolhido pelo próprio Deus para reinar sobre o seu povo. Esta seleção não foi por acaso, pois, este homem se destacava dentre os seus pares e possuía tantas qualidades que chegou a ser considerado “um homem segundo o coração de Deus”; era valente e confiava inteiramente no Eterno (1Sm 13.14). Provou isto quando se voluntariou para representar o seu povo lutando contra um homem filisteu de quase três metros de altura e que fazia os maiores guerreiros de Israel tremerem na base (1Sm 17.26). Ao se assentar no trono demonstrou o temor que tinha ao seu Deus, priorizando empreender todos os esforços para trazer de volta para Jerusalém a arca da aliança, que para os Hebreus, simbolizava a presença de Deus (1Cr 13). Foi um rei muito abençoado e conquistou inúmeras vitórias. Davi possuía um profundo conhecimento sobre as leis de Deus, não obstante, parece que em um dado momento de sua vida ele se torna “insensível” a estes mandamentos e é dominado pelo pecado (2Sm 11). Apesar de todas as mulheres que possuía ele resolveu se relacionar com a mulher de Urias, um de seus leais soldados. Como um abismo chama outro abismo, ele piora ainda mais o seu estado de degradação espiritual, ao mandar Urias de volta para o combate levando em suas mãos uma carta para o seu comandante que seria a sua sentença de morte. – Coloque este soldado na frente do campo de batalhas. Aquele homem escolhido justamente pela sua sensibilidade ao seu Deus agora está totalmente “insensível”, agindo como alguém que nunca conhecera a Deus.
O Senhor mandou o profeta Natã para falar com Davi. Ele nos ama tanto que sempre enviará um “Natã” para falar conosco. O profeta conta uma história para o rei que era similar a situação em que ele vivia. Por incrível que pareça, quando ele termina, Davi dá o seu parecer a respeito, demonstrando que para a vida do outro ele ainda era capaz de discernir entre o certo e o errado. Às vezes, agimos exatamente assim, cegos acerca dos nossos próprios atos, mas, em relação ao outro, implacáveis e extremamente “justos”. Neste momento, Natã, então, percebeu que Davi estava muito enfermo. Ele estava sofrendo de uma doença que vou apelidá-la de “insensibilidade ao pecado”. – Este homem da história és tu oh rei. Disse o profeta. Parece que aquela poderosa frase foi capaz de tirar a Davi do seu transe. Ele caiu em si, se arrependeu de seus gravíssimos erros e foi perdoado por Deus, mas, pagou um alto preço pela sua dormência espiritual.
Deste modo, existem muitas pessoas “boas” como Davi que também estão entorpecidas pelo pecado; este estágio na vida do homem é ainda mais perigoso do que simplesmente viver em sua prática, pois, nele o Espírito Santo não o incomoda mais. Quem sabe também já não chegou a hora de fazermos um autoexame a fim de identificarmos como anda a nossa sensibilidade em relação ao pecado que tão de perto nos assedia. “Porquanto está escrito: Sede santos porque Eu sou santo.” (1Pe 1.16-25). Assim diz o Senhor!!!

Juvenal Oliveira

domingo, 13 de outubro de 2019

ESTÁ ESCRITO


A escrita é uma das formas de comunicação mais eficientes que existem. É através dela que conhecimentos milenares chegaram até os nossos dias. Mas, nem tudo o que foi registrado desde os primórdios até aqui é confiável ou transmite fatos fidedignos. Por outro lado há aqueles que após terem sido passados por profundas análises, a sua autenticidade foi devidamente comprovada, como, por exemplo, os manuscritos que deram forma a Bíblia Sagrada. Um livro que na verdade é um compêndio com um vasto material que fora escrito por homens, entretanto, sob a inspiração divina. Deus, sendo um ser infinito pode nos dias atuais falar aos corações das pessoas através de várias maneiras, não obstante, a forma mais tradicional, confiável, completa e clara é através das Escrituras.
Quando o apóstolo Mateus narra o momento em que Jesus é levado ao deserto para ser tentado por satanás, ele expõe os fatos com detalhes (Mt 4. 1-11). O Filho do Homem vence as inúmeras investidas do inimigo utilizando simplesmente trechos da Bíblia. Por três vezes Ele utiliza a expressão “está escrito”, como se fizesse menção a um documento registrado em cartório que lhe oferecesse total garantia de tudo quanto ali estava escrito. Os nossos maiores dilemas também terão uma grande probabilidade de serem solucionados a medida que nos apropriarmos de tudo aquilo que “está escrito” neste livro, assim como fez Jesus.
A história conta que Martinho Lutero fora atormentado por muito tempo, pois não conseguia vencer os seus pecados. Muitos de nós também vivemos este mesmo dilema de Lutero. Mas, chegou o momento que ele conseguiu compreender o poder da Palavra diante das acusações constantes do diabo sobre a sua vida cheia de imperfeições. Ele tomou posse de tudo que “está escrito” acerca do poder do pecado na vida do homem. Eis alguns deles, pois existem muito mais sobre este assunto específico:
“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”.  “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. (Rm 5.20;  Rm 6.14; 1Jo 2.1)
Por detrás das coisas mais horripilantes que acontecem no cotidiano da vida dos homens está um ser terrível, cruel e poderoso que a Bíblia chama de Satanás; um ser espiritual com poderes que transcendem ao de qualquer pessoa existente neste mundo físico. Este ser junto ao seu exército de demônios inferniza milhares de pessoas diuturnamente e deixa muita gente em verdadeiro pânico. Como vencê-los? A resposta é simples. Da mesma forma que o nosso Mestre o venceu. Utilizando com autoridade tudo quanto “está escrito”:
“Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo”. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. “Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. (1 Jo 4.4; Tg 4.7; Rm 8.36-39)
Por fim, como vencermos as lutas e o sofrimento que nos acompanham por muitos momentos de nossas vidas e que nos deixam sem rumo e sem direção. A Bíblia é capaz de responder aos nossos maiores questionamentos e diante do sofrimento, ela traz um verdadeiro bálsamo para a nossa alma; ainda que naquele momento ele não venha a ser resolvido, entretanto, ela nos dá todo o suporte físico e emocional que necessitamos para superarmos todas as coisas e prevalecermos. Se “está escrito”, eu creio e tomo posse:
“O choro pode durar uma noite, mas a alegria virá ao amanhecer”.  “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. (Sl 30.5b; Jo 16.33; 1Co 10.13)

 Juvenal Oliveira