terça-feira, 27 de agosto de 2019

A VONTADE PRECEPTIVA DE DEUS






É muito comum vermos alguém questionar a Deus sempre que algo negativo acontece ou quando as coisas não acontecem da maneira almejada. Os mais incrédulos, logo, concluem que Deus não está nem aí para a humanidade, muito menos para o indivíduo em particular. Já outros ficam questionando o porquê dEle não interferir em determinadas situações. Como lidar com estas realidades e entender o agir de Deus? Esta é uma pergunta que constantemente ronda os nossos pensamentos sempre que somos confrontados com situações embaraçosas nas diversas áreas da vida.
Um dos atributos incomunicáveis de Deus é a sua onipotência, ou seja, o reconhecimento de que Ele possui todo o poder sobre tudo. Partindo deste princípio, haveria alguma coisa que Ele não pudesse fazer? Se Ele quiser realizar alguma coisa, qualquer coisa, desde que não infrinja as suas próprias leis preestabelecidas, Ele o fará, isto é o que a teologia chama de vontade decretiva de Deus, ou absoluta. Quando Ele resolveu criar a luz, simplesmente disse: “Haja luz” e houve luz (Gn 1.3). Quando olhamos para o presente ou o futuro, esta vontade se torna oculta, pois ninguém tem o poder de conhecer a mente do Eterno (Dt 29.29). Mas, de acordo com as Escrituras, Ele revela de forma universal qual é a sua vontade para a raça humana. Vontade esta que nem sempre é respeitada ou obedecida e que é denominada por vontade preceptiva de Deus ou vontade normativa. São mandamentos, leis, orientações estabelecidas pelo Senhor e reveladas na sua Palavra, que é a Bíblia. Um pequeno exemplo desta vontade está relatado no livro do profeta Ezequiel, que diz o seguinte: “Teria eu algum prazer na morte do ímpio?, palavra do Soberano Senhor. Pelo contrário, acaso não me agrada vê-lo desviar-se dos seus caminhos e viver?” (Ez 18.23). Deus está afirmando através do profeta que a sua vontade é que todos vivam, entretanto, milhares de pessoas partem deste mundo sentenciadas ao inferno por não observarem os seus estatutos.  Outro texto que reforça esta verdade é o trecho da carta do apóstolo Paulo a Timóteo: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. (1Tm 2.3-4). Apesar de ser da vontade de Deus que todos se salvem, infelizmente, isto não acontecerá, pois muitos não estarão dispostos a se submeterem a sua vontade. 
O que compete ao homem é conhecer a vontade preceptiva de Deus e fazer o possível para andar de acordo com ela. Baseado em tudo aquilo que o Pai nos revelou fica fácil respondermos a perguntas, como: É da sua vontade que eu e você cresçamos em amor, maturidade, santidade, fé, etc.? Ou, Seria da vontade dEle que a sua igreja se expandisse, alargando as suas tendas? Estas e muitas outras perguntas são fáceis de serem respondidas. Mas, você pode realizar a seguinte indagação: _ Se é da vontade de Deus e se Ele tem todo o poder, porque esta não é uma realidade na vida de todos os seres viventes? Porque a sua igreja plantada na localidade “X” não cresce como deveria? Porque coisas ruins acontecem o tempo todo?
É certo, que não conseguiremos respostas exatas para todas estas perguntas, principalmente, em se tratando da vontade de um ser autoexistente, infinito, como Deus. E, quanto a sua vontade, a decretiva, continuaremos sem respostas, mas o mais importante é conhecermos a sua vontade normativa. Estarmos totalmente dispostos a obedecê-la. Aqueles que agirem deste modo serão como aquele paraquedista lançado em um lugar distante e desconhecido, dentro de uma mata fechada, mas, que possui um GPS em suas mãos. Com a ajuda deste instrumento ele conseguirá chegar ao seu destino final, mesmo tendo que enfrentar os inúmeros obstáculos existentes em seu itinerário. O nosso GPS é a Bíblia. Se buscarmos conhecê-la e praticá-la, vivendo sob a sua direção, experimentaremos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.2).

Juvenal Oliveira Netto







quinta-feira, 15 de agosto de 2019

TODO VASO UM DIA PRECISARÁ SER RESTAURADO


Quase todas as substâncias existentes na natureza sofrem algum tipo de deterioração com o passar do tempo. O ferro enferruja, a madeira apodrece, a tinta perde a sua cor, a prata escurece e até o bronze perde o seu brilho com a formação do azinhavre. Os vasos de barro depois de alguns anos de uso também perdem algumas de suas propriedades, principalmente pela ação da umidade e já não são tão belos conforme no inicio. São vários os agentes responsáveis por todo este dano.
Muitas vezes Deus usa através de sua Palavra, que é a Bíblia, exemplos práticos e corriqueiros para nos trazer algum tipo de ensinamento. No livro do profeta Jeremias, o homem é comparado a um vaso de barro, com características frágeis, mas, que foi formado exatamente como planejado pelo oleiro; pelo manusear de suas habilidosas e soberanas mãos. Este oleiro genial capaz de criar todo o universo, que alguns o chamam de Elohim, agora resolve dar o seu toque final, o homem passa a ser a sua verdadeira obra prima.
Infelizmente, esta magnífica criação também está suscetível à deterioração. A única diferença está nos agentes causadores. São inúmeras as pessoas que perderam a sua originalidade; não são mais as mesmas de algum tempo atrás; perderam o seu brilho, o seu primeiro amor, a sua alegria e já não “encantam” mais. Neste mundo que jaz no maligno, todos nós somos expostos diuturnamente a influências danosas; ações violentas e homicídios o tempo todo num verdadeiro culto ao ódio, muitas vezes sem causa alguma; indiferença àqueles que estão vivendo na miséria; atritos nos relacionamentos, onde as mágoas e os ressentimentos se enraízam nos corações ao ponto de criar-lhe uma película de pedra; apatia, indiferença a tudo e a todos, principalmente, em relação à espiritualidade, onde a religião se tornou tão atraente que acabou tomando o lugar do próprio Deus, aí, quando a ficha cai, percebemos o quanto estamos distantes dEle.
O profeta Jeremias narra que a Palavra do Senhor veio a ele, mas, com uma condicionante: “Dispõe-te e desce a casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.” (Jr 18.2). Quando percebemos que estamos como a um vaso quebrado ou apenas deteriorado pelas inúmeras ações deste mundo cruel, a primeira atitude a ser tomada é a de se dispor e buscar a mudança, a restauração ou até mesmo a cura, isto é, tomar a iniciativa, neste caso, em direção àquele que pode realizar todas as coisas, o grande “Oleiro” do universo. Outra atitude a ser tomada é a de “descer”, que significa se humilhar; se colocar na posição de servo; reconhecer a sua insignificância; se despir de toda a altivez e prepotência; se entregar por inteiro aquele que lhe criou. Jeremias é levado a uma visão de um vaso sendo construído que, por algum motivo, se quebra nas mãos do oleiro. O oleiro em posse daquela matéria recomeça a sua obra e refaz aquele vaso, agora perfeito, bonito, atraente, pronto para ser usado.
Desta forma, o Senhor ensina ao profeta: “Não poderei Eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?” (Jr 18.6a). Quem sabe você neste momento não esteja se sentindo como a um vaso quebrado, inútil, imperceptível, abandonado, sem qualquer serventia. Os agentes, que os chamamos de problemas, lhe causaram males terríveis que você não sabe mais como resolvê-los. Jesus, o Oleiro dos oleiros, tem a fórmula do seu DNA nas mãos e pode lhe restaurar por inteiro. Creia nisso!
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11.25).

Juvenal Oliveira Netto