sábado, 27 de outubro de 2018

A IGREJA DEVE SE ENVOLVER MESMO COM A POLÍTICA?



Nós nem chegamos ainda ao segundo turno das eleições presidenciais de 2018 que elegerá o novo presidente da república e já se pode constatar que nunca na história deste país a igreja cristã exerceu tamanha influência no resultado de uma eleição. O assunto é extremamente polêmico, mas, não tem como se fugir desta realidade e a pergunta que ecoa nos ouvidos de muita gente é a seguinte: A igreja deve mesmo se envolver com a política?
Ao se estudar a história da Igreja cristã focando neste assunto, percebe-se que foi uma experiência traumática vivida no passado num tempo em que não havia separação entre ela e o Estado, pois perdera a sua essência e trilhou por caminhos escuros e tenebrosos. Tal experiência acabou gerando por parte das lideranças uma aversão em lidar com todas as questões relacionadas à política. Nenhum líder eclesiástico queria ter seu nome envolvido diretamente a este sistema. Esta realidade vem mudando gradativamente nas últimas décadas, principalmente, com o crescimento explosivo das igrejas evangélicas, em especial, as neopentecostais.
É necessário que se tenha muito temor, discernimento e, acima de tudo, muito equilíbrio no trato com este tema. O ser humano possui uma enorme tendência em trilhar por caminhos extremistas, talvez por ser mais fácil e simples de se lidar. Se houve excesso do envolvimento da igreja no passado ao ponto dela se difundir com o Estado, depois deste período ela caminhou no sentido oposto e não mais quis se quer participar dos debates políticos que envolvem, inclusive, as questões de fé da sociedade. Nos últimos anos ela começou novamente a se pronunciar e a se posicionar, incialmente de forma tímida, pois começou a ser atingida diretamente pelo surgimento de propostas de leis que vem de encontro a princípios básicos adotados e ensinados por ela. Ultimamente ela tem se manifestado de forma mais contundente, talvez por perceber o perigo que estava correndo em perder espaços que foram conquistados com muito trabalho, suor e sangue. Mais quais seriam os limites para este envolvimento?
Uma coisa é certa, os líderes das igrejas não podem cometer o erro de transformar o púlpito, que é um lugar sagrado e exclusivo para adoração a Deus, em um palanque. Os templos juntos com os seus fiéis não devem ser transformados em currais eleitorais. Não há nada de errado em um pastor, bispo, etc., se candidatar a qualquer cargo político, desde que, não venha a utilizar a sua influência para promover a sua candidatura; neste caso, ele deve desvincular a sua imagem eclesiástica do cargo que estará concorrendo, inclusive, efetuando o registro da sua candidatura sem a menção do seu título religioso. Além disto, o pretenso candidato deve saber separar muito bem as funções exercidas por ele na igreja com as outras relacionadas à política, durante e, após a campanha, se for eleito. Talvez ele até tenha que optar entre uma atividade e outra. Não é através da formação de bancadas políticas, como acontece com alguns grupos empresariais, que a igreja conseguirá cumprir o seu papel na sociedade; as suas armas não são carnais, mas espirituais, poderosas em Deus para destruir fortalezas (2 Co 10.4). O ideal mesmo é que o candidato que possui algum título eclesiástico ao ser eleito a qualquer cargo político que seja, desvincule a sua imagem da igreja, pois a partir de então ele passa a ser um funcionário do povo e não deve limitar as suas ações somente as pessoas que compartilham da mesma fé.
A igreja não deve e não pode fazer acordos com candidatos ou partidos políticos em troca de benefícios, pois esta atitude não é condizente com os ensinamentos do nosso Mestre e mesmo que não seja ilegal, é, no mínimo, imoral, sem sombra de dúvidas.
Portanto, o envolvimento da igreja com questões políticas não é errado, desde que se restrinja a orientações gerais por parte das lideranças, sem mencionar nomes de candidatos ou partidos políticos no intuito de trazer esclarecimentos quanto a princípios éticos, morais e comportamentais que devem ser observados pelos fiéis ao escolherem qualquer candidato que seja.


Juvenal Oliveira

domingo, 14 de outubro de 2018

AOS MESTRES COM CARINHO


Dentre tantas profissões existentes na sociedade, sem dúvida alguma, a de professor é uma das mais relevantes. Pode se dizer que ela e a mãe de todas as outras. O que seria, por exemplo, a vida de um médico que salva inúmeras vidas diariamente, não fosse as pessoas responsáveis por instrui-lo durante seis anos consecutivos?
Ser professor é muito mais que exercer uma profissão. A sua tarefa algumas vezes se parece com a de um agricultor que sai incansavelmente a lançar as suas sementes; ele não sabe quais germinarão, muito menos quais se sobressairão. Ele só tem uma certeza, dentre tantas semeadas, muitas crescerão e darão muitos frutos. Fico a imaginar os professores dos chamados gênios como Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Beethoven, Galileu Galilei, René Descartes, Thomas Edison, Alan Turing e outros. Que honra poder ter sido instrumento para o surgimento de obras tão belas e descobertas tão relevantes que ficaram na história. Quem é que consegue esquecer-se da sua primeira professora? Aquela que te ensinou a escrever o seu nome pela primeira vez?
O que seria de nós sem vocês a insistirem em nos ensinar? Perseverar, mesmo em meio as nossas rebeldias, deboches, desinteresses e coisas ainda piores. Existem muitos momentos em que vocês chegam a pensar que todo o esforço está sendo em vão devido à tamanha indiferença. Mas, de um modo geral, jamais será, pois ainda que numa turma um pequeno percentual consiga chegar ao objetivo final, já terá valido a pena e, pode ter certeza que isto é uma realidade. Eu, e, até mesmo você, somos provas reais desta verdade, não é mesmo?
Como aquela plateia que se põe de pé para aplaudir durante longos minutos após ter assistido uma apresentação impecável, nós também queremos ter esta mesma atitude em relação a todos vocês. Porque só hoje? Alguns poderiam até questionar. Hoje, porque é o dia reservado exclusivamente para eles. Mas, o que vocês fazem no dia a dia mereceria que este nosso gesto de admiração e enaltecimento se repetisse a cada vez que adentrassem em suas salas de aula.
Parabéns queridos e amados professores de ontem, hoje e sempre. Aos que estão exercendo no presente os seus ministérios, que Deus continue a abençoa-los e que as suas vidas sejam inspiradas naquele que é considerado o Mestre dos mestres, Jesus de Nazaré.
“Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos”. (Augusto Cury)

Juvenal Oliveira

sábado, 6 de outubro de 2018

PARA TUDO HÁ O SEU TEMPO



Já imaginou você estar com muita sede e te oferecerem um prato de salgados ou estar com muito sono e te pedirem para passar a noite em claro. A Bíblia traz uma exposição sobre haver um tempo determinado para cada ação ou reação a ser desencadeada por cada individuo no decorrer de sua vida. No livro de Eclesiastes está escrito assim: “Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;”. (Ec 3.2-7).
Todos os brasileiros que creem em Deus e tem comunhão com ele, nestas últimas semanas vem orando, intercedendo, pedindo ao Senhor que abençoe a nossa nação e neste momento tão importante que nos dê discernimento para escolhermos aqueles que forem os melhores governantes para o nosso povo. É o nosso futuro, de nossos filhos e netos e das próximas gerações que está em jogo, por isto, compreendemos tamanha importância de sabermos escolher bem os nossos representantes nos diversos cargos eletivos. Fizemos o mais importante até o dia de hoje, 06/OUT/2018, que é entregarmos o Brasil nas mãos do Deus Todo-Poderoso.
Entretanto, amanhã, dia 07 de outubro de 2018, a nossa ação deve ser outra. Todos devem encarar a responsabilidade, que é individual, se dirigirem para as suas respectivas zonas eleitorais e votarem naqueles que acreditam serem os melhores. Deus não vai apertar o botão da urna por mim e por você, ainda que tenha todo o poder para isto. Exerça com responsabilidade a sua cidadania, independente de quaisquer circunstâncias, lembrando que a omissão não é o caminho a ser trilhado por aqueles que querem contribuir para um país melhor. Se o resultado não for o esperado, não importa, saibamos respeitar as vontades da maioria, assim funciona a democracia. Sem desordem, violência ou qualquer atitude antidemocrática. Lembremos que apesar das escolhas serem diferentes por visões divergentes, o que todos queremos é um futuro melhor para todos, indistintamente.
Certa feita o grande líder de Israel chamado Moisés foi orar a Deus devido as circunstâncias que atravessavam naquele momento. Eles estavam encurralados entre o exército de Faraó, que os perseguia, e o grande mar vermelho. A resposta do Eterno para o seu servo foi que, naquele momento, não era mais hora de orar e sim de agir. Ele deu a ordem para Moisés: “Diga ao povo que marchem” (Ex. 14.15). Moisés cumpre a determinação, e quando eles avançam em direção ao mar vermelho, as águas se abrem formando um grande muro jamais visto, composto exclusivamente por H2O. Portanto, quero concluir aqui repetindo a ordem de Deus dada no passado: Marchemos amanhã em direção as urnas e escolhamos aqueles que estarão imbuídos da grande responsabilidade de dos liderarem pelos próximos quatro anos.  Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. BRASIL ACIMA DE TUDO. DEUS ACIMA DE TODOS!!!!!

Juvenal Oliveira