Recentemente o mundo inteiro parou para
acompanhar a tentativa de resgate de doze meninos e o seu técnico de uma
caverna na Tailândia. Especialistas no assunto chegaram a admitir que retirar
aquelas pessoas dali com vida seria praticamente um milagre. As condições eram
extremamente desfavoráveis e exigiria muito esforço, perseverança, amor, técnica
e, acima de tudo, fé para conseguirem vencer todos aqueles obstáculos. Quanta
apreensão a cada dia que se passava!!! Fome, frio, escassez de oxigênio, medo e
escuridão do lado de dentro da caverna e do lado de fora, muitas estratégias,
junção de especialistas de vários países, orações, lágrimas e muita expectativa.
Mas, graças a Deus, depois de dezessete dias de terror, todos foram salvos e o
mundo todo festejou como se cada um daqueles meninos fizesse parte de nossas próprias
famílias.
Apesar de todo o sucesso obtido pela equipe de
resgate onde todos foram retirados com vida, infelizmente, houve um preço a ser
pago. Um dos mergulhadores que fazia parte da equipe de busca não retornou para
casa. Uma vida se perdeu. Alguém teve que se doar.
Este episódio ficará marcado na história como
sendo uma das maiores mobilizações de salvamento e resgate, principalmente,
pela repercussão que obteve de toda a grande mídia mundial. Gostaria de fazer
um paralelo neste momento tão oportuno sobre outra operação de resgate que deve
ser considerada a maior de toda a história da raça humana.
Assim como aqueles treze homens, toda a
humanidade estava aprisionada, não por uma simples caverna, mas, pelo poder
avassalador do pecado; sentenciada a morte como consequência deste pecado. A
lei foi instituída para por ordem nas coisas, não obstante, ninguém era capaz
de cumpri-la na sua totalidade e não havia mais nada que pudesse ser feito,
tendo em vista que ao homem fora dado à liberdade de realizar as suas próprias escolhas;
e ele optou por continuar pecando (Rm 6.23; Rm 5.17-21).
O amor de Deus é tão grande pela sua obra prima,
o homem, que ele resolveu criar um brilhante plano de resgate. Ele mandaria
aquele que tinha o preparo suficiente, capaz de vencer todas as barreiras; capaz
de suportar as maiores humilhações e escárnios; capaz de se colocar em nosso
lugar, recebendo toda a nossa sentença; capaz de cumprir integralmente toda a
lei, satisfazendo todas as exigências necessárias para a nossa absolvição; capaz
de dar a sua própria vida se preciso fosse (Jo 3.16; Rm 10.4; 2Co 5.15).
A vida de um mergulhador foi o preço a ser pago
pelas vidas daqueles meninos, assim como o preço a ser pago pelo resgate de
toda a humanidade, foi a crucificação do Filho de Deus. Ele nos libertou não apenas
de uma caverna ou da morte física, mas, da segunda morte, a espiritual. Ele
quitou a nossa dívida e nos reconciliou com o Pai. Retirou-nos da escuridão da
caverna, que simboliza o inferno.
Por isto que o apóstolo Paulo escrevendo aos Colossenses
disse que Ele nos libertou das trevas e nos transportou para o Reino do Filho
do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos nossos
pecados (Cl1. 13-14). Aleluia!! Cristo nos resgatou.
Juvenal Oliveira