Este imenso país continente chama a atenção de
todo o mundo pelas diversidades nele existentes desde a cultura até as suas
fontes de riquezas naturais. Um povo
reconhecidamente alegre, simpático e acolhedor. Começamos a ganhar destaque
pelo mundo através do nosso esporte predileto, o futebol. Jogadores como Pelé, Garrincha,
Zico, Romário, Ronaldinho (fenômeno), Airton Sena, na Fórmula um e muitos
outros fizeram o nosso país conhecido em todos os quatro cantos da terra. Outro
destaque internacional é o nosso folclore com festas típicas como o bumba meu
boi, carnaval e outras. O nosso réveillon atrai milhares de turistas não só
pela quantidade de fogos, mas, principalmente, pela alegria contagiante do
brasileiro e a geografia desta terra, com suas paisagens magníficas. As fontes
de riquezas naturais chamam a atenção e despertam o interesse das maiores
potencias mundiais. Temos a maior reserva de nióbio do mundo; a maior fonte de
água potável; a maior e mais importante floresta com uma flora e fauna
riquíssimas; somos o maior produtor de café; um dos maiores produtores de carne,
soja e minério de ferro.
Por outro lado, a nossa fama também tem o seu
lado negativo. Tivemos recentemente um dos maiores escândalos de corrupção da
história mundial; temos a quarta maior população carcerária do mundo; lideramos
o ranking de homicídios e latrocínios; somos um dos maiores consumidores de
drogas; temos uma das maiores despesas com políticos do mundo; somos um dos
povos que mais desrespeita e tenta burlar as suas leis; somos um país onde se
tem um dos maiores números de feriados, talvez insinuando a realidade de um
povo que não gosta muito de trabalho. Temos uma enorme desigualdade social e uma
péssima distribuição de renda, apesar de toda a propaganda e discursos dos
últimos governos afirmando o contrário, prova disto são as milhares de
comunidades carentes espalhadas por todo o território sem a menor
infraestrutura urbana, vivendo a baixo da linha da pobreza.
Com todos os defeitos, mazelas e desafios, ainda
amo este solo, pois foi Deus que nos deu. Mas, se dissesse que estou satisfeito,
estaria mentindo. Gostaria de ver um país diferente ou pelo menos, trabalhar
muito para que as gerações futuras usufruam dias mais promissores. O Brasil que
gostaria de ver seria mais ou menos assim:
Começando pelas diversas autoridades
constituídas dentre tantos cargos do alto escalão existentes nos três poderes
da República, que elas fossem mais competentes, honestas, altruístas e
patriotas e que colocassem em primeiro lugar o povo e não os seus interesses
particulares meramente egoístas e medíocres.
Que tivéssemos uma carga tributária mais suave e
justa. Temos hoje uma das maiores do mundo. Se outros países conseguem, até
mesmo os mais pobres, porque nós não poderíamos. Alguma coisa está errada,
vocês não acham? E o pior, se tivesse o retorno adequado com serviços públicos
de alta qualidade, ainda se poderia até justificar, mas, isto não acontece.
Outro problema gerado com todos estes impostos é a sonegação por parte de
muitas empresas e a falência de outras, aumentando os índices de desemprego.
Que os grandes empresários e comerciantes sejam
menos ambiciosos. Eles se acostumaram a obter uma margem excessiva de lucro em
cima dos produtos comercializados, chegando ao extremo de ganharem 100% na
venda de cada item. Um verdadeiro absurdo!!!
Que todos os brasileiros tenham acesso a um tratamento
de saúde digno, como uma das necessidades básicas de todo ser humano. O Sistema
Único de Saúde (SUS) é precário e ineficiente e empurra parte da população para
os planos de saúde privados que são muito caros e deixam muito a desejar na
qualidade dos serviços prestados, prova disto é a enorme quantidade de ações na
justiça movida por cidadãos insatisfeitos. Não tenho nada contra os planos
privados desde que eles ofereçam um serviço de qualidade a preços justos e que estejam
ao alcance de todas as classes sociais e não apenas sendo privilégio para uma
minoria. Se o governo quer apoiar este grupo empresarial, então que fiscalize e
exija qualidade nos serviços prestados, e, ainda, estabeleça um salário mínimo
que dê condições a todos os cidadãos de pagarem por estes planos. Ou então, que
disponibilizem acesso gratuito para toda a população a hospitais, clínicas,
consultas e centros de tratamento de qualidades.
Que o governo invista mais de nosso PIB em
educação. Se analisarmos este investimento de forma geral, o Brasil aparece bem
no ranking mundial, mas, se comparado este mesmo investimento por aluno, ele
cai para 35º, de acordo com estudo divulgado pela Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OECD). Mas, não adianta apenas injetar dinheiro, ele
precisa ser bem empregado com uma boa gestão por profissionais competentes sem
ideologias partidárias. A começar pelos salários dos professores que é
depreciativo. Esta classe precisa ser valorizada e estimulada. O governo deve
estabelecer tetos salariais mínimos em todo o território nacional; investir em
cursos e intercâmbios a fim de melhorar a qualificação destes educadores. Eles
devem passar por avaliações periódicas a fim de verificar os seus desempenhos.
Devem ser proibidos de ensinarem ideologias, sejam elas quais forem, partidárias,
religiosas, sociológicas, etc. Eles não estão em sala de aula para emitirem
pensamentos pessoais e sim para transmitir o conhecimento de forma abrangente e
imparcial.
Precisamos de uma revolução no sistema de
ensino; não adianta aprovar um aluno sem que o mesmo alcance os índices mínimos
de aprendizado para aquela série, pois, se o fizerem, prejudicarão todo um
grupo no ano seguinte, obrigando o professor a diminuir o ritmo de ensino e obriga-lo
a ter que nivelar a turma por baixo.
A realidade das famílias neste período pós-moderno
é a de pai e mãe trabalhando fora para terem condições de suprir as
necessidades do lar. Esta realidade trás a tona um terrível problema. Os filhos
ficam na maior parte do tempo com avós, parentes, babás ou em creches. O
resultado disto, na prática, tem sido horrível. Filhos educados ineficazmente
serão péssimos cidadãos em todos os sentidos. O que pode ser feito? O governo
poderia programar um sistema de estudo integral, onde os alunos passariam o dia
todo nas escolas tendo variadas atividades, todas voltadas para a educação.
Outra medida seria a redução da carga horária de trabalho para famílias com
filhos de até sete anos de idade onde ambos trabalham fora; esta fase é
considerada pelos psicólogos como fundamental para a formação do caráter dos
seres humanos. Incentivos e punições severas para os pais que deixarem de levar
os seus filhos para a escola durante a fase da menor idade. Em relação às
instituições de ensino particular, as mesmas citadas acima sobre a saúde. Ou o
governo estabelece escolas públicas no mesmo padrão de eficiência das privadas
ou conceda condições salariais para que todos tenham condições de custear
estas. Não tem como fugir desta realidade, o trajeto que o país precisa percorrer
até alcançar o progresso desejável, terá obrigatoriamente que passar pelo investimento
pesado no sistema de educação. Isto para obtermos resultados a médio e longo
prazo, para as próximas gerações, pois esta já está contaminada.
Gostaria de ver uma reforma profunda no sistema
prisional a fim de poder cumprir o seu papel na ressocialização desta enorme
população carcerária. Presos recebendo instrução, ocupando o seu tempo
produzindo algo que possa ajudar a manter as suas despesas e ao mesmo tempo
aprendendo uma profissão que lhes possa servir para quando estiverem em
liberdade. Acabar com as reduções de pena em casos de crimes hediondos,
reincidentes, etc. Alterar as leis em relação à maioridade penal e ao mesmo
tempo responsabilizar de alguma forma os pais por crimes cometidos por menores
de quatorze anos; existem uma multidão de crianças largadas pelas ruas sem
qualquer acompanhamento de um adulto, sendo aliciadas cada vez mais cedo pelo
tráfico de drogas e pelos cafetões. Uma verdadeira reforma no Código Penal, com
leis mais duras e menos brechas para coibir as ações dos escritórios de
advocacia que enriquecem exercendo a função de verdadeiros “advogados do Diabo”.
Gostaria de ver um país mais igualitário onde
todos tenham as mesmas oportunidades, independente de cor, opção sexual, credo
religioso ou condição socioeconômica. As cotas estipuladas pelo governo só
trazem mais segregação, pois insinua que as pessoas afrodescendentes são menos
capazes que as demais. O brasileiro é um povo de etnia diversificada e não tem
como fazermos distinção alguma entre as famílias. Existem filhos brancos com
pais negros e vice versa. Esta política só aumenta o racismo, o preconceito e a
intolerância.
Gostaria de ver um país com uma imprensa livre e
imparcial. Hoje a grande mídia brasileira não é confiável. Ela é tendenciosa,
má e astuta. Incentiva a violência, o uso de drogas, a promiscuidade e a
segregação com seus programas de entretenimento. Ela vive tentando colocar a
população contra os policiais. Parece que a sua ideologia é o quanto pior,
melhor, como urubus em busca de carniça. Ela só não consegue realizar um estrago ainda
maior em nosso país por causa das redes sociais que nos mostram outras
realidades e ampliam a nossa visão.
Gostaria de ver um país onde políticos e
empresários pudessem dar as mãos e se preocupassem mais em gerar novos
empregos; em atrair o capital estrangeiro; em melhorar a qualidade de seus
produtos tornando-os mais competitivos no comércio internacional. Na mesma
proporção, gostaria também de ver os governantes acabando com os programas “assistencialistas”
que só mascaram o problema. Adotar aquela máxima antiga do não dê simplesmente
o peixe, mas dê uma vara e o ensine a pescar.
Sendo assim, poderia aqui citar ainda uma
infinidade de coisas que gostaria de ver neste país, mas, quero me deter por
aqui, pois acredito que estas aqui citadas são básicas e, se fielmente cumpridas,
serão suficientes para que todos os cidadãos estejam aptos a contribuírem para
um país melhor.
Que
Deus nos abençoe!!
Juvenal Oliveira Netto
“Precisamos deixar um Brasil melhor para os nossos
filhos ou deixarmos filhos melhores para o nosso Brasil?”
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