quarta-feira, 2 de maio de 2018

AVAREZA: UMA DAS CARACTERÍSTICAS MAIS MISERÁVEIS DA NATUREZA HUMANA



O efeito do pecado original é devastador na vida dos homens e a avareza, com certeza, é um desses. Um comportamento reprovável e ao mesmo tempo negado por todos, pois no fundo sabem que, no momento que admitirem, não serão vistos com bons olhos pelas pessoas que o rodeiam, ou seja, serão discriminados e apelidados com termos pejorativos tais como: “unha de fome”, “mão de vaca”, “pão duro”, “muquirana”, “mão de figa”, “mão fechada”, “ganancioso”, “mão de leitão”, “sovina”, “tacanho”, “tranca”, etc.
Existem pessoas que apesar de serem avarentas, não conseguem enxergar em si mesmas tal característica. Há uma linha tênue entre ser comedido na administração de suas finanças, ser controlado nos gastos e ser um “pão-duro”. Então, como identificar uma pessoa assim? Pode um verdadeiro cristão ser avarento?
Primeiro, são pessoas que possuem um medo excessivo de perderem aquilo que adquiriram, seja por esforço próprio ou não. Agem como se fossem levar todos os seus bens para a sepultura como se houvesse tal possibilidade. Segundo, são pessoas que relutam muito em gastar dinheiro, ainda que seja para cuidar da sua saúde, conforto e até com itens de necessidades básicas. Exploram ao máximo, tudo o que o seu próximo pode lhe oferecer. Só compram produtos que estejam em promoção. Para estas pessoas o que importa é conseguir viver bem, gastando o mínimo possível. Terceiro, são pessoas extremamente apegadas aos bens materiais. Costumam amar mais “coisas” do que pessoas; jamais serão capazes de doar algum objeto a não ser que esteja deteriorado ou que já não possua nenhum valor. Ao fazerem qualquer tipo de negócio, supervalorizam os seus bens e tentam, de todas as formas, desvalorizar os dos outros.  Quarto, geralmente são egoístas e só conseguem enxergar o seu próprio umbigo. Até se propõem a ajudar ao próximo, desde que isto não lhe gere custos.
A avareza não escolhe raça, condição social ou até mesmo religião, por mais que esta as ensine exaustivamente o inverso.  Ao contrário do que parece, ela não é exclusividade dos ricos. Parece que algumas pessoas tem uma grande dificuldade em lidar com este problema e nem mesmo os ensinos religiosos são capazes de libertá-las por inteiro. Os espíritas, por exemplo, costumam dar muita ênfase às boas obras e a ajuda ao próximo e isto pode amenizar os efeitos da avareza, eu disse amenizar. Da mesma forma, as igrejas cristãs reformadas ensinam os seus fiéis a entregarem o dízimo de tudo aquilo que recebem, além da ênfase também a ajuda ao próximo. O exercício da entrega mensal de dez por cento de tudo aquilo que se recebe tem base bíblica e ajuda muito ao desprendimento, não obstante, também não é capaz de curá-la se ela o fizer por puro medo da condenação eterna ou de o “devorador” colocar a mão naquilo que ela já tenha conquistado.
Certo é que a Bíblia condena veementemente a avareza. E a sua definição para esta atitude vai além das fornecidas pelos dicionários. A Bíblia a define também como idolatria, ou seja, um ídolo, um tipo de deus que hipnotiza milhões de pessoas e que irá leva-las para o inferno se não se arrependerem a tempo. Segundo a Bíblia não há como servir a dois senhores. Infelizmente, a realidade de uma pessoa classificada como sendo avarenta é que ela ainda está aprisionada ao fascínio deste terrível falso deus e receberá a devida recompensa por isto. A boa notícia é que eu e você somos livres para fazermos as nossas próprias escolhas. Então, decidamos hoje a servirmos ao único Deus, capaz de nos fazer vencer até mesmo a sepultura, Jesus Cristo de Nazaré, o maior de todos os tesouros. (Ex 18.21; Pv 15.27; Mt 6.24; Lc 12.15; 1Co 5.11, 6.10; Ef 5.5; Cl 3.5; Hb 13.5; 1Tm 3.3; 2Tm 3.2). 


Juvenal Oliveira

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