É preciso tratar a causa e não simplesmente os
seus efeitos. Quem nunca ouviu esta frase? Normalmente usada quando alguém
tenta resolver um problema de forma elementar e até leviana sem investigar
primeiro quais seriam os vetores causadores daqueles males. Em se tratando das
grandes adversidades que assolam a sociedade brasileira, surgem inúmeras
perguntas acerca de possíveis soluções. O que fazer para diminuir os índices de
violência, corrupção, imoralidade, devassidão, etc.? Quais seriam as medidas a
serem adotadas para trazer cura a uma comunidade extremamente enferma? Pela
gravidade do tema proposto, muitos representantes das chamadas ciências humanas
tem debatido exaustivamente a fim de identificar as causas, empregar o
tratamento adequado e assim encontrar as devidas elucidações a fim de se
melhorar o convívio coletivo e a qualidade de vida.
Um homem chamado Eliseu também foi convocado
para resolver um grave problema enfrentado pelos moradores de Jericó. As águas
daquela cidade estavam amargas e isto tornava as terras estéreis. O profeta,
sob a orientação do Eterno, mandou que lhe trouxessem um prato novo e que
colocassem sal nele. Ele subiu até “a
fonte”, pôs sal nela e disse: “Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e
não haverá mais nelas morte nem esterilidade.” (2Rs 2.19-22).
A família, por ser o menor núcleo social,
acredita-se que nela esteja a fonte dos grandes males que enfrentamos na
sociedade; famílias desestruturadas e sem Deus são um terreno fértil para
formar cidadãos doentes e “complicados”. É preciso tratar isto na sua origem,
assim como fez o profeta. As famílias serão restauradas a partir da busca pela “fonte”
da cura. O sal foi um mero instrumento utilizado pelo servo de Deus, pois quem
retirou a esterilidade e trouxe cura para as águas daquela cidade foi o
Todo-Poderoso. Somente a sua presença reinando nos corações daqueles que fazem
parte desta célula será capaz de mudar esta realidade.
Sendo assim amados irmãos, somente a sua
presença fará com que maridos decidam amar as suas esposas como Cristo amou a sua
Igreja e se entregou por ela; fará com que esposas estejam sob a mesma missão
do seu marido, sendo fiéis adjutoras, parceiras e não oponentes; fará com que
os pais eduquem os seus filhos e os ensinem de acordo com as Sagradas Escrituras,
disciplinando-os sabiamente sem provocar-lhes a ira; fará com que filhos honrem
seus pais cumprindo o único mandamento com promessa e estejam dispostos a obedece-los
em tudo; fará com que haja perdão e arrependimento diante dos erros cometidos
mutuamente; fará com que os casais não desistam tão facilmente do casamento
diante dos inúmeros obstáculos que por certo surgirão constantemente,
compreendendo que o divórcio é algo que Deus não vê com bons olhos e que só
permite em situações extremas (Dt 11.19-21; Pv 22.6; Mt 19.1-9; ICo 7.10-17; Ef
6.1-4; Cl 3.18-21; IPe 3.1-7). Derrama “sal” em nossos lares Senhor, e, a
partir daí, sara a nossa nação!
Juvenal Oliveira