Quando nascemos somos matriculados numa
escola onde não há previsibilidade para conclusão de curso. Nesta escola
ninguém se atreverá a dizer que já tem todo o conhecimento necessário ainda que
possua inúmeros certificados de diversos níveis obtidos em outras academias.
Esta escola se chama “a escola da vida” e a sala de aula é o ambiente onde cada
um habita. Recebemos todos os dias variados tipos de informação que podem
contribuir, e muito, para melhorar a nossa qualidade de vida, principalmente,
com o advento do mundo virtual, onde ela está disponível gratuitamente para um
número considerável de pessoas.
A grande dificuldade, creio que de todos, é
conseguir colocar em prática estes aprendizados, pois parece se formar um
grande abismo entre o saber o que fazer, como fazer e o fazer propriamente
dito. Citarei um exemplo clássico desta realidade: Sabemos que a ansiedade é
uma preocupação exagerada com algo que nem ainda aconteceu e que é um
sofrimento desnecessário, não obstante, andamos ansiosos mesmo assim, ou seja,
o nosso raciocínio funciona, mas a nossa mente não lhe obedece. Os médicos e
terapeutas dizem: Pratiquem esportes, procurem relaxar, se ocupem com coisas
prazerosas, evitem os excessos, procurem ter uma alimentação saudável, etc. O
nosso cérebro processa bem todas estas informações, no entanto, na hora da
prática, somos vencidos variadas vezes por uma mente que teima em recalcitrar.
Dentre tantos desafios que enfrentamos nesta
escola de aprendizagem, estão às lembranças insistentes do passado e as
preocupações exorbitantes com o futuro que acabam prejudicando o nosso
presente. O passado se apresenta como um fantasma assustador trazendo culpa, dor,
frustrações, mágoas e pesares, enquanto o futuro reproduz uma falsa imagem de
gigantes invencíveis, meras conjecturas.
Jesus no sermão do monte nos ensina a não
ficarmos inquietos pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si
mesmo. Ele diz ainda que basta a cada dia o seu mal, ou seja, não conseguiremos
mudar uma vírgula do nosso passado e não sabemos o que exatamente nos aguarda
no futuro (Mateus 6.34).
Contudo, não basta apenas sabermos
racionalmente como proceder, mas, é preciso lutar insistentemente com a nossa
teimosa mente a fim de subjuga-la a fazer a coisa certa. Um homem que viveu
centenas de anos antes de Cristo compôs uma música onde havia um trecho que
dizia assim: “Por que estás abatida, ó
minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o
louvarei...” (Salmos 42.11). Um homem
que parece falar consigo mesmo, lutando contra suas emoções, pensamentos, incertezas,
angústias, ansiedades e depressões, mas, apesar de tudo, no fim, obteve vitória.
Portanto, este é um conflito
milenar que todos temos que passar e a boa notícia é que é possível vencer sim,
com a ajuda de Deus como orientou o Apóstolo Paulo ministrando aos Coríntios: “Destruindo
os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e
levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” (2Co. 10.5). Quando
se tornar impossível deter a nossa própria mente, então a submetamos aquele que
tudo pode como fez o salmista.
Juvenal Mariano de Oliveira Netto
Amém!!
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